O primeiro encontro...

Capítulo 6

Assim que terminou de pôr os acessórios que era brinco e uma pulseira, saiu. Já estava em cima da hora, desceu devagar não queria mostrar que estava ansiosa. Ao alcançar entrada do prédio, sentiu um ventinho e pensou dar meia volta para pegar um casaco quando o viu encostado no carro todo descontraído.

Oh meu Deus havia caprichado demais para aquele jantar. O que ele iria pensar sobre isso?

Se envergonhou ao perceber que ele sorria enquanto a olhava da cabeça aos pés.

- Boa noite.

- Boa noite. Faz muito tempo que...

- Acabei de chegar. Esta muito... Bonita.

- Obrigada. Acho que exagerei... – ela falou olhando para ele que deu de ombros. – Luíza é muito boa...com isso. – ela fez um gesto com a mão no rosto.

Ele apenas assentiu sorrindo e fez um gesto para o carro.

- Sua amiga é bem... Gentil.

- Um pouco.

Paola forçou um sorriso. Ele foi gentil em abrir a porta do carro, era um Suv prata e um flash veio na sua cabeça assim que entrou e lembrou ter entrado ali. Balançou a cabeça e o viu entrar em seguida, o perfume de Charles inalava ali dentro e era muito bom.

- Você reservou algum... Lugar?

- Não. Mas conheço um lugar ótimo... É de um amigo meu. – ele respondeu concentrado na direção.

O trajeto até o restaurante foi silencioso, o que não levou nem vinte minutos. O local era simples na entrada, se surpreendeu ao entrar e meio que suou ao ver que o local era muito bonito. Ainda bem que estava vestida apropriada para aquele tipo de lugar, e Charles pareceu muito à vontade com uma calça jeans, suéter cinza com listra branca e azul e tênis. Nunca imaginaria o usando aquilo para um jantar, ainda mais naquele tipo de lugar.

Acompanhou-o para dentro e Charles apenas sorriu para a moça do hall que retribuiu.

- Boa noite, Sr. Howard. Tudo bem?

- Boa noite, muito bem. Tem uma mesa?

- Claro. Vou pedir para Hazel lhe mostrar a mesa...

- Obrigado.

Paola observou-o e em cinco minutos o cara chamado Hazel apareceu levando-os para uma mesa bem distante, mas com direito a vista, já que o restaurante era todo de vidro.

- Pode trazer o vinho, senhor?

- Por favor.

Assim que o garçom se afastou, Charles pegou no cardápio enquanto ela ficou encarando.

- O que foi?

- Você sempre trás as mulheres... Aqui?

- Não. Como disse, o restaurante é de um amigo. – ele respondeu deixando o cardápio de lado. – Costumo vir aqui sempre... Com os amigos.

- Oh... Isso explica a maneira que fomos recebidos.

Ele sorriu.

- Não sou como minha irmã famosa, mas... Tenho alguns contatos.

O garçom voltou com a bebida e decidiram já fazer o pedido. Paola bebeu um gole do vinho que a propósito era muito bom.

- Eu vi que você é um ótimo profissional.

- Andou pesquisando sobre mim.

- Só pra ter certeza que não é um psicopata.

Charles hesitou e riu.

- É sério? Depois do fim de semana ainda está na dúvida.

Ela deu de ombros.

- Eu estava bêbada. Aquela não era eu.

- Então, quer dizer que você se transforma quando bebe?

Paola fez careta e olhou através do vidro do jardim que havia do outro lado, havia mesas do lado de fora e tinha uns três casais, sorriu antes de responder.

- Há duas semanas atrás eu tinha terminado um relacionamento de dois anos. – ela o encarou. – Sai pra beber, o que não costumo fazer com muita frequência... E deu nisso.

Charles sorriu.

- Pelo menos o seu motivo é melhor que o meu.

- Você também não é capaz de fazer isso?

- Às vezes, naquela semana minha irmã havia anunciado que estava noiva. – ele suspirou, e antes que dissesse alguma coisa foram interrompidos pelo garçom com a comida. – Obrigado, Hazel.

O garçom assentiu e se afastou, prosseguiu.

- Não acha que é muito cedo uma pessoa casar com alguém que conheceu há três meses.

- Acho que depende. Se eles se amam, por que não.

- Você o amava?

- O quê?

- Você amava seu ex?

Paola hesitou.

- Acho que sim.

- Então por que não se casaram?

- Por que ele... Acho que não havia algo que pudesse seguir com coisa séria. – ela falou sem graça. – Ele amava mais o trabalho do que a mim.

- Complicado. Eu acho que Alicia deveria esperar um pouco...

- Acho que ela sabe o que é melhor para ela. E você, por que não faz o mesmo, invés de ir em bares...

- Falou a mulher que se jogou pra cima de mim no fim de semana.

- Eu já disse que estava bêbada.

- Eu também estava.

- Estamos kits.

- Literalmente.

Ambos riram. E o jantar ocorreu tranquilo, e não se falaram muito além do casamento. Quase entrou em discussão ao pagar a conta, mas Charles disse que não seria sensato deixar uma mulher pagar pelo jantar.

Resolveram dar uma volta um pouco, afinal eram só nove e pouco da noite. Sentiu um calafrio com o ventinho, estava um dia refrescante.

- O que a fez gostar de organizar casamentos?

- Na verdade sou organizadora de eventos. – ela respondeu. – E respondendo sua pergunta sempre fui boa em criatividade e amava festas. Então decidi que era isso que queria fazer quando ficasse adulta.

- Achei que era porque queria ser uma das noivas. – ele foi meio irônico.

Ela franziu o cenho.

- Todos pensam isso. Comecei como ajudante e faz pouco tempo que passei a fazer sozinha, o casamento que sua mãe gostou foi meu primeiro trabalho solo.

Charles parou de andar e a encarou.

- É sério?

- Sim.

- Uma amadora de casamentos. – ele debochou.

- Fiz um ótimo trabalho.

- Se minha mãe gostou, quem sou eu pra julgar e...

- Paola... – foram interrompidos.

Paola toda sem graça ao ser interrompida por nada menos que seu ex namorado. E o sujeito não estava sozinho, isso foi que a deixou mais envergonhada.

- Oi...

- Tudo bem? – Jared perguntou olhando para Charles e depois pra ela esperar resposta.

- Estou bem e você... – ela olhou para a moça que parecia ter uns dezesseis anos. – Deve estar bem.

- Sim. Essa é Mica, minha namorada.

Mica sorriu e teve pena dela naquele momento. Era uma moça tão nova e não soube distinguir se ela era japonesa ou coreana, pra ela dar na mesma tinha olhos puxados e cabelo preto.

- Esse é o Jared o meu... – ela se engasgou. – Esse é o Charles, um amigo.

- Muito prazer.

- O prazer é meu.

- Soube que organizou muito bem um casamento. – Jared ignorou-o.

- Pois é. Estou organizando outro...

- Isso é ótimo. Fico feliz pelo sucesso...

- Obrigada.

Jared assentiu e se afastou dizendo que tinha coisas para fazer. Ficou ali parada incrédula com toda a situação. Sem se dar conta, passou a mão na testa e viu que estava sendo observada.

- Acho que ele não largou de você por trabalho. – Charles disse.

Paola fez careta.

- Ela deve ter uns... Dezesseis anos? – indagou fazendo Charles rir. – Oh meu Deus!!

Charles balançou a cabeça e agora estava sério.

- Desculpa...

- Não. Eu sou uma idiota.

- Não, você não é uma idiota. Ele que é, pra ser sincero ele que perdeu uma mulher... Incrível.

Ela o encarou e sorriu.

- Obrigada.

- Estou apenas sendo sincero. E isso não tem nada ver com o fim de semana. – ele falou. – Só quero conhecer a outra Paola.

Paola fez careta e começou a andar.

- Você não vai querer conhecer, sou chata.

- Adoro mulher chata.

- Mentira!!

Ambos riram.

- Não quero ser... Chata. Mas isso... Foi demais para mim.

- Está falando do seu... ex?

- Ele poderia ter sido sincero.

- Ele é um idiota.

- Você acha?

- Com certeza.

Ela deu um pequeno sorriso. Estava se sentindo para baixo depois de seu ex ter acabado com o resto do seu coração. Havia sido tola em acreditar nas coisas que ele tinha dito sobre o relacionamento de ambos, sobre o emprego que era mais importante e do nada me aparece com uma outra...mulher.

Voltaram para o carro e o caminho de volta foi tranquilo, sem conversas e achou aquilo estranho, até começar a tocar uma música na rádio que acabou balançando a cabeça e cantarolar bem baixo,  e ele notar aumentando o volume da música, sorriram.

- Curti Shinedwon?

- Um pouco.

- Uma banda muito boa.

- Algumas letras são... Profundas.

- Sim.

- Temos algo em comum. – ele disse, sem tirar os olhos do trânsito. – Amanhã você vai estar ocupada?

- Estou organizando um casamento, estarei sempre ocupada.

- Podemos jantar novamente.

- É sério?

- Sim. Se quiser posso ajudar com o casamento... conheço minha irmã.

- Sabe os gostos dela?

- Alguns. Ela é muito simples... Agora o noivo dela já é diferente. Gosta de esbanjar.

- Será que ele vai interferir na organização?

- Não sei. Mas ele tem dinheiro. – contou, e sorriu.

- Aí meu Deus!!

- O que foi?

- Espero que ele não interfira. Tenho dois meses para organizar...

- Só isso?

- Sim, sua irmã me mandou a data do casamento.

- Ela está maluca. Por que a pressa?

- Ela está apaixonada, não deboche dela.

Ele balançou a cabeça.

- Eu jurava que esse casamento iria ser para daqui uns cinco meses ou no ano que vem.

- Seria mais fácil organizar, mas em pouco tempo... É correr contra o tempo.

- Posso ajudar se quiser.

- Você não tem o seu trabalho?

- Nem sempre estou ocupado.

Ela sorriu.

- Certo. Ficarei grata com uma ajuda.

- Ótimo.

Ele parou o carro próximo ao prédio, desceram juntos e meio que acabou ficando receoso ao ver que o encontro acabou. Não tinha medo de ser beijada, afinal não seria o primeiro beijo, apesar de não lembrar da sensação que era beijá-lo.

- Então, vamos jantar amanhã?

- Sim.

- Ok. Posso te buscar às sete?

- Combinado.

Ela parou em frente a entrada do prédio e sorriu para disfarçar o seu nervosismo.

- Acho que você tem algo que é meu.

- Ah... É mesmo.

Ele tirou uma chave do bolso da calça e sorriu.

- Já ia esquecendo.

Paola estendeu a mão para pegar a chave quando sentiu o contato e Charles não tirou os olhos dela. A conexão aconteceu por uma fração de segundos e por mais que negasse sentia que havia algo mais ali. Foi então que Charles a puxou para mais perto e a beijou, no começo foi suave e ao sentir a língua cálida explorar o seu lado adormecido, só pôde sentir o gosto e  o piercing. Ao sentir a mão dele em sua cintura a puxando até sentir seus corpos se formando em um só, o beijo ficou exigente e sem pensar seus dedos entrelaçados na vasta cabeleira dele.

- Você mora sozinha? – ele sussurrou entre um beijo e outro. – Podemos entrar...

- Não.

Charles parou a encarando.

- Isso foi um...

- Eu não moro sozinha. – respondeu vendo o ficar aliviado. – Mas não quero apressar as coisas.

Ele sorriu malicioso e acariciou seu rosto, assentindo.

- Ok.

- Obrigada pelo jantar.

- Te vejo, amanhã. – ele falou se afastando um pouco, mas suas mãos ainda estavam entrelaçadas junto com a chave.

- Até amanhã.

Paola observou se afastar para só então se tocar que estava toda tremendo e nervosa por demonstrar que acabaria se entregando há ele novamente.

Subiu para o seu apartamento e encontrou sua amiga com a televisão ligada, mas dormindo. Sorriu ao ver a amiga toda jogada no sofá e apenas balançou a cabeça e foi para o seu quarto.

 

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Comments

Danielle Pereira

Danielle Pereira

desculpe mulher chatinha p clho chata é a pelido é enjoada 🙄🙄🙄🤢🤢🤢🤢 que julgar às pessoas que se passar de santa que não é ainda por cima não aceita que errou sempre colocar desculpa na bebida 🍸 hipócrita

2025-04-10

0

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