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Eles se aproximaram de mim antes que eu pudesse chegar ao estacionamento, pedindo informações. A mulher, agarrada ao braço do homem, tropeçou enquanto voltavam para a trilha. Corri para ajudar, ajoelhando-me e envolvendo-a com meus braços para firmá-la.

Não havia nenhuma chamada ou mensagem perdida quando peguei meu celular. Tentei enviar uma mensagem no aplicativo de namoro, mas fui bloqueada. Dirigi para casa atordoada. Não conseguia acreditar que Leah tinha me deixado esperando sem nem ligar ou mandar uma mensagem.

Passei a noite bebendo uísque e vasculhando o aplicativo em busca de algum perfil parecido com ela, mas ela simplesmente sumiu. Bebi, lamentando o que achava ter perdido nela.

Já era de manhã quando percebi que minha carteira havia sumido da minha jaqueta.

Era uma armação. A coisa toda — as mensagens, as fotos — nada era autêntico. Era tudo uma armação para ver se ela conseguia me atrair para o meio do nada, usando dois peões idosos para me roubar.

Agora, Ofélia e eu pagaremos as consequências.

Até que a morte nos separe.

......Haza......

Ophelia quebra o silêncio e se vira para mim. "Você pode me falar sobre a Villa? Eu me sentiria melhor sabendo algo sobre ela antes de chegarmos."

“É um lugar lindo para se voltar para casa”, eu digo.

"Eu te disse, não vou chamar esse lugar de lar." Uma lágrima escorre por sua bochecha. Irritada por ter demonstrado fraqueza, ela a enxuga.

"Deus, não chore." Minhas palavras soam mais duras do que eu pretendia. Já sinto carinho por ela; a última coisa de que preciso é ver lágrimas escorrendo dos seus olhos azuis.

"Eu não estou chorando", ela retruca. "Eu não choro."

"OK."

Não tenho a mínima ideia do que dizer a uma adolescente chorona que diz que não está chorando. Tento pensar em algo, mas é um esforço em vão, porque ela está voltando à fase de falar nervosamente.

"Não é como se eu não devesse estar chorando se estivesse, o que não era o caso. Se eu chorasse, acho que você entenderia o porquê. Essa coisa toda... é uma loucura!", ela balança a cabeça, sobrecarregada.

Tento reprimir meus sentimentos por ela. "Aqui. Vista isso." Levanto o casaco dela do assento e o coloco em seu colo para acalmá-la.

Ela puxa o casaco até o queixo, cobrindo o peito como um cobertor. "Invadindo minha casa... como você conseguiu entrar?"

"Graças a Deus entrei no seu quarto naquela hora", retruco. "Quem sabe o que poderia ter acontecido com aquele babaca."

Ela me olha de soslaio. "O que você fez não foi muito melhor."

"Você me implorou para continuar." Quero que ela pare de chorar, então dou um sorriso convencido.

A cara que eu faço dá resultado. Ela encosta a cabeça no encosto, jogando as mãos para o alto. "Ah! Você é insuportável."

Prefiro a raiva dela à tristeza. "Todos os adolescentes usam palavras tão grandes?", pergunto, sarcástico.

Ela revira os olhos. "Escola cara — vocabulário extenso."

Não quero ver outra lágrima. Tento acalmá-la, pensando nos benefícios do nosso acordo. "Você terá tudo o que sempre quis. Todas as suas necessidades serão atendidas. Você poderá estudar sem precisar trabalhar e até se formar mais cedo, se quiser."

"Tudo em troca de me tornar sua noiva-criança." Ela me olha. "Devo usar tranças longas e um vestido até os tornozelos?"

"Não. Você vai usar Armani. Ou Prada. O estilista que você escolher." Acaricio o tecido acetinado do casaco que a cobre, traçando a curva superior do seu seio. Ela suga o ar ao meu toque. "Um vestido feito sob medida para o seu corpo — o tecido, o estilo, o corte, tudo escolhido para complementar a sua beleza. Já considerou as vantagens?"

Sua mão desliza na minha, me empurrando para longe dela. "O destino me pregou uma peça covarde."

Destino…

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