Você é a pessoa?

— Onde você estava? — Lilith gritou me olhando como se fosse me matar

— Conversando com uma árvore — respondi a ela. O que não era nenhuma mentira.

— Não brinca comigo. Eu posso usar muito bem minha criatividade e conseguir uma forma de te matar — Lilith me ameaçou

— Estou falando sério, era um tal de grande sábio. Uma árvore galante. — Eu expliquei, pelo menos tentei, nem eu entendia direito

— Porque você não disse logo, seu idiota. Você encontrou O Grande Sábio. É tão rápido conseguir encontrar ele. Deveria ter perguntando onde estava o relógio — Lilith falou fazendo careta e andando parecendo cansada.

— Eu tinha várias perguntas, ele também me contou sobre o último encontro com Lumen. Ele sabia que iria morrer. Conversaram sobre isso. — Eu disse a ela e ela parou se virando para mim.

— Como é? O Lumen sabia que ia morrer e mesmo assim morreu? — Ela falou chocada

— Não, ele planejou a sua morte e ressurreição. Ele fez isso porque viu algo no futuro assustador. — Eu expliquei a ela e parecia prestar atenção. O quê me impressionou.

— O quê mais ele disse?— ela perguntou interessada realmente no assunto

— Ele disse, que Lumen disse que tinha algo com o fim do mundo, que ele queria evitar, então precisaria esconder todas as chaves que poderiam ocasionar isso. Planejando assim a sua morte. Pelo que entendi. Para enviar ele para outra dimensão —tentei explicar resumidamente o que entendi

— E as suas eram as chaves? — Ela perguntou, como se soubesse do assunto.

— Bem, pelo que prestei atenção na história, era ele, o relógio, sua memória (no caso a minha) e a pessoa. Não sei, mas a pessoa que ficou com a memória, tem uma função especial. Ele não disse isso, mas eu tenho certeza. — Eu tentei explicar novamente. — Ele disse que era alguém que não abandonaria ele por nada. E me procuraria logo que eu viesse para cá.

— Quer dizer que não apenas planejou a morte, como ressurreição, até apagou a sua memória? Pelo relógio que me roubou? Tá de Sacanagem. Pensei que você era famoso por não quebrar promessa, mas você foi longe dessa vez para quebrar uma — Lilith disse irritada

— Eu não quero promessa. Verdade. O Sábio também disse isso. Que eu não quebro promessas, não sei o que aconteceu, mas suponho que não teve relação com você, tenho certeza que estava relacionado a outra pessoa que tinha interesse em pegar o maldito relógio. – Eu tentei explicar a ela, mas ainda estava confuso na minha cabeça, o sábio tinha dito muita coisa.

— Então precisamos buscar as suas memórias. Quem é essa pessoa que está com elas? — Ela perguntou visivelmente irritada e pronta para arrancar uma cabeça.

— Ele não sabe ao certo quem é. Ele não especificou nada. O Sábio pelo me não disse nnenhum nome. Apenas descreveu. Disse que estaria com alguém que nunca me abandonaria ou trairia. Essa pessoa estaria esperando não importa os anos que eu demorasse para aparecer. Ela ainda iria atrás de mim. Ele ainda acrescentou que a pessoa parecia muito mais um cobrador, que alguém de real confiança, mas não quis me questionar na época, eu sempre tinha os meus motivos. — Eu disse a ela, que me olhou parecendo chocada com algo que eu disse.

– Suponho que as suas memórias devem está comigo. Não sei porque e nem como ele ou melhor, você implantou elas em mim. Muito menos como retirar. — Ela disse fazendo careta por ter sido usada sem saber e por não ter ideia de como resolver o problema.

— Porque pensa que é a você a pessoa que o sábio descreveu? — Eu perguntei confuso. Foi tão genérico, para ela se reconhecer naquelas palavras.

— Porque era como você me descrevia por aí. Nunca dizia que era meu mestre ou que tínhamos um contrato. Na verdade, raramente falava sobre isso e usava os poderes, atributos do contrato. Não sei até hoje também o motivo de ter feito contrato. Você nem precisava de mais poderes, já era poderosos suficiente e não gostava de ficar expondo as coisas como escrava, era seu argumento. Então me definia daquela forma. — Ela explicou sem jeito. Como se tivesse lembrando de algo bom, que não queria lembrar.

— Como vamos então saber que as lembranças estão com você? E como vamos conseguir tirar elas? — Perguntei desorientado. Toda essa conversa estava me deixando tonto.

— Vamos para sua casa. Caso não encontramos nada lá, podemos perguntar ao mago vizinho uma forma de fazer isso. — Ela falou caminhando para uma direção diferente agora.

— Mas se você foi selada, talvez fosse para proteger tanto você como as memórias. Pode ser perigoso falar que você está com ela para qualquer pessoa, não? Algo me diz que isso deveria ser um segredo. Ninguém deveria saber. — Eu disse a ela, mesmo sabendo que ela nunca me ouviria

— Então vamos procurar apenas na sua casa. Devemos encontrar algo nos seus livros que possa ajudar — Ela respondeu calmamente.

— Fácil assim? Pensei que você iria ignorar totalmente a minha opinião. — Eu falei totalmente espantando com a reação dela.

— O seu sexto sentido continua o mesmo de antes, de você seguir ele, mesmo sem memórias, vai conseguir fazer muita coisa, você quebrou o relógio seguindo ele, porque algo dizia, tenho certeza agora, depois do que me disse, que você deveria quebrar. Ninguém podia ter aquele relógio. E você fez sem nem questionar muito. Apenas seguiu o que estava sentindo na hora. Agora a mesma voz está falando. E faz total sentindo. Eu nunca tentando porque fui selada, se foi para não ser encontrada por um tempo E me manter protegida, junto com suas memórias, faz um sentido agora. Só não entendo uma coisa. – Ela me olhou sem entender

— Qual é a sua dúvida ? Porque eu tenho várias ainda. — Eu disse a ela rindo.

— Qual o sentido de você voltar, com o relógio e eu ser solta do parlamento também ? O perigo acabou? Não tem mais risco? — Ela me olhou enquanto questionava

— Se fosse assim, eu não teria destruído o relógio. Eu não faço ideia do motivo que isso aconteceu. Mas dizem que nada é por acaso. E tudo faz parte do plano. — Eu disse a ela rindo.

— Então o nosso é buscar as suas memórias perdidas — Ela disse acelerando o passo

– E o relógio? — eu perguntei

— Estamos buscando, mas não vi nenhum sinal dele. — Ela falou, eu nem percebi que estávamos procurando

— Estávamos procurando o tempo todo? — Eu perguntei um pouco chocado

— Obvio! Acho que estávamos a passeio na floresta? — Ela disse rindo.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***