A pista de dança

— Quer dançar? — Pergunta Louis ao se levantar segurando a mão da pirata que se assusta pela ação inesperada.

— Claro! — Afirma feliz.

Pontes leva à morena a pista de dança.

A mulher era mais alta e mais velha que o Leonino, mas isso não a incomodava.

O sorriso, seu olhar, sua voz, seu corpo, tudo naquele garoto a atraia. Stela não se conteve e começou a dançar mais sensualmente.

O garoto se deixou levar e colocou suas mãos na cintura da mais velha, enquanto colocavam seus corpos.

Stela liderava um grupo de mulheres que odiavam homens, mas ela própria havia se apaixonado. O jovem foi o único homem que entrou na sua casa e teve toda a liberdade, com sua bondade acabou conquistando o coração da Princesa Serpente e das outras mulheres.

Ela enlaça o pescoço do Leonino com seus braços e se aproxima do seu rosto. Louis sorri.

— Você dança muito bem.

— Ah?E-eu? Ah, sim, por você! Quer dizer com você! — Diz se afastando repentinamente do garoto, com o rosto queimando.

— Stela, você está bem? — Pergunta o jovem chefe ao observá-la confuso.

— Sim, sim.

— Então venha. — Diz segurando novamente a mão da mulher pronto para mais uma dança.

O jovem caminha para trás animado, porém alguém apressado esbarra em seu ombro o virando levemente, seus pés se cruzam e o Leonino para evitar cair puxa a gola da blusa do homem inevitavelmente resultando numa queda conjunta.

O rapaz caiu de joelhos sobre o mais novo, ele reclamou quase inaudível da dor apoiando sua cabeça no ombro do menor que apesar da queda, estava bem.

Os chapéus de ambos também estavam ao chão, mas no momento nenhum deles se importou com isso.

— Foi mal. — Diz o garoto sem soltar a blusa do rapaz que havia inutilmente tentado levantar, forçado assim a ficar agachado.

— Ah, tudo bem, a culpa foi minha. — Diz o outro com voz baixa, retirando a mão da coxa do menor, o olhando fixamente.

Os dois se reconhecem.

— Seus olhos... são bem bonitos. — O jovem se viu hipnotizado aos olhos âmbares que ele possuía.

Sob o som da música alta e do movimento das pessoas que dançavam a volta... Se observarem intensamente, o homem ser tornou incapaz de reagir, encarou o Leonino evitando ao máximo olhar para a sua boca entre aberta cada vez mais perto. Pontes fazia o mesmo olhando para baixo toda vez que o outro fazia isso. Algo que ocorreu duas vezes.

— Idiota sai de perto do Louis! — Diz Stela com voz autoritária rasgando o clima alheio dos dois.

Louis de repente se deu conta que era ele que prendia o rapaz, então o soltou. O homem agora livre suspira em desânimo, se afasta e pega seu chapéu, desviando o olhar do menor.

— Estou falando com você! — Binz fervia de raiva, havia presenciado a cena e ficou inconformada pela reação longamente demorada e curiosa do garoto.

— Pronto. — Indiferente, se levanta, o menor também o acompanha, se levantando após pegar o seu chapéu.

— Peça desculpa, ser estúpido! — Logo ela se curva para trás, lhe apontando o dedo indicador.

— Meio que já pedi.

— Eu não ouvi!

— Eu não devo nada a você, ô da Serpente.

— Seu idiota… — A mulher se enfurece e agarra a gola do rapaz, que não reage.

— Stela? — Disse Louis ao colocar sua mão sobre a dela, para ela soltar o homem.

— Louis! — Diz mudando completamente sua feição. — Não deixarei ele impune, ele te derrubou! — Afirma.

— E eu derrubei ele também! Já estamos quites. — Diz como se fosse algo óbvio.

Ele me derrubou de propósito?

Pensou o homem.

— Certo, se é assim... Su- Suma da minha vista! — Louis tentava entender porque a mais velha estava tão nervosa. — Louis pode tê-lo perdoado, mas eu jamais! Entendeu? — Diz tentando manter uma postura firme.

— Ei, o quê... — O homem percebeu haver algo de errado com ela, mas antes que terminasse de dizer, ela desaba e ele a segura evitando que ela caísse no chão.

— Stela! — Diz o menino surpreso. — O que há com ela? Por que desmaiou?

— Hipoglicemia? — Perguntou ao observar o dedo da jovem.

— Ah, sim, ela tem Tia lentes, Tia Bete… Tia… Dia… Isso aí.

— Diabete... E pensar que ela poderia ser tão imprudente.

— Ela é. — Diz Louis num sorriso.

Isso é motivo pra ser orgulhar?

Logo o garoto vasculha os bolsos da mulher e encontra a injeção, algo que ela mesma já o havia explicado como usar. Porém, ele nunca precisou fazer isso.

— Isso serve não eh?

— Sim. — O rapaz pegou e aplicou a injeção nela. — Leve para uns dos quartos e espere ela se recuperar.

— Tá bom. — Louis pegou Stela e a segurou tipo noiva, em vez de ir andando ele encarou o homem. — Mas eu... precisava falar com você...

— Temos algo em comum, não esperava encontrá-lo dessa forma, mas também tenho essa intenção.

— Ótimo, se você me esperar a gente pode conversar depois.

O rapaz observou a mulher nos braços do menor.

— Tem que ser em particular, aqui, com tantas pessoas, não é um bom lugar.

— Não? Mas aqui tem um monte de quartos a gente pode ir...

— Não foi isso que quis dizer! — Afirmou nervoso num mínimo desespero.

— Então não quer conversar? — Pergunta confuso.

— Não! Quer dizer... Sim! Esquece! Imperatriz-ya é a que mais precisa da sua atenção agora, chame seu médico. Entro em contato quando puder.

— Certo, te vejo então Tav! — Disse o menor sorrindo e vendo o maior virar as costas até sumir na multidão das pessoas que dançavam.

(...)

— Ela vai ficar bem, só precisa descansar um pouco. — Diz Jung, o médico do grupo de Louis, que foi chamado pois a mulher ainda não acordará.

— Sério?

— Não se preocupe, só fique um pouco aqui com ela.

— Hm... — Louis sentou no canto da cama ao lado de Binz enquanto Jung saia do quarto.

— Conhece aquele rapaz? — Diz Stela olhando para o lado com uma expressão confusa.

— Eh!? Você não estava inconsciente?

— Você conhece aquele homem? — Repetiu a jovem, ignorando a pergunta do menor.

— Sim, eu... Bem ele salvou a minha vida não é? — Respondeu. — A jovem confirma com a cabeça, mas tinha esperança de que Louis não lembrasse dele.

— Sabe Louis, eu... V-você... Não pode confiar no Tavares.

— Mas Tav é uma boa pessoa!

— Só porque ele te salvou? Isso não significa...

— Não é só por causa disso. — Interrompe sério.

— Eu também sou uma boa pessoa?

— Claro.

A mulher observa Louis e sorri. Ela pega a mão do mesmo e leva ao seu rosto.

— D-Deite-se comigo... — Disse manhosa.

Apesar de confuso, o garoto cedeu, sabia que a festa não ia acabar tão cedo, não teria problema tirar um cochilo. Ele deitou de frente para ela, observou que a princesa estava quente e avermelhada, então ele a abraçou.

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