Ela estava dormindo no colo dele, coitadinha. Não deve ser muito confortável, ainda mais ele sendo tão desajeitado. Eu me aproximei, preocupada.
— Ela arrotou? Pode ser perigoso deixar ela dormindo sem arrotar. Coloca ela no berço.
Felipe assentiu, com um leve sorriso.
— Sim, já aprendi a fazer ela arrotar, a Marisa ensinou. Falando nisso... Cadê a Marisa?
Cruzei os braços, arqueando uma sobrancelha.
— Sente saudades dela? Credo, nem a babá você deixa passar.
Felipe balançou a cabeça, confuso.
— Não é nada disso. Eu só estranhei ela ter sumido do nada.
Suspirei, desviando o olhar.
— Ela foi demitida. Se você quiser, pode chamá-la de volta.
Felipe pareceu aliviado.
— Se você não se importa, eu vou chamar sim.
Dei de ombros.
— Faça o que você achar melhor.
Ele me observou por um momento, preocupado.
— Você está bem mesmo? Está estranha. Você não aceita nada tão facilmente.
O encarei, com um olhar frio.
— Estou perfeitamente bem. Eu apenas separei os seus problemas dos meus, a sua vida da minha. Percebi que nem meu amigo você é mais.
Felipe franziu a testa, confuso e magoado.
— Está me dizendo que não se importa mais comigo, sendo que me pediu em casamento hoje durante a manhã. Não entendo mesmo você. Depois de tudo o que aconteceu hoje, pensei que teríamos uma chance quando tudo se acalmar.
Levantei a mão, interrompendo-o.
— Eu mandei você esquecer essa conversa. Você não tem o direito de jogar isso na minha cara, não quando você foi atrás da sua ex. Quer um prêmio de consolação porque foi abandonado e eu não sirvo para isso. Vamos seguir as nossas vidas como se nada tivesse acontecido pelo bem da Melissa.
Felipe respirou fundo, tentando manter a calma.
— Morgana, nós nunca conversamos sobre isso antes. Acho que está na hora.
Balancei a cabeça, decidida.
— O nosso tempo passou. Dizem que é normal amigos confundirem as coisas. Foi exatamente isso que aconteceu comigo. Assunto encerrado. Você está magoado com a Patrízia, vai passar. Pegue a babá eletrônica que está ali, quando sair. Boa noite!
Abri a porta do quarto e vi Salvatore ouvindo a conversa.
— Eu queria saber se estava bem, fui até o seu quarto e você não estava — disse Salvatore, tentando justificar sua presença.
Bufei, irritada.
— Aí você decidiu ficar ouvindo a conversa atrás da porta? Eu já tinha pedido para você parar com isso. Não podemos trabalhar juntos assim. Você está passando de todos os limites.
Salvatore levantou as mãos em sinal de rendição.
— Eu não estava aqui a trabalho. Dentro de casa, eu sou seu primo e não seu funcionário. Eu me preocupo com você.
Suspirei, exasperada.
— Mais um motivo para isso não dar certo. Eu não quero você ouvindo as minhas conversas. Acho melhor você ter a sua própria casa.
Felipe interveio, tentando acalmar os ânimos.
— Os pombinhos podem discutir a relação em outro lugar? Vão acordar a Melissa.
Salvatore lançou um olhar irritado para Felipe.
— Você tinha que aparecer, não é?
Levantei a mão, pedindo silêncio.
— Chega! Eu vou para o meu quarto. Salvatore, amanhã a gente termina essa conversa.
Salvatore tentou argumentar.
— Nós precisamos rever alguns detalhes sobre a reunião de amanhã.
Suspirei, cansada.
— A essa altura, eu só queria ter um pouquinho de paz antes de dormir. Entretanto, com esses dois por perto, fica impossível.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Maria De Fatima Carvalho
🤣🤣🤣🤣🤣🙈👏👏👏💯💯💯
2024-03-11
1
Jainemaria fraga santos
🤣🤣🤣🤣
2023-11-21
0
saiva Martins
kkk
2023-05-18
0