UM HOMEM MAL

Na sala o seu pai os esperava:

_ O conselho irá encontrar-nos hoje às 17h. Podemos conversar um pouco no escritório?

_ Sim. Podemos. Disse Konstantin.

Os três saíram da sala.

_ Sentem! Disse dom Luciano.

Konstantin, estava a vontade no ambiente e com a ocasião. Cecília não sentia da mesma forma.

_ Meu caro! Hoje falaremos com o conselho, como manda a lei e sábado teremos o noivado. Após, quando tem interesse em realizar o casamento?

_ Daqui a 30 dias. Este é o meu tempo para casar com Cecília. Respondeu.

_, Mas, eu creio ser pouco tempo para organizar um casamento.

_ É o tempo que concedo. Não creio que Cecília, fará exigências, que sejam impossíveis de realizar neste período. E se for. Daremos um jeito. Disse Konstantin.

_ Concorda com isso, filha? Perguntou o seu pai.

_ Para mim, está tudo certo. Respondeu Cecília.

_ Então, está tudo certo.

Eles saíram do escritório.

_ Vamos ficar um pouco na piscina? Está muito calor. Falou Cecília.

_ Concordo. Vou colocar algo um pouco mais fresco.

_ Eu também.

Ambos subiram e foram se trocar.

Imagem do pintarest

_ Espero que os soldados do seu pai, sejam treinados para não olhar para você. Disse Konstantin assim que viu Cecília.

_ Acho que sim. Nunca vejo soldados na área da piscina. Disse Cecília.

_ Porque eles são proibidos de vir aqui. Respondeu João que chegava.

_ Fico aliviado! Não gostaria de ter que matar um deles.

_ Não seria preciso, eu e Vitor faríamos isso. Disse João.

_ Meu disse que o noivado será apresentado hoje ao conselho.

_ Sim. Logo mais. Disse Konstantin.

_ Certo. Vou indo.

Konstantin sentiu numa espreguiçadeira do lado de Cecília.

_ Está feliz com o nosso noivado?! Perguntou Konstantin para ela.

_ Eu soube desde os meus 6 anos, que iríamos casar-nos. Para mim, é caso certo. Respondeu ela.

_ Poderia ser qualquer um então. Disse ele de cara fechada.

_ Sim, pois no nosso mundo sempre foi assim. Agora, não é o porquê vamos nos casar ser importante. E sim o que faremos depois. Disse Cecília.

_ E você, está feliz com o nosso casamento?!

_ Estou sim. E quero muito fazer com que de muito certo. Eu quero que sejamos felizes.

_ Eu também.

Eles ficaram pouco tempo desfrutando da piscina. Em certo momento eles entraram na água e ficaram a conversar sobre muitos assuntos.

Estava na hora deles saírem e se preparar para o conselho.

O local de encontro do conselho, era a sede da máfia, um prédio imponente, que parecia semiterminado do lado de fora, mas por dentro era o coração da operação.

Havia muitas salas, e todas muito luxuosas, claras, e organizadas.

Os equipamentos eram de última geração, assim como todos os setores.

Dom Luciano fez um breve toor pelo local, mostrando a base de operações, na Itália e no mundo.

Ate que chegaram em uma sala ampla, onde 13 senhores estavam sentados, eram os conselheiros da máfia.

Quando dom Luciano e Konstantin entraram, todos se levantaram.

_ É um prazer vê-lo, dom Luciano. Disse um dos homens.

_ É um prazer vê-los também senhores. Como sabem, meu avô, e o avô do capo Konstantin, sobreviveram juntos depois de um acidente aéreo. Dessa aventura, nasceu uma amizade e um compromisso jurado: Um dia nossas máfias seriam famílias, através do casamento de nosso filhos. Isto recaiu como benção para Dom Konstantin e minha filha Cecília. Disse Dom Luciano.

_ Eu espero que o casamento seja abençoado por todos. Completou.

Como aconteceu no conselho de Konstantin, nem todos gostaram.

Logo após a apresentação, houve uma celebração. Todos vieram cumprimentar os dois.

Cecília não era única mulher, porém, ficou o tempo todo ao lado de Konstantin, como mandava o protocolo.

Num determinado momento sentiu vontade de ir ao banheiro, discretamente, avisou Konstantin.

Quando estava a sair encontrou um homem na porta.

_ Gostaria de felicita-la pelo noivado. Disse o homem.

Cecília ignorou a mão que lhe era estendida, e disse educadamente:

_ Eu espero a sua felicitação, com o meu noivo.

Ela estava a sair, mas ele bloqueou o seu caminho.

_ Arisca! Gosto de mulheres ariscas! Disse com malícia.

O homem levantou a mão tocando em seu rosto, e causando um pânico em Cecília.

_ Não me toque! Os seus gostos não são do meu interesse. Respondeu Cecília tirando o rosto do contato.

Ele segurou o seu queixo com firmeza.

_ Garotinha tola! Quer medir forças comigo?

O homem tomava todo o corredor, que dava para o salão. Impedindo a sua passagem e impondo a sua presença.

Os dedos apertavam sua pele, sentia que ele queria mais.

Ela escapou do aperto e rapidamente deu meia volta e entrou novamente no banheiro e trancou a porta.

_ Muito esperta! Mas eu sou insistente.Escutou o homem dizer, enquanto forçava a maçaneta.

Cecília ligou para Konstantin.

Konstantin sentiu seu telefone vibrar e pensou em ignorar, mas mudou de ideia.

Quando viu o nome de Cecília, atendeu na hora e foi na direção dos banheiros.

_ Vem buscar-me, por favor! Disse Cecília.

Konstantin, foi e quando avistou a porta do banheiro feminino, bateu na porta.

_ Sou eu. Disse.

Cecília, abriu a porta e jogou-se nos seus braços.

_ O que houve? Perguntou, acolhendo o seu abraço.

_ Tinha um homem aqui, ele aproximou-se, me falou coisas , tocou o meu rosto. Eu fiquei apavorada. Disse Cecília com a voz em soluço.

_ Que homem, Cecília?! Perguntou Konstantin.

_ Eu não sei. Eu nunca vi. Eu quero ir embora.

Konstantin fez um sinal para Bóris que pelo celular deu algumas ordens.

Depois foi chamar os irmãos de Cecília.

Logo eles estavam, ali no banheiro feminino.

_ O que houve?! Perguntou João.

_Nao sai direito, mas um homem se aproximou e assustou a sua irmã..Vou levá-la para casa. Disse Konstantin.

_ Irei ver as imagens, e as levarei para casa. Disse Vitor saindo.

_ Eu irei falar com o resto da família. Disse João.

Konstantin puxou Cecília, e eles saíram pelos fundos. O carro já estava preparado, com Boris no volante.

Konstantin colocou Cecília dentro do carro e se ajeitou do seu lado.

_ Conte-me o que aconteceu?! Pediu, abraçando seu corpo, e deixando a cabeça pequena pousar em seu peito.

Cecília suspirou e sentiu seu perfume. Ela contou o que houve.

_ As palavras dele tinham um tom de provocação. Seus olhos, me encarando, sua postura impedindo a minha passagem no corredor, o jeito que ele tocou meu rosto. Tudo me encheu de pânico me colocou em alerta. Um não gostei .

_ Vamos saber quem era. Disse Konstantin.

_ Meus pais ficarão preocupados. Disse Cecília.

_ o seu irmão avisou eles. Disse Konstantin.

Eles chegaram na mansão de Cecília, Konstantin pediu para fazerem um chá calmante para Cecília.

Ela estava a tomar o chá novamente quando os seus pais, irmãos, Leonardo e Julia chegaram.

Enquanto a mãe e a Júlia ficaram com ela, os homens foram para o escritório.

Konstantin contou a história de Cecília.

_ Nunca vi a Cecília assustada. Eu quero saber quem ele é. Disse Dom Luciano.

_ As imagens da câmera, mostra ele por trás, fazendo exatamente o que o Konstantin disse. Quando ele entrou ele tentou invadir, mas Cecília trancou a porta. Ele fala algo e sai pelos fundos. Disse Vitor.

_ Nossos peritos estão vendo as outras fitas. Porém, ele estava de preto, como a maioria. Disse João.

_ Essa é a sua casa Dom Luciano, mas se permitir, gostaria de ajudar Falou Konstantin.

_ Com certeza ajudarei. Vamos seguir com o noivado de sábado? Perguntou Dom Luciano.

_ Iremos, vou pedir para que Dimitri e Igor tragam reforços. Falou Konstantin.

Eles ficaram um pouco mais e voltaram para a sala.

_ Como está? Pergunta Konstantin a Cecília.

_ Estou melhor. A Júlia irá dormir comigo. Disse.

Eles foram para seus quartos.

_ João, vai ver o meu quarto por favor.

João subiu com ela, fez o que pediu e saiu. Só assim Cecília entrou para dormir.

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