Quando o momento veio

Eram três horas da tarde quando o garoto, revoltado, entrou no salão de leilão acompanhado de três dos seus companheiros, isto é, Bianca, Jung e Ravi.

Tavares observou perplexo Louis descer as escadas. Não podia acreditar que ele estava indo na direção do general da polícia militar.

O garoto colocou pra fora toda a sua raiva, indignação e nojo que tinha daquele homem. Era de conhecimento que ele era podre por fora e por dentro, indesejado até pela organização.

Ela havia matado Camila, uma amiga do jovem chefe e o descaso do general lhe levou a um fim doloroso.

— Você me dá nojo! — Esbravejou ao dar o último tiro e foi o suficiente para provocar o medo dos outros ali presentes que saíram correndo.

E foi aí que Tavares entendeu. Realmente o que falavam do Leonino era mentira. Tudo que ele fez, não fez porque era ruim, era porque ele era um louco que tinha um coração.

— Foi mal gente, agora a polícia vai vir. — Disse o garoto guardando a arma, meio sem jeito.

— Você me fez foi um favor, eu mesmo ia matar esse cara. — Afirmou Ravi enquanto Jung o segurava pela cintura.

— Digo o mesmo. — Disse o avermelhado.

— Agora me larga imbecil. — Esbravejou Ravi ao que o segurava.

Tavares sorriu.

— Impressionante, o Leonino, você é melhor do que dizem. Lhe falta um parafuso na cabeça, mas seu senso de justiça é comovente. — A voz do médico ecoou no salão, chamando a atenção de todos.

— E quem é você? — Disse o menor se aproximando.

— Não fala assim com nosso chefe! — Exclamou Gabriel

— Eu falo da forma que eu quiser! — Disse confiante.

— Seu pirralho metido!

— Pirralho é você!

— Pare Biel, vocês tem a mesma idade. — Disse Tavares.

— Desculpe… — Respondeu.

— Hihihi você é engraçado.

— Louis, ele se chama Tom Tavares, o filho da Morte. Recompensa de 68 milhões. — Diz Bianca, o garoto observou Tom dos pés a cabeça de forma séria, o homem que permanecia sentado.

— Suas tatuagens são tão maneiras! — Disse o menor ao perceber. Tavares permaneceu imóvel, achou divertido tal comentário.

Bia sorriu diante do descaso do seu chefe.

— Você é realmente bem doido garoto. — Diz um outro presente.

— Hm? — Após olhar em volta e encontrar o dono da voz, perguntou a companheira. — E ele quem é, Bia?

— Jett. Recompensa 92 milhões. Chefe dos Jett’s.

Ao contrário do que se esperava, o salão não ficou vazio. Dois outros jovens mafiosos permaneceram naquele local com seus grupos.

— Louis? — Gritou uma ruiva, abrindo a porta do salão. — Sabia, só podia ter sido você! — Diz ao ver o general morto.

— Vamos morrer! O batalhão tá vindo! — Grita Lucca.

Antes que pudessem perceber, todo o grupo do Louis se encontrava no salão, rapidamente notaram que havia outros grupos, assim como se assustaram com a entrada dos militares por qualquer canto possível.

— Foi uma bela demonstração de força, acho que agora sou cúmplice.

— Fale por você! Foi bom finalmente te conhecer Leonino, mas eu vou dar um fora. — Disse Jett

— Independente do que aconteça aqui, o Jett, é isso que os militares acham, e nos já estamos cercados.

Jett odiou admitir isso pra si mesmo.

— Então vamos lutar! — O garoto estava animado

— O Leonino, estávamos cercados desde do início, eles querem alguém que veio aqui hoje, duvido que esperassem a morte do general aqui. Mas isso só lhes deu motivos para enviar mais soldados.

— Então eu só preciso chutar a bunda de mais soldados.

— Você é bem confiante. — Disse Tavares se levantado surpreendendo Louis pela diferença de altura. — Gosto disso.

Louis sorri mas logo se distrai com um barulho ensurdecedor seguindo de gritos abafados.

Um homem se encontrava em pé com uma metralhadora em mãos, logo já não restava nenhum militar em pé, todos estavam no chão.

— Mas o quê? O cavaleiro da noite? Por isso o exército já estava aqui? — Diz Jett.

— Esse borsalino combina bem com você, garoto. — Diz o recém-chegado ao Louis.

— E você quem é?

— Sou aquele lhes permite a entrada na organização. Mas por hora, apenas saiam, que eu cuido dessa bagunça.

Tom, Jett e Louis saíram pela porta da frente, exibindo seu orgulho como mafiosos. Lutaram com quem quer que os perseguia até saírem da cidade para suas regiões, menos Louis que seguiu ainda perseguido e por sorte encontrou Sheila, uma companheira do Leôncio, que o fez se separar do seu grupo para o levar a um lugar seguro.

E Tom voltaria a ver o garoto pouco mais que um mês depois.

(...)

O Leonino foi levado a uma ilha, inexistente no mapa, pertencente a Stela Binz, uma mulher de 36 anos. Ao início não aceitou que um intruso estivesse em seu território, ainda mais um homem onde sua entrada era proibida. Ela o manteve preso por cinco dias e ameaçou avisar ao governo, com quem tinha uma parceira para manter sua ilha mesmo sendo uma criminosa, mas sua gentileza e sorriso mesmo preso, lhe roubou o coração. Ela por fim o soltou e deixou que vivesse em sua mansão.

E ficou lá por um mês, até descobrir por uma das mulheres, que seu irmão Apolo havia sido capturado pela polícia e iria ser executado pela Marinha.

Contra a opinião da conselheira, Stela o ajudou, como aliada da Marinha ela havia sido convidada para assistir a execução. A mulher exigiu que só iria sob duas condições, que a buscassem num jatinho particular e que tivesse toda a privacidade. E a segunda que- passasse na prisão, onde Apolo estava sendo mantido.

Com as exigências atendidas, a Princesa levou Louis escondido na sua mala.

Pontes se despediu de Stela, e depois invadiu a prisão, libertou vários presos, onde conheceu Gim, um amigo de seu irmão, que ainda lhe contou que o mesmo já havia sido levado e pediu para que fosse junto. O menor e seus novos aliados seguiram de barco a base da marinha.

Chegando lá, Louis não era o único que pretendia salvar Apolo, O Pilar Thunder não ficou quieto ao saber que uns dos seus comandantes seria morto.

A batalha que envolveu o Pilar Thunder e o na época Bispo Pincer, a polícia, a marinha, e terminou graças a Zeon ficou conhecida como a Guerra da verdade, pois lá foi revelado que Apolo era filho legítimo de George Ross.

Louis, que protagonizou a batalha, conseguiu resgatar Apolo, mas até que o mesmo se recuperasse da anestesia que o tornava incapaz de se movimentar, tentava fazer de tudo para proteger o irmão, foi quando percebeu que comparados a todos os outros, ele era fraco, muito fraco, sua capacidade de regenerar, sua resistência a tiros e a dor era inútil e na tentativa de livrar seu irmão dos tiros do comandante Gonçalo, só pode se lançar na frente e acabou gravemente ferido. E apenas não morreu na hora, pois Thunder, viu um grande potencial no garoto, e ordenou seus atiradores para fazerem de tudo para proteger os irmãos. Após se recuperar Apolo insistiu em carregar o menor enquanto eram perseguidos pelo comandante.

Não muito longe dali, Tavares assim como todos os outros criminosos, acompanhavam tudo ao vivo. Ver Louis fazer de tudo, e acabar com o peito aberto, tendo sua vida em risco, foi o suficiente para que o médico já estivesse a caminho. Ele também sabia do potencial do garoto de 17 anos e não deixaria que ele morresse assim tão cedo.

O surgimento do Filho da Morte de submarino foi uma surpresa para todos, e só assim a fuga do menor foi possível.

— Quem é você? — Perguntou Apolo com Louis em seus braços, assim que eles e Gim subiram a bordo e o submarino submergiu.

— Um médico.

— E porque eu deveria confiar em você.

— Porque é meu trabalho tratar as pessoas.

— Ta... Tav? Você… Também?

Apolo paralisou, não acreditava que seu irmão ainda estava consciente.

— É Tavares. — Afirmou.

— Vocês se conhecem? — Perguntou mas logo lembrou que sim, pois sabia do incidente do leilão. — Enfim, onde eu o coloco? — Perguntou se desesperando ao ver que o sangue do menor estava escorrendo. Tom não precisou sequer responder, Biel já trazia uma maca.

— Preparem uma bolsa de sangue. — Disse o médico.

— O que quer com meu irmão, porque veio até aqui? — Perguntou, enquanto Louis já era levado.

— Eu não tenho nenhum motivo específico. Mas se quiser eu invento um.

— Então invente uma, desgraçado!

— Por mim, sua intuição já basta. — Disse Gim, apoiando sua mão no ombro de Apolo, para que ele se acalmasse.

Tom suspirou, era claro que o irmão estava descontando sua raiva nele, pois se sentia culpado por tudo que o que aconteceu. E de fato era.

— O Leonino, é um pirralho especial. — Disse ao ser virar. — Venham, vocês também precisam ser tratados.

Horas depois Tom dava a notícia que de Louis se encontrava estável e Apolo chorou como nunca antes em toda a sua vida.

Ele não sabia nem como encarar seu pai, que o havia veemente alertado para não perseguir Pincer, um traidor que Apolo como comandante dos Thunder estava responsável. Merlim havia dito que se encontrava preso, se algo acontecesse ele não poderia ajudar, mas Apolo não o ouviu, por teimosia, ele foi pego por uma armadilha da polícia, foi preso e ia ser executado, em momento algum pensou que isso causaria uma guerra, mas causou e perdeu amigos e quase o seu irmão.

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