O choro de Grimbold.

Gorga e Zetho se entre olharam, surpresos com a revelação da garotinha. Eles não sabiam que a deusa Ydethidy havia enviado uma fada para ajudá-los.

"Uma fada da Lua?", perguntou Gorga, sua voz cheia de curiosidade. "Eu nunca ouvi falar de uma fada com afinidade com a deusa da morte e das trevas."

Piper sorriu, orgulhosa de sua herança.

"Sim, eu sou uma fada da Lua, e minha afinidade com Ydethidy me permite acessar poderes que outras fadas não têm", disse ela. "E eu estou aqui para ajudar Zetho a derrotar o demônio Zeorth."

Zetho se levantou, seu olhar pensativo.

"Eu não sabia que a deusa Ydethidy havia enviado alguém para me ajudar", disse ele. "Mas eu estou grato por sua ajuda, Piper."

Piper sorriu, feliz em ser útil.

"Eu estou aqui para ajudar", disse ela. "E juntos, nós podemos derrotar o demônio Zeorth e salvar o mundo."

Gorga se levantou, seu olhar determinado.

“Zetho, não existem motivos para recusamos ajuda, certo?” Perguntou Gorga.

Zetho olhou para Piper e depois voltou os seus olhos para Gorga.

“Não, não há motivos para recusamos,” disse Zetho.

Gorga assentiu, contente com a resposta de Zetho.

“Vem Piper, não é bom conversar sobre alguns assuntos em um corredor de taverna.

Zetho reparou nos trapos que estava vestindo Piper e então resolveu perguntar: “Piper, e quanto a esses trapos que está vestida?” Perguntou Zetho. “ Eu ouvir falar que fadas da lua…” Zetho é interrompido por piper. “É claro que eu não poderia sair por aí seguindo vocês vestida como costumo me vestir, além disso, meu cabelo prateado e meus olhos me entregariam, não quero ser nenhuma escrava ou pet de humanos que pensam que ter uma fada em cativeiro vai trazer sorte para eles.”

“Você tem toda razão, me desculpe,” disse Zetho.

Piper sorriu, aceitando o pedido de desculpas de Zetho.

"Não precisa se desculpar, Zetho", disse ela. "Eu entendo que você não sabia. Mas sim, eu tive que me disfarçar para não chamar atenção. É difícil ser uma fada em um mundo dominado por humanos."

Gorga assentiu, compreendendo a situação de Piper.

"Sim, eu entendo", disse ela. "Mas agora que você está conosco, você não precisa se preocupar mais com isso. Estamos aqui para protegê-la."

Piper sorriu, sentindo-se grata pela aceitação e proteção de Gorga e Zetho.

De repente do quarto se ouve um grito de dor e desespero vindo do andar de baixo da taverna. Zetho e Gorga se entreolharam e os dois junto com Piper foram verificar o que se passava.

Chegando no local, eles viram Grimbold por moradores do vilarejo, ele estava sentado em uma das cadeiras da taverna em prantos.

Preocupada, Gorga foi a primeira a se aproximar e perguntar o que estava acontecendo, enquanto isso, Zetho sentiu que algo estava realmente errado e que ele não deveria se aproximar.

Piper se aproximou de Zetho e disse: “Você está certo de não ir até lá.”

“Por quê?” Perguntou Zetho. “Eu não consigo entender, é como se… Como se alguém dissesse a mim que fiz algo que não deveria ter feito.”

Piper sorriu e respondeu: “É exatamente isso.”

De repente voltou Gorga com o rosto pálido e olhando fixamente para Zetho.

“Temos que ir embora,” disse Gorga. “Agora!”

“Gorga, o que houve?” Perguntou Zetho.

Gorga olhou para Zetho com certa indignação nos olhos e disse: “Tudo o que fazemos nessa vida tem consequências, Zetho,” Gorga se aproximou do jovem elfo com a voz baixa. “Você se lembra daquela vendedora de escravos que você matou a sangue frio? Ela era a única filha de Grimbold, seu nome era Daniela.”

Zetho sentiu um golpe no estômago ao ouvir as palavras de Gorga. Ele não sabia que a vendedora de escravos era filha de Grimbold, e agora sentia um peso enorme de culpa e remorso.

"Não...", disse Zetho, sua voz quase inaudível. "Eu não sabia..."

Gorga olhou para Zetho com uma expressão de tristeza e compaixão.

"Eu sei que você não sabia, Zetho", disse ela. "Mas agora que sabemos, temos que partir. Grimbold não vai perdoar você facilmente."

Piper se aproximou de Zetho e segurou sua mão.

"Vamos, Zetho", disse ela. "Nós temos que ir."

Zetho assentiu, ainda sentindo o peso da culpa e do remorso. Ele sabia que tinha que partir, mas não sabia como enfrentar as consequências de suas ações.

Os três saíram da taverna, deixando para trás um Grimbold enlutado e cheio de raiva. Eles sabiam que tinham que se afastar o mais rápido possível, antes que Grimbold sequer suspeita-se deles.

Enquanto caminhavam floresta adentro, Zetho não podia deixar de se sentir consumido pelo remorso e a culpa.

Piper notou a expressão sombria de Zetho e se aproximou dele.

"Zetho, não se culpe tanto", disse ela, colocando uma mão em seu ombro. "Você não sabia que a vendedora de escravos era filha de Grimbold. Você fez o que achou que era certo naquele momento."

Zetho suspirou, sentindo-se um pouco aliviado com as palavras de Piper.

"Mas isso não muda o fato de que eu matei alguém que era importante para Grimbold", disse ele. "Eu sinto que estou carregando um peso enorme de culpa."

Gorga se aproximou de Zetho e também colocou uma mão em seu outro ombro.

"Zetho, nós todos cometemos erros", disse ela. "Mas o importante é que aprendamos com eles e tentemos fazer as coisas certas no futuro."

Zetho assentiu, sentindo-se um pouco mais aliviado com as palavras de Gorga e Piper.

"Vocês estão certas", disse ele. "Eu vou tentar aprender com meu erro e fazer as coisas certas no futuro."

Os três continuaram a caminhar em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Mas apesar da sombra da culpa e do remorso que pairava sobre Zetho, eles sabiam que tinham que continuar em frente.

Enquanto caminhavam, Piper sorriu enquanto observava o topo das árvores.

Zetho observou aquela atitude estranha e perguntou com curiosidade: “O que te faz sorrir dessa forma?”

“Estou conversando com a nossa deusa, Zetho,” disse Piper. “Ela me disse que estamos no caminho certo.”

Zetho trocou olhares com Gorga até que ela os desviasse. Isso deixou Zetho confuso e também curioso, mas nada com que ele devesse se preocupar naquele momento.

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