O médico atencioso

Stela imediatamente apareceu perto ao submarino. Ela havia enganando os marinheiros sob pretexto de que estava seguindo para prender o garoto, mas ao se aproximar ela transformou todos os soldados em pedra. Em seguida, fez contato com Tom.

Ela pediu que ele a seguisse, que a ilha das mulheres era o lugar mais seguro, isso não antes de perguntar como estava o garoto.

Ao chegar na ilha a conselheira que era a vô de Binz foi contra a entrada dos homens na cidade, e que Louis sendo a única exceção poderia ser tratado pelas médicas da cidade. Mas Tom garantiu que o submarino híbrido tinha tudo que era necessário para tratamento do menor e que ele era o único que poderia cuidar corretamente. Então a conselheira os obrigou a dar volta para que ficassem na baía e que ali só ficassem ele e os enfermeiros, os outros deveriam ir.

Apolo se mostrou frustrado. Seu irmão havia entrado em coma e não podia nem ficar próximo.

— Cuida bem do meu maninho, seu babaca. — Disse lhe entregando o chapéu do menor. — A gente se vê.

— Confio em você, garoto. — Disse Gim.

Se passavam dias e Tom permaneceu esperando que ele acordasse.

A Princesa Serpente vez ou outra aparecia perguntando pelo menor e ficava irritada pois sua avó não a deixava ficar todo o tempo.

No 24° dia Louis acordou, ainda era madrugada e sol estava prestes a nascer, o menor não estava num bom estado mental.

Ele levantou derrubando e destruído tudo que via pela frente. Desesperado, chorando se chamando de inútil e fraco. Agressivo ninguém conseguiu pegar o garoto, ele fugiu pra floresta e de lá se ouvia seus gritos, se arremessava contra as pedras e se jogava no chão.

No fim, Tom deixou que ele agisse como quisesse por uns 15 minutos.

— Cadê ele? — Disse a morena ao chegar. — Deixe-me ir até ele!

— Você não pode.

— Por acaso está insinuando que ele não precisa de mim, mas sim de você?

— Estou dizendo que ele só precisa de um tempo.

— Claro! E depois será você que irá buscá-lo? — Esbravejou colocando seu dedo no peito médico.

— Talvez, eu sou o responsável por ele. — O sorriso de deboche irritou a mulher. — Eu realmente não entendo o que tem contra mim o Princesa Serpente.

— Talvez porque você seja um aproveitador, um egoísta, um metido que se acha melhor que os outros!

— Egoísta? Acho que você está se descrevendo.

— Seu...

De repente um grito angustiado é ouvido, paralisando ambos.

— Ele vai ficar bem? — Disse a mulher ao se virar de costas.

— Sim e sugiro que arrume comida pra ele.

A mulher pareceu concordar levou as mãos ao rostos como se secasse os olhos e então o encarou.

— Vou preparar um banquete! — Disse confiante. — E só pra deixar claro seu inseto, ele é meu!

Tavares mal se importou com a fala da mulher. Talvez agora já fosse possível conversar com o garoto, aquele pareceu ser o último grito. O médico foi em direção ao jovem seguindo um rastro claro de destruição, uma trilha de 8 minutos.

— Quanto tempo você vai ficar assim? — Perguntou, impressionado, o menor agora possuía bem mais ferimentos, apesar de serem superficiais.

— Eu sou... fraco! — Gritou. — Não consegui... proteger o Apolo.

— Seu irmão está vivo!

— Então por que... Ele não está aqui? Por que ele…. me deixou sozinho? — Dizia enquanto chorava e batia a cabeça contra o troco de uma árvore.

Tom foi em direção ao garoto e segurou seus punhos, o menor não ligou e começou a bater sua cabeça contra o peito do mais velho.

Tavares suspirou.

— Ele foi o obrigada a ir, o Leonino, ele não queria ir.

— Ele foi porque eu sou fraco.

— Ele foi porque sabia que você ia ficar bem.

— Bem? É melhor que eu morra! E eu ainda... queria ser rei! Que piada. Camila morreu, César morreu, Minha mãe… Apolo quase morreu, tudo porque eu sou fraco!

Tavares se irritou. Ele segurou o queixo do menor e o fez olhar pra ele.

— Escuta aqui pirralho! Se você se acha fraco, então fique forte! E nunca mais diga que quer morrer, eu não me dei o trabalho de te tratar pra você dizer isso! O Cara do fogo, está esperando pra te ver! E os seus companheiros? Eles tão vivos não estão? Não é você que protege todos eles, ou por acaso isso não importa? — Tom esperou que Louis demonstrasse entender o que ele falava.

— Mas… — Lágrimas desciam do rosto do menor, se sentia inútil por não poder proteger quem ama.

— Mas nada! Se tem algo pra se arrepender, se tem um motivo para se odiar, que seja pelo que acabou de falar! — Tom percebeu que havia se exaltado demais, mas ele jamais poderia imaginar que teria que fazer um péssimo discurso emocional para um garoto de 17 anos, pensou em mudar o tom, porém Louis virou bruscamente o rosto para que Tom não o visse chorar novamente, era um choro diferente, como o de uma criança que fez algo errado e o abraçou escondendo o rosto e abafando seu choro.

O médico se sentiu desconfortável, mas não via motivos para se desprender do menor, que por fim, em meio a soluços, pediu desculpas.

Tom o pegou no colo para o trazer se volta e Louis segurou sua blusa.

— Então você... é médico? — Perguntou ainda assimilando o ocorrido.

— Sou.

— Você deve me achar... um bebe chorão... não é?

— Pelo que o cara do fogo me disse, você sempre foi um Leoninho. — Louis então escondeu seu rosto no peito do mais velho.

— Leoninho? — Perguntou sem o encarar.

— Leoninho. Vou te chamar assim a partir de agora.

Louis tirou o rosto do peito do mais velho e o observou.

— É errado... eu dizer que gostei? — Disse num sussurro.

Tavares riu de canto.

— Ninguém precisa saber. — Após ouvir a resposta Louis se escondeu novamente. — Tá sentido alguma dor?

— Tô bem, só tô com fome... — Disse e segundos depois dormiu.

Quando o médico chegou na baía havia um homem, de forma específica, o cavaleiro da noite.

— Esse chapéu também combina com você garoto. — Disse agora se referindo ao chapéu de Tom. — Você é o tal médico?

— Sim. — Respondeu.

— Vejo que é bem atencioso. — Diz ao observar o menor em seus braços.

Ao ver a expressão confusa do médico, Leôncio rir.

— É brincadeira garoto.

Tavares suspirou.

— Ele está apenas descansando... Uma mulher aparecerá aqui com comida pra ele. Vou deixar alguns remédios para dor. Posso confiar ele a você?

— Tem certeza que já vai?

— Sim.

Diferente de como o médico imaginou, não foi fácil fazer Louis soltar sua blusa. Por fim, conseguiu e então foi embora.

Quando o menor acordou, perguntou pelo moreno. Leôncio fez o que Tom havia dito e lhe devolveu o chapéu. Após isso, perguntou se o garoto gostaria de treinar por dois anos. O menor aceitou na hora. Seu pai e irmão também aceitaram, e seu grupo concordou em treinar também, para então se reunirem novamente ao término do treinamento.

E depois daquilo, Tom só viu Louis dois anos depois.

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