As belas mulheres

Saymon seguia de carro na região norte de Grandina. Seu destino era um só e assim que reconheceu um certo rapaz de cabelo branco, ele estacionou.

— Cadê seu chefe? — Perguntou ao sair do veículo sorridente ajeitando a sua cartola.

— Che-Chefe! — Chamou sem se mexer.

— O que foi o Biel? — Respondeu depois de alguns minutos, saindo da lanchonete. Os olhos se encontram num deslize.

— Yo, Tavares, como vai? — Disse Saymon. — Podemos conversar?

O médico encarou o loiro desconfiado e entrou novamente na lanchonete e com um simples aceno de mão, chamou o rapaz que o seguiu. Entraram na lanchonete, rapidamente esvaziada e sentaram na mesa de frente um pro outro.

— E então? — Perguntou Tom quando o silêncio se fez.

— Bem, Sr. Merlin e eu, vamos ficar fora por um tempo... então preciso da sua ajuda.

— Ajuda? — A garçonete logo chegou com a bebida que loiro havia pedido.

Tavares se inclinou para trás duvidoso, fazer uma parceria diferia de pedir ajuda. Mas o outro parecia despreocupado e divertido, além de tomar com gosto o refresco.

— Louis me disse que te viu no leilão. — Disse apoiando o seu queixo na própria mão, num sorriso de canto.

— Não tenho tempo para que mude de assunto, estou de saída.

— Eu não estou mudando. — O loiro moveu os gelos em seu copo exibindo um sorriso como se tivesse prestes a gargalhar e isso fez Tavares o olhar nos olhos em pura curiosidade.

(...)

A festa Grandina Piece, era o único evento que, apesar de tantos criminosos perigosos juntos, jamais houve e nem pode haver confusão, exceto se oficializada.

Um portão de grade era a única entrada para uma casa grande e luxuosa, cercada por muros altos e milhares de seguranças armados usando roupas de preto e máscara no rosto.

Olhares foram atraídos pela limusine que parava na frente do portão, composto principalmente pelos jornalistas do submundo.

Gim é o primeiro a sair, em seguida usa sua mão de apoio para Bianca que sai do carro, divina. Mia surge deslumbrante, depois Ravi, Jung, Caveira, Lucca e sua namorada Kiara. Louis é o último a sair, usava um chapéu Fedora preto com uma fita branca. Estava estiloso sem perder sua essência.

O clima ao entrarem na casa era pesado para quem não estava acostumado a andar no meio de criminosos, mas Louis e seu bando não se incomodaram e procuram um lugar para sentar.

— Cadê o Caveira? — Pergunta o jovem chefe assim que sentam numa mesa.

Não precisou dizer muito, todos olharam para o palco onde o mesmo já se apresentava com todo o seu amor por Rock.

— Vamos dançar? — Pede Louis sorridente para Mia e Bianca.

— Sim. — Responderam às duas.

Bianca ao se levantar lança um olhar para Gim, que apenas sorri. Ele não se importava com o fato do seu capitão ter chamado sua noiva para dançar, afinal ele sabia que ele não tinha nenhuma má intenção e que só as chamou porque sabia que mais ninguém ia aceitar. Porém, diferente do noivo, Ravi estava enfurecido.

— Porque só Louis pode se divertir com elas! Isso é injusto!

— Nenhuma delas ia dançar com você, Ravi, fica na sua. — Disse Lucca enquanto continuava a comer, fazendo sua namorada, Kiara, sorrir.

— Ãhn? — Disse Ravi.

— Verdade. — Concorda Jung antes de dar o último gole no seu terceiro corpo.

— Não se intrometa.

— Hm?

Alheio à discussão dos dois. Mia e Bianca a princípio dançavam guiadas pelo menor. Depois elas tomaram as rédeas e Louis estava rodeado.

Às duas sabiam que de inocente seu chefe nada tinha, apenas lerdo mesmo. Acontece que ambas já dormiram com o Leonino quando este tinha por volta de 17 anos, porém fracassaram miseravelmente em suas verdadeiras intenções.

A ruiva tentou o roubar, pois precisava juntar dinheiro para comprar seu bairro das mãos de Killer, e Bianca trabalhava para Aligator e com Louis arruinando seus planos foi para a morena a missão de o matar. Em épocas diferentes, mas da mesma forma, após o seduzir tentaram agir enquanto ele dormia, mas o mais novo se mostrou muita mais esperto do que o esperado, não só as pegou no flagra, como ajudou e as convenceu a se juntar a ele.

Às duas mulheres concordavam numa coisa, não eram donas do coração de Luffy, ele não parecia ter interesse amoroso por ninguém, seja homem ou mulher, com elas, ele apenas cedeu aos seus instintos.

Envolvidos pelo ritmo da música, a noite segue, quando o trio se cansa de dançar, voltam à mesa com o resto do bando.

— Não fica com inveja meu Gim. Agora sou só sua. — Bianca acaricia o rosto do noivo.

— Vem pro Papai, gata. — E sem cerimônia ela se apoia entre as pernas do mesmo.

— Nada de ficar flertando na minha frente! — Gritou Ravi. — Já basta Lucca e Kiara!

Ignorado, o loiro desviou sua atenção para Mia.

— Senhorita Mia também sente aqui! — Diz confiante.

— Nunca! — A ruiva deu um tapa na cabeça de Ravi.

Jung foi o primeiro a rir, acompanhado por Louis.

— Tão rindo de que idiotas? Já aproveitou bastante, não é chefe? — Gritou novamente sentindo uma inveja do jovem garoto.

— Vou pegar uma bebida! — Afirmou Louis se levantando da mesa.

Ambos observaram o garoto se levantar, estava sorridente, parecia muito feliz.

— Ãhn? O que deu nele?

— Acho que ele viu alguém... — Disse Bianca ao lembrar de uma pessoa que os observava enquanto dançavam, certa de que Louis também a viu.

O jovem chefe se dirige ao balcão, envolvido pela música balançando levemente o corpo, sentou-se e pediu uma bebida.

Quase que inconscientemente realmente procurava com os olhos a tal pessoa.

— Louis! — Uma voz feminina ecoa surpresa aos ouvidos do mais novo.

— Stela! — O garoto abre um sorriso ao vê-la.

— Eu sabia que você viria. — Diz nervosa, segurando a própria mão. — Posso me sentar?

— Claro!

A mulher que se encontrava sentada ao seu lado, era alta, esbelta, dona de uma beleza incomparável, considerada a mulher mais bonita do mundo. Possuía cabelos longos e negros, com uma franja que se dividia para as laterais num comprimento até o queixo, olhos azuis, seios grandes, usava sobretudo marrom e por baixo um vestido ousado e decotado, deixando à mostra suas longas pernas.

Perto de Louis, a chefe das Serpentes, uma facção composta somente por mulheres que saqueavam navios em acordo com o governo, possuía uma postura fofa e tímida.

— Está sozinha? — Pergunta.

— Não, eu estou com as minhas meninas. — Diz mexendo nos fios do se cabelo.

— Ah sim! Quer terminar de beber pra mim?

— Am? Be-beber no seu copo? — Diz nervosa.

— Sim, eu não gosto de beber muito.

Ela pega o copo e termina de bebê-lo. — Um beijo indireto! — Pensa a morena.

Louis sorri.

— Como vão as outras?

— Que gentil da sua parte se preocupar com elas, elas estão bem e querem vê-lo.

— Que bom, qualquer dia eu passo lá.

— Sim, as portas da minha casa sempre estarão abertas para você.

— Obrigado.

Um silêncio se instala no local, nervosa Stela olhava para o ser que estava ao lado, este observava os outros dançarem e mexia a cabeça no ritmo da música.

A mulher se cansou das vezes que foi recusada quando o pediu em casamento. Então ela tentava outra tática, queria provar que seria uma boa esposa e não desistiria disso tão cedo.

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