Capítulo 11

Maxwell...

No silêncio da noite, mais uma vez me vejo preso em meus pesadelos angustiantes.

As sombras dançavam ao meu redor, formando formas distorcidas que pareciam sussurrar meus medos mais profundos. As árvores balançavam como se fossem ser arrancadas com a força do vento. Tento correr, mas dessa vez as minhas pernas estão pesadas, como se a gravidade me puxasse para baixo.

O desespero tomou conta de mim e o suor escorria por minha testa, enquanto o coração disparou em meu peito.

Mas então, pela primeira vez em meio à escuridão e ao caos, uma luz suave começa a surgir. É ela, a mulher que tem

invadido meus pensamentos durante o dia e agora querendo assombrar os meus sonhos à noite. A presença dela brilha como uma estrela em um céu nublado, trazendo consigo uma sensação de calma que me envolve como um abraço acolhedor. Paralisado a vejo se aproximar lentamente, seu sorriso sereno ilumina a escuridão que me rodeia. Os olhos dela são profundos e cheios de carinho e compreensão. Era como se soubesse exatamente o que estou sentindo. Nesse momento onírico, todo o medo pareceu dissipar-se e foi substituído por um desejo avassalador de tocá-la. Queria sentir a suavidade de sua pele sob os meus dedos, queria beijá-la e me perder em seus lábios carnudos e na intensidade daquele instante.

Mas há uma barreira invisível entre nós. Esforcei-me para alcançá-la, mas as sombras ainda tentavam me arrastar de volta.

O desejo de estar ao seu lado é tão forte, que sinto como se a minha alma estivesse

clamando por ela. O calor do momento é insuportável, cada segundo ao lado dela é uma mistura de alegria e frustração. Tentava chamar seu nome, mas as palavras não saiam, tudo o que consigo fazer é olhar com intensidade desesperada para a mesma. Ela parecia entender e, seu olhar carinhoso transmitia apoio e amor, mesmo naquelas circunstâncias estranhas. No entanto, a realidade do pesadelo ainda pesava sobre mim. De repente, um grito distante ecoa na escuridão e me puxa para fora daquele

sonho envolvente.

Acordei abruptamente ofegante e suado, com o meu coração disparado no peito como se tivesse corrido uma maratona. A luz da manhã entra pela janela, mas a sensação de perda é perceptível em meu peito. Algo incomum reflete no peito, sinto falta da presença dela, da calmaria que trouxe em meio ao tumulto... é como se precisasse encontrá-la e dar vida aquele desejo que ainda ardia intensamente dentro de mim.

E essa foi a primeira noite que ela invadiu os meus pesadelos e trouxe paz para o meu coração.

...Porr@! Que merda tá acontecendo comigo?...

Levantei, fiz a minha higiene pessoal, me arrumei e fui acordar Lucas.

Fizemos a rotina juntos como todos os dias e depois, deixei ele na sala com Sarah.

Tenho que ir até a cidade fazer umas compras, como quero voltar rápido os deixei na fazenda.

A minha irmã está tentando não deixar transparecer que está triste e abalada, mas a conheço muito bem e sei que está muito magoada e o coração está machucado. Foi magoada pelas pessoas que confiava e posso imaginar o que esteja sentindo.

Fiz as compras e quando estava passando pela praça principal, esbarrei em alguém. Estava distraído e quando ia me desculpar, mais uma vez era ela... Heloíse.

Ela sorriu.

— Precisamos parar de nos esbarrar dessa maneira! — diz divertida.

— Me desculpe, joaninha! Eu estava distraído...

— Mais uma vez mexendo no celular?

Concordei com a cabeça e ela sorriu.

— Pelo menos dessa vez não foi com o carro!

— Pois é! Que coincidência nos encontrar!

— Se tivéssemos marcado, não teria dado tão certo!

— Eu queria te agradecer por acompanhar a minha irmã ontem... ela precisava muito de alguém e você apareceu na hora certa!

— Não tem que agradecer! Fiz de coração, mas ela está bem, agora?

— Na medida do possível!

— Ela não quis me contar o que aconteceu, mas fiquei muito preocupada!

— Que tal um café? Daí conversamos um pouco...

— Tá bom!

Fomos para a cafeteria, pedimos dois cappuccinos e enquanto tomávamos, conversávamos. Contei-lhe o que havia acontecido e Heloíse ficou penalizada com o que aconteceu e se dispôs a conversar com Sarah.

— Agradeço, acredito que agora ela precise de uma amiga de verdade! Eu tentei tanto evitar que isso acontecesse, sabe... eu falhei!

Heloise pousou a sua mão sobre a minha e uma corrente elétrica percorreu o meu corpo, me deixando sem ar.

— Não tem como controlar tudo a volta da sua irmã, não tem esse controle! Infelizmente, ela terá as suas próprias lutas e assim poderá amadurecer! — diz sem graça com a profundidadedo meu olhar e retira a mão.

Acredito que ela tenha sentido o mesmo, pois, sua expressão mudou e seu lindo rosto de menina corou.

— Eu sei, mas não dá para evitar a minha preocupação!

— Sua irmã é muito madura, mesmo com todos os seus colegas consumindo bebida alcoólica ontem, ela bebeu apenas refrigerante! Precisa confiar mais nela e deixar que amadureça!

— É tão difícil! Depois que a nossa mãe morreu, eu temo sempre pelo pior! — digo e a olho fixamente.

Nosso olhar se encontrou daquela maneira estranha... ela tem um jeito lindo de me olhar, que faz despertar tantas coisas dentro de mim, não sei explicar.

Fomos tirados daquela troca de olhar, por alguém me chamando...

— Que surpresa você por aqui, Max! — diz Florença, nos deixando sem graça.

Ela me cumprimenta e antes que possa apresentar Heloíse, ela se senta e ignora a Joaninha.

Não acredito que tenha sido por maldade, mas chamei a sua atenção.

— Florença, essa é Heloíse!

A mulher à olhou de cima a baixo.

— Joaninha, essa é a Florença, uma amiga!

— Oi! — diz Florença, com certa arrogância que me incomodou. — O que faz com essa garotinha, Max?

— Estávamos conversando!

— Bem, eu vou indo, tenho muitas coisas para fazer! — diz Heloíse.

Me coloquei de pé.

— Obrigado pela companhia!

— Obrigada você!

Não sou de fazer isso, porque prezo pelo bem estar do meu filho e sei que ele não gosta de estranhos, mas quando me dou conta, já havia lançado o convite.

— Gostaria de ir almoçar conosco amanhã? Tenho certeza que a minha irmã irá adorar!

Heloíse pareceu surpresa.

— Claro, será um prazer! Então, até amanhã!

— Até!

Ela saiu com seu jeitinho doce e olhou para mim antes de sair da cafeteria. Só quando saiu é que voltei a me sentar.

— Cuidado, Max... essas menininhas só querem dinheiro!

Seu comentário me incomoda.

— Esse não é o caso de Heloíse! Ela é uma Connor... cinco vezes mais ricos do que eu!

— Ah, então é por isso... pensei que fosse alguma conquista sua! — diz com sarcasmo.

— Bem, tenho que ir, meu filho e irmã estão a minha espera! Foi bom te ver, Florença!

— Igualmente, Max! Bem que podíamos sair qualquer dia...

— Quem sabe!

Me despeço da mulher e saio do café a procura de Heloíse, estava louco para vê-la mais uma vez, mas não encontrei em lugar nenhum.

Então tive que voltar para a fazenda.

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Comments

Charlotte Peson

Charlotte Peson

Sai fora Max a única coisa que seu filho precisa é de alguém com a Florença bem longe!!!

2025-04-08

6

Tatiana Silva

Tatiana Silva

não seja mal agradecido ela não veio assombra e sem salvar seus sonhos 🥰

2025-04-08

4

luciane souza

luciane souza

É e lá vem a naja para atrapalhar, eita 🤨🤨

2025-04-08

4

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