FIM DA NOITE

Cecília e Julia estavam desesperadas, sem saber o que fazer.

Elas, no entanto sentiram alívio quando viram Vitor, João e Bruno saírem do carro.

Elas correram para os braços dos irmãos, chorando.

_ Vamos embora, vem vamos logo, eles estão vindos. Cecília puxava o braço de Vitor e de João.

_ Vem Bruno. Dizia Julia.

Mas eles não saíram do lugar:

_ Quem está chegando? Fala irmãzinha. Quem está chegando. Perguntava Vitor, segurando no rosto de Cecília.

_ Os homens com capuz.

,_ Homens com capuz? Onde?! Perguntou João.

Eles pareciam não estarem a levar elas a sério.

_ Meu Deus, os homens que perseguiram eu e a Ceci. Conseguimos fugir porque ela conseguiu dar um golpe de judô, em um deles e depois um chute no joelho de outro. Disse Julia, num fôlego só.

_ AGORA PODEMOS IR, POR FAVOR! Julia disse alto.

Nesse momento eles puderam ouvir uma gargalhada.

_ Então encontraram a minha gatinha fujona? Disse o homem encapuzado.

_ Parece que você tinha a encontrado antes. Disse Vitor.

_ Me diga que não foi um dos soldados abatido. Disse João.

_ Infelizmente, fui o do golpe de judô.

Enquanto falava o mesmo ia tirando o capuz. Era Konstantin.

Cecília pulou dos braços de Vitor para agredi-lo novamente.

Vitor foi mais rápido e a segurou.

Cecília xingou Konstantin de vários nomes.

_ Onde ela aprendeu tudo isso?! Perguntou João.

_ A gente faz uma lista. Respondeu Julia.

_ De insultos? Perguntou Bruno.

_ Garotas precisam de armas. A melhor é o cérebro. Respondeu Bruno.

_ Não parece que o cérebro de vocês ajudou desta vez. Respondeu João.

_ Fomos ao show, não fomos. Disse Julia.

Enquanto isso Cecília lutava com Vitor.

_ Me solta Vitor. Eu quero arrancar os dentes desse idiot@, acéfalo, ele quase me matou do coração.

_ Irmãzinha, eu não acho que seria uma boa ideia. Pensa você teria que conviver com ele banguelo.

_ Iria me sentir muito feliz. Respondeu Cecília.

Konstantin olhou para a menina mulher na sua frente.

Ela não eatava nada parecida com a patricinha bem vestida das fotos, e nem dócil e submissa como imaginou que eia seria.

E ele estava gostando muito do que estava vendo.

Konstantin se aproximou e pegou Cecília, a jogando por cima do ombro.

Sem cerimônia bateu nas sua bund@.

_ Quieta mulher!

_ Sonha, palhaço.

Ele estava levando ela para o seu carro, que um dos seus soldados tinha trazido.

_ Tem certeza que dá conta? Perguntou Bruno com um sorriso travesso.

_ Dou sim. Disse Konstantin.

Ele colocou Cecília no banco e foi tomar o lugar de motorista.

_ Boa menina. Disse quando Cecília ficou no banxo.

Cecília, olhou para ele com um sorriso meigo, e olhos submisso.

_ Sonha, meu amor! Disse com voz doce.

_ Agora acho que fiquei um pouco abalado.

Ele deu partida no carro e seguiram para a casa de Cecília.

No caminho, Cecília olhava a paisagem e pensava na loucura que fora aquele dia.

Ela se sentiu inteligente e forte com a fuga, feliz com o show, estrategista com os soldados.

Mas foi o pânico que sentiu quando foi capturada por Konstantin e os seus soldados que a fazia pensar.

Nunca sentirá tanto medo, e nem se sentindo tão arrependida de fazer algo. Naqueles poucos minutos, sabia que teria um fim ruin ou alguém da sua família, ou mesmo soldados, teria sofrido ou perderiam a vida por sua causa.

_ Uma moeda por seus pensamentos. Disse Konstantin.

_ Não sou tão barata. Respondeu ela.

_ O que está fazendo aqui? Perguntou Cecília.

_ Vim ver minha noiva, e acertar nosso casamento. Respondeu.

_ E porque não avisou? Cecília perguntou novamente.

_ Avisar eu avisei, só não disse o dia. Não imaginei chegar e ter que ir caçar minha doce noivinha. Sua voz estava cheia de deboche.

_ Deveria ter sido mais específico. Falou Cecília.

_ Teria me esperado?! Perguntou ele.

Cecília pensou antes de responder.

_ Acho que não. Eu estava querendo muito vir neste show.

_ Me deixaria por homens que só vê Leka internet? Perguntou Konstantin.

_ Você su só vejo por fotos. E eles sabem cantar. Disse Cecília, achando a justificativa muito boa.

Konstantin caiu na risada.

_ Então, se eu soubesse cantar teria mais chances? Perguntou.

_ Com certeza, isso seria uma grande qualidade. E eu ficaria encantada. Se além de cantar soubesse dançar. Seria o combo perfeito: Lindo, gostoso, e talentoso. Respondeu Cecília.

Konstantin riu alto de novo.

Quando soube que a sua noiva fugira, ficou furioso.

Onde já se viu. Tinha pensado em dar-lhe uma lição. Sorriu por dentro quando viu o medo em seus olhos, porém quando ela o derrubou, num golpe perfeito, e ainda foi pra cima do seu soldado, para salvar a amiga, sentiu que ela era. Mulher da sua vida.

Eles continuará em silêncio até chegar na casa de Cecília.

Seu pai correu e a abraçou, depois fez um inspeção em seu corpo em busca de ferimentos.

_ Que roupas são essas, o que fez com o seu cabelo? Está de castigo para sempre. Vai para o seu quarto agora.

Cecília não respondeu e obedeceu.

_ Um momento, minha noiva. Disse Konstantin.

Ela voltou-se e ele falou com o seu pai:

_ Levarei Cecília para Moscou. Disse.

_ Como assim?! Não foi para isso que veio. Disse Dom Luciano.

_ Ficou óbvio que não tem controle sobre a minha noiva, então eu a levarei.

Cecília não precisou ouvir mais nada e foi até Konstantin.

_ O que pensa que é? Ou quem é para falar e julgar o meu pai assim?! Ele não tem culpa, se sou boa, quer dizer excelente em planos e estratégias. Li o livro "A arte da Guerra". Aliás, todos deveriam ler. Disse.

Cecília percebeu que perdeu o foco.

_ Bem, meu pai e um excelente pai, esposo e principalmente Dom. E eu vou falar o que eu penso sobre nós. Ela disse apontando o dedo para si e para Konstantin.

_ Fui criada para, respeitar, obedecer e ser dócil, com meu futuro marido. Vou dizer-te o que penso sobre essas três coisas: O respeito é prioridade e mútuo, isso inclui traição, então nada de mulheres depois do NOIVADO. Obediência, não é subserviência e nem me tornar uma acéfala. E docilidade é o pagamento da sua gentileza. Ela disse sem parar.

Konstantin tentou falar, mas ela, levantou a mão e pediu para ele esperar a sua vez por favor.

_ Eu só sairei daqui, depois que ficarmos noivos, perante a minha máfia e a tua, com um belo anel no meu dedo, e após estarmos casados como manda a lei, a igreja e as máfias. Antes disso não. E tudo isso irá acontecer, depois que tivermos uma longa conversa. Boa noite!

 Cecília, começou a subir para o quarto deixando os homens da sala paralisados. Derrepente ela voltou para o seu pai:

_ Papai, eu sinto muito por hoje a noite, e por outras situações. Uma coisa Konstantin me fez hoje. Eu agi muito errado. Foi aceitar de bom grado a sua punição. E realmente não pretendo ser uma garotinha mimada e inconsequente futuramente.

Agora o seu pai e irmãos ficaram mais surpresos.

_ O que fez exatamente com a minha filha! Dom Luciano questionou.

O olhar dele e dos irmãos de Cecília eram quase assassinos.

Konstantin não entendeu a atitude dos três.

_ Não fiz, nada além do combinado. Ele respondeu.

" Família estranha, e minha noiva fica sexy sendo uma atrevida. Vou beijar aquela boquinha até vê-la gemendo. Prometo." Pensou Konstantin.

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