A psicóloga Jenma

As três alunas com notas mais baixas foram levadas para ter uma pequena consultoria com a especialista comportamental da escola, a inegualavel doutora Jenma, a mulher que muitos atribuiam como uma das principais formadoras de super heróis dos últimos tempos.

As meninas estavam sentadas em puffs macios, uma ao lado da outra, todas em frente a doutora que se sentava numa poltrona e tinha uma caderneta em mãos. Ela observava as garotas tímidas e sem jeito por cima dos óculos. Apesar de onservavas todas elas, seu foco principal era em Jess, devido seu estado de Sinestesia, a garota tinha que se focar muito para compreender o que estava acontecendo e não deixar sua mente ser levada pelos milhares de estímulos que seu cérebro sentia.

- Doutora, nós estamos para ser expulsas? - Perguntou Jess, num tímido e abafado, que expressava os sentimentos das outras duas garotas também.

- Vocês três estão aqui para serem analisadas por mim, para que eu possa desenvolver uma metodologia mais efetiva para vocês. - Tamar, Jess e Marie se entre olharam.

- Resumindo; A gente tá na mira, puta merda! - A pequena garota não média suas palavras, seu gênio forte era sua principal características.

- Vocês não estão em mira alguma, meninas, se acalmem. - A voz da doutora era calma e doce, para Jess eram cores fracas com pequenos assovios de vento. - Eu queria que cada uma de vocês apontasse dois motivos para terem ido mal nas provas práticas. Começando por você, Marie.

A garota não tinha uma resposta pronta e começou a pensar, levando a mão até seus cabelos loiros encaracolados, pegando uma das mechas a qual começava enrolar no dedo, enquanto tentava formular uma resposta em sua cabeça.

- A segunda eu peguei uma dupla muito fraca, a primeira acho que foi a mesma coisa, não era alguém bom o suficiente para me ajudar a tirar uma nota boa. - A mulher anotou cada palavra dela e então se dirigiu para Jess, para que ela apontasse os motivos de ter ido mal.

- Eu acho que não estou no nível dos outros, eu sou fraca e minha peculiaridade não é desenvolvida, mesmo que eu treinando o dobro, parece que avanço um passo enquanto os demais avançam dez. - Agora era a vez de Tamar, que foi a que deu a resposta mais confiante, demonstrando certeza em suas palavras.

- A minha peculiaridade não era boa pra essas provas específicas, sacas? Eu desenrolei como dava, a minha é boa pra PvP, quando começar a vir provas assim, minhas notas vão melhorar, doutora. - Ela terminou a frase com um sorrisinho, sua resposta surpreendeu Jenma, apesar de não demonstrar, Tamad parecia ter uma visão madura de mundo.

- Não há resposta certa ou errada para essa pergunta, mas suas respostas dizem muito sobre vocês. Primeiro, Marie, você busca justificar suas falhas em terceiros, sem assumir seus erros, mas não de uma forma arrogante, apenas não enxerga que também teve culpa nos resultados. Enquanto que você, Jéssica, se auto rebaixa de uma forma não consegue ver suas próprias capacidades, passa tempo demais se comparando com os outros, sem enxergar suas próprias qualidades, já Tamar, você é madura e inteligente, está dispensada da próxima sessão, iremos continuar apenas com as duas.

- Isso! - Comemorou Tamar, que foi dispensada junto de Marie, agora, apenas Jess e a doutora estavam na sala, isso deixou-a um pouco aflita. A doutora abriu a gaveta de sua mesa e tirou um pequeno frasco, o qual jogou para Jess, também arrancou uma folha da sua caderneta e entregou a menina.

- Tome diariamente um comprimido e isso irá lhe ajudar a se focar nas aulas. Não exagere. - A doutora parecia ríspida demais para uma psicóloga. Ela pegou o remédio e a prescrição e então saiu da sala. Sua amiga Tamar estava a aguardado no corredor, encostada na parede com um pé na mesma.

- Que isso aí?

- A doutora me receitou, vai me ajudar a focar melhor.

- Saquei. Falai aí, tu tá zoada por conta do James ainda?

- Eu sinto por ele ainda, mas não tem nada a ver com isso. - Era estranho como as coisas pareciam passar tão rápido nessa escola, mesmo em pouco tempo, pois cada dia era tão intenso que pareciam semanas.

Já havia se passado do horário de recolher enquanto as duas caminhavam conversando sobre a sessão, indo rumo aos alojamentos. Enquanto passavam pelas salas de aulas vazias, algo lhes chamou atenção; Uma voz parecia estar sussurrando, mas com muita raiva.

- O que será que é isso? - Perguntou Jess.

- Sei lá, vamos ver. - Tamar era curiosa por natureza e parecia sentir o faro de confusão. As duas andaram de forma sorrateira até a sala que era dos alunos do terceiro ano e quem estava ali era o professor Bernardo, que parecia muito bravo ao telefone.

- Vocês não podem invadir assim! Me deixem preparar melhor o terreno, mais alguns dias, pelo menos. - As duas garotas se olharam com os olhos arregalados, do que o professor estava falando? Elas olhavam pela fresta da porta, uma em cima da outra, quando de súbito ele se virou na direção delas.

As garotas saíram correndo assustadas, não tinham certeza se ele havia as visto e caso tivesse, acreditavam que era impossível ele as ter reconhecido. Enquanto corriam, desesperadamente pelos corredores, elas deram de cara com Marie, que havia ido ao banheiro e também se encaminhava para o dormitório. As três meninas que estavam juntas novamente caíram ao chão.

- Vocês tão doidas?

- Não temos tempo pra isso, Marylin Moore! - Falou Tamar pegando as duas meninas pelas mãos e as puxando para dentro do banheiro feminino. Elas podiam ouvir os passos nada discreto de Bernardo vindo atrás delas. Marie que estava sem entender nada, abriu a boca para brigar com Tamar, o que iria revelar a posição delas para ele, mas num pensamento rápido, a menina usou seu poder de paralisia, deixando ela congelada, por longos minutos, até a hora que ela achou que seria seguro Marie dar seu piti. Assim que Tamar tirou a mão de seu pulso seus movimentos voltaram.

- Você tá louca, porra?

- Calma, a gente explica, Marylin!

- A gente tava andando quando ouvir o professor Bernardo falar sobre invadir aqui. - Falou Jess, sem acreditar em suas próprias palavras.

- Que? Impossível.

- Pra que a gente ia inventar isso? - Tamar tinha um ponto irrefutável, mas Marie deu de ombros.

- Eu sei lá, mas isso não faz sentido, ele é um dos professores, o diretor Ruffus que o escolheu. Vocês só devem ter entendido errado.

- O loira burra, vai pagar pra ver?

- Calma, Tamis. - Jess estava pensando em algumas possibilidade. - Por favor, Marie, guarda segredo pra gente. Nós vamos investigar o professor Bernardo, e então a gente conta pro diretor.

- Eu não quero que me envolvam nesse esquema sem noção. Façam o que quiserem, só não coloquem meu nome no meio.

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Lágrimas

Lágrimas

Tamar sendo a sensatez de pessoas

2023-05-20

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