— Tav? — Sussurra Louis na intenção de acordar Tavares. — Ta-vii? Acorda... Tav?
— Hm...? — Respondeu o mais velho.
— Bom dia... — Disse ao esperar que Tom de fato acordasse.
Ao abrir os olhos o maior se depara com a cena de infarto.
— Bom...Di-a — Disse num leve choque.
De frente um para o outro e com as pernas entrelaçadas, Tom envolvia o corpo de Louis. O menor se esforçava vagamente para afastar seu rosto do peito do médico para encara-lo
— Tô com fome. — Afirma, apoiando novamente a cabeça no peito de Tavares cortando o contanto visual. Esse que não parecia está nem um pouco incomodado com a forma na qual estavam, mas sim com fome.
O médico observa o menor.
— Já acorda com fome? — Diz ao ignorar todo e qualquer tipo de pensamento estranho. Louis o olha novamente ele possuía um leve sorriso. Mantendo a absoluta calma e mostrando um pouco de indiferença, ele se levanta. — Que seja, deve ter algo pra comer na cozinha, se você esperar...
— Beleza. — Diz ao sentar na cama ainda sorrindo.
Tavares levantou transtornado, por que essas coisas estavam acontecendo com ele?
Era pra ter uma garota bonita na cama dele não um cara.
Não um garoto bonito... Não um garoto bonito e... fofo.
Notou que era 8 da manhã, trocou de blusa e logo saiu a cozinha. Estava atrasado, mas só permaneu calmo porque sabia que podia contar com seus subordinados.
O Leonino permaneceu no quarto e deitou novamente encarando o teto, sorriu de nervoso ao perceber que seu bando provavelmente estava procurando por ele. Já imaginava os discursos.
Rolou de um lado para o outro, o colchão era realmente muito bom.
Por fim levantou, foi em direção a janela e abriu a cortina. A vista era muito bonita.
Encarou seu chapéu na cômoda, e se lembrou do que Leôncio havia dito.
“Você possui uma habilidade especial de sentir as verdadeiras intenções das pessoas, por isso nunca se engana ao confiar em alguém. Mas nem todos tem essa sorte, valorize aqueles que confiam em você, porque fazem isso sem saber se no fundo, você é alguém bom ou ruim. Se bem que alguns tem uma ótima intuição.”
Tom era com certeza uma dessas pessoas e isso deixava o menor animado.
(...)
— Sabia que você cozinha bem?
— Ah obrigado... — Disse Tom ao se sentar a mesa.
— Você dorme assim… Daquele jeito, com todo mundo? — Perguntou Tavares enquanto o menor comia as últimas panquecas.
— Não, só com você. — Respondeu em meios as mordidas.
COMIGO?
Como assim só comigo? O que ele quis dizer com isso?
— Eu gosto de você Tav, sabia que era gente boa.
— Ah... Entendi. — Não, ele não entendeu, Louis ao mesmo tempo que era simples, era complicado para Tom. Ele não sabia quais as intenções do outro, sendo tão sincero, mas em pura inocência. Não sabia decifrar, ou melhor não queria, não tinha coragem, preferia nem pensar.
Já Louis era sim alguém simples que fala o que vem na cabeça, não esconde o que sente e por muitas vezes causa mal entendidos.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 29
Comments