05

Ele está inseguro, mas com um olhar encorajador meu, ele sobe no parapeito da janela e grita: "Me liga mais tarde, Phee".

Ouve-se um baque e um gemido.

Ela corre até a janela e olha para fora. "Quem são aqueles homens? O que estão fazendo com ele? Carter!"

"Nada com que se preocupar. Só alguns dos meus homens avisando que ele não é bem-vindo de volta", digo, atravessando a sala.

Ela se afasta de mim quando me aproximo. Diminuo a distância entre nós, fechando a janela. Fico parado diante dela, bloqueando sua visão do garoto no chão. Dois dos irmãos mais novos de Liam pegam Carter e o carregam para a traseira do Escalade preto que os aguarda.

Ela se afasta ainda mais de mim, caminhando em direção à porta do quarto. Em nenhum momento pensa em correr. Com meus homens lá fora, não há para onde ela ir.

Ela olha para o corredor. "Minha família vai voltar a qualquer momento."

Ela é uma péssima mentirosa. "Acho que não." Sei exatamente onde a família dela está agora. "Dei a eles a noite de folga da babá."

"Você sabe onde eles estão?", ela pergunta e me olha. "Eles estão seguros? Estão bem? O que você está fazendo com eles?"

"Nada. Eles estão perfeitamente bem."

"Onde eles estão?"

“A Vila em Bachman Villa.”

Seus olhos azuis se arregalam. "A Vila Bachman? Eu sei que eles disseram que iam para um lugar chamado Vila, mas os Bachman? Por que eles estariam lá?"

Tenho certeza de que ela tem algumas ideias preconcebidas sobre nós, Bachmans — a maioria tem. Faço graça. "O que você ouviu?"

Olhando para o chão, ela gagueja: "V-vocês têm filiais em Nova York, na Grécia, aqui na Itália. Perigoso, violento. Você é algum tipo de... sei lá..."

Sem querer dizer a palavra, ela dá de ombros.

“Máfia?” pergunto.

A cor volta às suas bochechas. "Algo assim."

“Preferimos pensar em nós mesmos como uma família, um grupo de irmãos.”

Ela me encara. "O que tudo isso tem a ver com a minha família?"

“Eles estão discutindo nosso acordo.”

“De quem é o arranjo?”

"Aquela que a minha família está fazendo com a sua. A sua família me deve uma." Olho para o quarto dela, organizado. Livros enfeitam algumas prateleiras — todos organizados por cor —, a cama dela está perfeitamente arrumada, os cantos da colcha bem arrumados. Não se parece em nada com o espaço bagunçado que eu imaginava. "Muito."

Parecendo desconfortável, ela transfere o peso do corpo de um pé para o outro, cruzando os braços com mais força. Agora, parece que quer sair correndo. Eu deveria deixá-la ir e encontrar a mulher que realmente está em falta, mas a mãe exigiria de mim uma conexão mais profunda, algo que não estou disposto a dar.

“Você sabe alguma coisa sobre o que sua mãe fez, certo?” pergunto.

“Não sei o que sei”, ela diz, balançando a cabeça e desviando o olhar.

"O que isso significa?" Aguardo sua resposta.

Por fim, ela suspira com um estremecimento. "Não sei o que ela fez para te trazer aqui, mas ultimamente, senti que algo estava... errado."

"Como o que?"

Minha escola parou de oferecer bolsas de estudo ano passado. Tenho um emprego, mas o fast food só cobre o suficiente para livros e materiais. Eu deveria ter me transferido para a escola local no meu último ano, mas uma semana antes do início do semestre, de alguma forma, minha mãe magicamente conseguiu o dinheiro. Ela me disse que tinha pago este semestre. Totalmente. Ela para de falar rápido para recuperar o fôlego e balança a cabeça. "Aquela escola custa uma fortuna. Como ela conseguiu esse dinheiro tão rápido?"

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***