Loucura de uma Noite

Loucura de uma Noite

Paola

Loucura de uma Noite

Capítulo 1

Sua cabeça girava, havia bebido muito na noite anterior. Paola abriu os olhos e foi então que viu que não estava na cama sozinha e muito menos no seu apartamento. Olhou para o lado e fez careta, chocada com o que estava vendo. Não tinha esse costume de beber a ponto de dormir com qualquer cara que aparecesse.

Foi então que lembrou que tinha finalizado um casamento e saído com suas amigas para esquecer que tinha um ex namorado. Havia trabalhado tanto e que não recusou o convite em ir num bar, mas não imaginaria que acabaria na cama de um... desconhecido.

Levantou-se devagar e o cara resmungou, parou e segundos depois tentou levantar novamente, procurou por suas coisas e não encontrou tudo, decidiu ir embora do jeito que estava, com a camisa do sujeito.

Será que ele sentiria falta da camisa?

Não. Acho que já estava acostumado com isso. Deu mais uma olhada para ele deitado e mordeu os lábios confusa. Ele era muito gato, porém, não poderia fazer isso... novamente.

Paola suspirou, colocou o resto da roupa e saiu dali o mais rápido, nem quis reparar no resto da casa, pois não queria ser pega fugindo depois de tudo.  Estava sendo idiota em fugir, mas era melhor assim. Afinal, ele nem lembraria dela.

Estava na rua procurando o seu carro, mas nem sinal dele. Merda! Onde estava?

De repente seu celular tocou, era uma de suas amigas. Aliviada por isso atendeu.

- Lu?

- Onde você está?

- Eu...não sei. – respondeu olhando em volta. Era domingo e não havia muito movimento por ali naquela hora.

- Como não sabe?

- Não sei. É um bairro bem... O que eu fiz ontem? – perguntou, mas não pode ouvir a resposta o celular havia descarregado. – Merda!

Andou um quarteirão até ver o seu carro parado num lugar indevido. Aliviada por encontrar o seu carro, procurou pelas chaves na bolsa e rezou para estar ali, foi quando um cara apareceu.

- Moça é seu carro?

- É sim. Estou procurando as chaves. – tentou sorrir.

- Eu ia guincha-lo. Lugar indevido.

- Eu já vou tirar, só preciso encontrar as...chaves.

- Cinco minutos.

- O quê?

O homem a olhou e pela cara dele já notou que não estava muito apresentável, estava parecendo uma prostituta que acabava de fazer um serviço e realmente tinha agido como uma, mas sem pagamento.

- Você tem cinco minutos para tirar o carro daí se não... Vou guincha-lo.

- Está falando sério?

- Sim.

Paola fez careta ao vê-lo se afastar deixando a no vácuo. Procurou novamente a chave do carro e não estava lá, era só o que lhe faltava. Não iria voltar a casa do sujeito e pra completar estava sem celular. Olhou para dentro do carro e tentou vê se tinha algo que pudesse quebrar quando o homem voltou.

- Encontrou a chave?

- Eu... Esqueci na casa de um...amigo.

Ele suspirou.

- Sinto muito moça.

- Eu vou buscar... Espera só um minuto. – ela disse apavorada.

- Eu lhe dei cinco minutos.

- Está duvidando que o carro é meu?

- Não. Só estou fazendo o meu trabalho. – ele a olhou novamente. – Deveria saber onde estaciona o seu carro.

- Eu... Não lembro... Quer saber, leva esse carro. – ela tentou outra jogada. – Será que pode me levar junto?

O homem franziu o cenho confuso. Ele não era novo e nem velho, era alto, magro e usava macacão azul combinando com os olhos, mas não era atraente.

- Achei que você iria buscar as chaves na casa do seu amigo.

- Mudei de ideia.

- Certo.

 

Ao ser deixada próxima de sua casa, andou alguns quarteirões antes de chegar. Morava com uma amiga que conhecerá na adolescência e desde então não se separaram mais, e claro que ouviria muito depois que chegasse em seu apartamento.

Morava quase próxima ao centro de Portland num bairro um pouco movimentado e naquela hora tinha várias pessoas passando por ali e se sentiu uma prostituta chegando do serviço. Sorriu para uma senhora que passava e subiu correndo para o seu apartamento, pelos menos tinha as chaves para entrar.

- Meus Deus, onde você estava? – Luíza indagou horrorizada com sua aparência.

- Eu não sei...meu celular descarregou, meu carro foi guinchado. – ela contou apavorada. – Eu acho que fui estuprada.

Luíza arregalou o olhos.

- Como assim?

- Eu não sei, não lembro o que fiz ontem...

- Fomos beber e você bebeu demais... Lembro de você saindo com um cara.

- Aí meu deus!

Paola tampou o rosto com as mãos após sentar no sofá.

- Estou me sentindo um lixo.

- Amiga, não fica assim. Não parecia que você...seria estuprada.

- Não?

Luíza balançou a cabeça negando.

- Você havia bebido muito sim, mas estava encantada com o cara... Praticamente caiu pra cima dele.

Paola fez careta ao lembrar de ter acordado ao lado dele. Nunca havia agido daquele jeito, talvez estivesse decepcionada com sua vida amorosa que era um fracasso. Havia terminado com seu namorado há umas duas semanas e estava se sentindo em depressão por tudo isso.

- Não acredito que fiz isso.

- Não lembra de nada?

- Não tudo. Lembro de pedir uma bebida e... Depois lembro de entrar no carro e... – parou para pensar. – E de acordar hoje cedo na cama dele.

Luíza franziu o cenho.

- Eu estou surtando por dentro. Não sei o que fiz... Não lembro do nome dele e sei...que era muito bonito. – contou levantando e olhou para as roupas. – sai de lá antes que ele acordasse. Isso aqui é dele.

- Eu percebi.

- Deixei a minha blusa e as chaves do meu carro na casa dele.

- Como veio embora?

- De carona com o guincho.

Do nada Luiza teve um ataque de riso. Era cômico sim, mas era algo sério. Poderia ter sido pior.

- Não tem graça.

- Ele deve estar agora se perguntando o que foi que aconteceu.

- Será?

Luiza continuou a rir.

- Como vou pegar a chave do meu carro.

- Voltando pro apartamento dele.

- Não.

- Você é doida sabia.

- Você como amiga deveria ter me impedido de ir com ele.

- Eu tentei, mas você estava determinada em ir com o sujeito. – Luíza contou. – Eu e a...

De repente a porta da frente abriu e foram interrompidas pela presença de Tyana, outra amiga que não morava ali mas não saia do apartamento.

- Vocês não vão... Credo, o que aconteceu com você?

- Ressaca de ontem.

- E o cara?

- Não sei. Sai do apartamento dele antes que acordasse e antes que me pergunte eu não lembro como fui parar lá. – respondeu envergonhada. – Me sinto um lixo.

Tyana se aproximou e sentou ao lado de Luiza, já que ela acabou que deitando no outro sofá.

- Não fique assim. Todo mundo já fez algo... inusitado.

- Isso tudo é culpa do Jared. – ela sentou brava. – Se... Se ele não tivesse feito aquilo comigo.

- Amiga, já disse que ele não te merecia.

- Aham...

Paola fez careta ao ter que concordar com as duas. Há duas semanas atrás Jared havia terminado o relacionamento por causa do trabalho, haviam ficado por dois anos juntos e ainda estava arrasada por isso.

- O que você ia contar pra gente? – ela decidiu mudar de assunto fazendo as duas fazerem cara de surpresa.

Tyana suspirou e tirou um recorte do bolso da calça e colocou em cima da mesinha de centro.

-  A atriz Alícia Howard ficou noiva.

- Aquela que fez o filme “ Conto com Você “? – Luíza.

- Não.

- A que fez “ O figurino” ? – ela dessa vez fazendo a amiga sorrir.

- Isso. Ela mesmo, está em todo lugar que ela vai se casar.

- Mas o que isso... Tem a haver? – indagou confusa.

Tyana suspirou.

- Eu fui selecionada na emissora que vou entrevista-la.

- O quê?

- Sério?

- Sim.

As três levantaram juntas e pularam felizes que nem crianças quando ganham um brinquedo.

- Aí amiga, fico feliz por isso.

- Sim, estou progredindo.

- Meus parabéns!

- Vamos comemorar? – Luíza dessa vez.

Paola fez careta.

- Chega de comemoração, posso acabar com outro homem na cama.

- Podemos comemorar tomando um café na lanchonete. – Tyana sugeriu. – Nós merecemos.

Silêncio.

- Ok. Vou tomar um...banho.

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