A fada da lua.

No dia seguinte, Gorga acordou com uma ressaca que a fez quase desistir de se levantar da cama. Mas para sua sorte, Zetho estava ali para lhe dar apoio.

Zetho entrou no quarto com um sorriso e uma bandeja com café, pão e frutas. "Bom dia, Gorga", disse ele. "Eu trouxe um pouco de café e comida para ajudar a aliviar a sua ressaca."

Gorga abriu os olhos e olhou para Zetho, sentindo-se um pouco envergonhada por causa do que havia acontecido na noite anterior. "Zetho... eu sinto muito", disse ela, sua voz rouca. "Eu não sei o que aconteceu ontem à noite."

Zetho se sentou ao lado da cama e sorriu. "Não precisa se desculpar, Gorga", disse ele. "Você estava apenas celebrando a nossa vitória. E, além disso, eu acho que você disse algumas coisas que talvez não tenha querido dizer."

Gorga olhou para Zetho com uma expressão de curiosidade. "O que eu disse?", perguntou ela, sentindo-se um pouco ansiosa.

Zetho sorriu e pegou a mão de Gorga. "Você disse que queria me dar sua virgindade", disse ele, sua voz baixa. "E que queria que eu fosse seu."

Gorga sentiu seu rosto corar e olhou para baixo, sentindo-se envergonhada. "Eu sinto muito", disse ela novamente. "Eu não sei o que aconteceu comigo."

Zetho apertou a mão de Gorga. "Não precisa se desculpar, Gorga", disse ele. "Eu estou aqui para você, e eu quero ajudá-la a superar isso. Mas também quero que você saiba que… Não estou aqui apenas como um amigo, ok?”

Gorga engoliu seco, ela se lembra da noite retrasada, quando ela e Zetho tiveram sua primeira conversa sobre o assunto. Inicialmente ela se perguntou se Zetho realmente estava falando sério, ou se ele estava apenas brincando com ela. No entanto, baseado nas lembranças que leu de Zetho, Gorga chegou a conclusão de que ele não brincaria com esse tipo de coisa.

Olhando nos olhos de Zetho, Gorga perguntou: “Zetho, e quanto a sua… E quanto ao seu problema?”

Zetho desviou seu olhar por um instante, mas depois se voltou para Gorga dizendo: “Eu estive pensando sobre isso e… Eu decidi que devo continuar vivendo. Eu falhei com Lirien, e não pretendo falhar com você.”

Gorga se inclinou até Zetho e com seus lábios bem próximos aos dele disse: “Você não foi culpado pelo que aconteceu a Lirien, mas… Eu tenho certeza que você não vai falhar comigo.”

Zetho sentiu seu coração acelerar ao ouvir as palavras de Gorga e sentir seu hálito quente em seu rosto. Ele olhou para ela, seus olhos se encontrando com os dela, e viu a sinceridade e a paixão refletidas neles.

Sem dizer uma palavra, Zetho inclinou seu rosto e encontrou os lábios de Gorga em um beijo suave e apaixonado. Gorga respondeu ao beijo, envolvendo seus braços ao redor do pescoço de Zetho e puxando-o para mais perto.

O beijo foi como uma explosão de emoções, liberando todas as tensões e incertezas que haviam acumulado entre eles. Foi um beijo que selou seu destino, unindo-os em uma paixão que iria mudar suas vidas para sempre.

Gorga se inclinou para trás obrigando Zetho a se deitar por cima de seu corpo sobre a cama. O beijo intenso acendeu um fogo no interior de ambos, mas Zetho acabou hesitando por um instante, ao contrário de Gorga que retirou os braços do pescoço dele e agarrou as suas costas firmes e largas, as pernas da jovem orc se entrelaçaram em volta da cintura de Zetho para que pudesse impedi-lo de voltar atrás do que ambos haviam dado início.

Zetho sentiu o corpo de Gorga se entrelaçar ao seu, e sua hesitação foi substituída por uma onda de desejo. Ele se rendeu ao beijo, profundamente, e suas mãos começaram a explorar o corpo de Gorga, sentindo sua pele quente e macia.

Gorga, por sua vez, sentiu seu coração bater forte, e seu corpo se arder de desejo. Ela se sentiu livre e selvagem, como se estivesse finalmente se permitindo sentir o que realmente queria.

O beijo se tornou mais intenso, e os dois se perderam em uma nuvem de paixão, esquecendo-se de tudo o que os cercava. Eles estavam sozinhos, juntos, e nada mais importava.

Mas, justo quando parecia que nada poderia interromper o momento, um som vindo de fora do quarto os fez parar. Era um som de passos, leves e cautelosos, como se alguém estivesse tentando não ser ouvido.

Zetho e Gorga pararam o que estavam prestes a começar por conta do possível xereta. Zetho com uma expressão de raiva se levantou e abriu a porta no impulso com seus olhos fumegando.

Quando Zetho abriu a porta, o xereta que estava coberto com uma capa e capuz esfarrapado acabou caindo de bumbum no chão devido a força que Zetho usou.

O xereta estava prestes a fugir, mas Zetho o agarrou pela capa erguendo-o do chão. Foi aí que uma voz feminina gritou: “Me solta seu elfo sujo da Lua, não me toque!”

A voz era de uma garotinha, mas Zetho não se importou muito: “Que diabos você pensa que está fazendo?” Perguntou Zetho. “Você gosta de ficar xeretando o quarto dos outros, em?”

Gorga que também estava bastante irritada, ao ouvir a voz da garota, se levantou da cama dizendo: “Zetho, isso é a voz de uma criança?”

Zetho olhou para a garotinha que estava presa em sua mão e viu que ela não podia ter mais de 10 anos de idade. Ele sentiu um arrepio de culpa e soltou a garotinha, que caiu no chão com um baque.

"Desculpe", disse Zetho, se ajoelhando ao lado da garotinha. "Eu não sabia que você era uma criança."

A garotinha olhou para Zetho com um olhar de raiva e ressentimento.

"Você é um elfo muito rude", disse ela. "Eu estava apenas tentando ajudar."

Gorga se aproximou da garotinha e se ajoelhou ao lado dela.

“Ajudar?” Perguntou Gorga. “Do que você está falando?”

A garota ao ver que Gorga não parecia estar brava como estava Zetho, ajeitou sua esfarrapada capa, e tirou seu capuz revelando orelhas pontudas.

“Sou uma fada da Lua, assim como esse elfo rude da Lua aqui, eu tenho afinidade com a deusa da morte e das trevas Ydethidy,” disse a fada. “Meu nome é Piper, eu fui enviada pela deusa para ajudar Zetho na luta contra o demônio Zeorth.”

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