Cabo de Guerra - Parte 2

Salvatore — Mais que surpresa maravilhosa. —Ele deu um beijo na minha mão e entrou me puxando.

Achei melhor não olhar para a cara do Felipe, ele não disse nada, então não sei se valeu a pena. Estamos perto da porta, meu quarto grande e arejado, agora está muito abafado. Eu consigo sentir a respiração dele no meu rosto.

Morgana — Não vamos fazer nada disso aí que você está pensando, afasta-se!

Salvatore — Entendo. Você me chamou daquele jeitinho para atingir o pirralho. Usando o próprio primo, que coisa feia. – Ele demonstra que levou tudo isso na brincadeira com um sorriso brincalhão.

Morgana — Eu sei que você adora perturbar o garoto. Achei que não se importaria de me ajudar nessa.

Salvatore — Ele está morrendo de raiva. Gostei muito. – Ele suspirou me olhou dos pés a cabeça e disse em seguida — Pode me usar sempre que quiser.

"Esse cara não sabe brincar"

O Salvatore é muito sério, eu não conhecia esse lado brincalhão dele. Também não tinha reparado em outras coisas, já sabia que ele é bonito, mas assim de pertinho vejo tem olhos claros e expressivos, quando ele quer. A barba bem feita, a pele é clara, os cabelos escuros, tudo combina perfeitamente.

"Para de loucura, o cara é seu primo, Morgana. Droga, será que eu falei isso em voz alta?"

Salvatore — No que você está pensando? – Ele sabe o poder que seu olhar tem e faz questão de olhar no fundo dos meus olhos.

Estou com tanta vergonha sinto o meu rosto esquentar muito, não consigo mais olhar para ele. Preciso que ele saia daqui agora, então falo a primeira coisa que me veio a mente:

Morgana — Vamos dormir. - Falei sem pensar.

Salvatore — Sim, vamos. Qual lado você prefere? – Ele me pergunta indo em direção a minha cama.

Tento alcançá-lo para impedir que ele deite na minha cama, isso já foi longe demais.

Morgana — Não. Eu durmo aqui e você no seu quarto. Xô, xô! – Tento empurrá-lo, mas ele nem se moveu.

Ficamos ali parados em pé ao lado da minha cama, o Felipe entrou no quarto e para provocar ainda mais o Salvatore me abraça e faz a gente cair na cama, foi engraçado, eu não pude deixar de rir.

Felipe — Morgana, eu não encontro as fraldas da Melissa.

Salvatore — Ahan, e a menina precisa de fraldas logo agora que está dormindo? Não vê que estamos ocupados?

Morgana — Sai de ci... – Tento falar, mas ele coloca o dedo nos meus lábios.

Salvatore — Shhhh... Não fala nada, eu resolvo isso.

Felipe — É sério isso, Morgana? Você me pede em casamento, faz aquela cena com a Patrízia e está se agarrando com outro no mesmo dia?

Salvatore — Bastou alguns minutos comigo para ela perceber a besteira que estava fazendo. Agora, se nós der licença, temos assuntos pendentes.

Eu já não sabia se ria da situação ou acabava com essa palhaçada de vez, por sorte não precisei decidir. A Jô fez isso.

Joana — Filha, eu trouxe o seu jantar, fiz o seu bolo favorito. Você não jantou ainda, esqueceu de comer, de novo. – Ela entrou distraída e se assustou com o que viu. — O que está acontecendo aqui, menina? Seu Salvatore, saia de cima dela, vamos!

Felipe — Só você mesmo, Jô pra colocar ordem nessa bagunça.

Joana — O senhor também não tem nada pra fazer aqui. Vocês fazer essa menina ter um treco outra vez. Esqueceram que o médico teve que vir aqui hoje? Saiam ou eu vou chamar o avô dela.

Eles saíram em silêncio, faltava um adulto para resolver isso. E a Jô foi tipo a tia da creche.

Morgana — Se eu soubesse teria chamado você antes, Jô. Nossa, que cheiro bom. – A comida da Jô é maravilhosa.

Joana — Você bem estava se divertindo que eu vi. Mas, o que em em nome de Jesus estava acontecendo aqui?

Contei todo o ocorrido para a Jô, ela está se divertindo com essa história toda, apesar de se preocupar com a minha saúde. Eu ainda não contei que não foi o primeiro desmaio e pretendo manter as coisas assim. Graças a ela eu não dormi sem comer.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***