UM PLANO INFALÍVEL

QUINZE DIAS ANTES.

Cecília e Julia estavam no quarto da primeira.

_ Ju, veja isso aqui, os Stray Kids irão vir para Gênova no final deste mês.

_ Meu Deus, ir no show seria um sonho! Falou Julia empolgada.

_ Sim. Que tal se a gente fosse?! Perguntou Cecília.

_ Ah!!! Dá até vontade de rir! Ceci, sabe quando o meu e o teu pai irão permitir que façamos isso?! NUNCA! Respondeu Julia.

- Juntas pensaremos em algo. Disse Cecília.

_ Vamos nos meter em encrenca isso sim. Disse Julia.

_ E você adora nossas aventuras. Respondeu Cecília.

As duas deixavam os pais, os irmãos e principalmente os seguranças doidos.

Já haviam fingido da escola, feito trilha a noite, invadido uma casa abandonada, e feito dark turismo em cemitérios e lugares assombrados.

Claro que o castigo sempre vinha, mas elas se aquietaram por um ou dois meses e depois acabavam aprontando novamente.

_ Pensa Ju, não podemos perder essa oportunidade. Falou Cecília.

_ Não sei não, tem que ser um plano mega bom para dar certo.

_ Aiiii! Então você topa!!! Cecília pulou em cima da amiga.

_ Vamos ver o Stray Kids!!!! Elas disseram já certas que iriam dar um jeito.

(Cecília) Imagem do Pinterest.

As duas passaram a tarde bolando muitos planos, e acabaram criando um bem elaborado, e sem falhas.

(Julia) Imagem do Pinterest.

No dia seguinte elas colocaram o plano em ação, pois ele precisava de tempo.

_________________________________________________

NO DIA SEGUINTE — CASA DA CECÍLIA.

_ Bom dia, paizinho! Disse Cecília na mesa do café da manhã.

_ Bom dia princesa! Respondeu o seu pai Luciano.

_ Bom dia Mamãe!

_ Bom dia, meu amor! Respondeu Isabela, mãe de Cecília.

_ Bom dia, mala um e dois. Falou ela para seus irmãos.

_ Bom dia, baixinha! Respondeu Vitor.

_ Bom dia, nanica! Respondeu João.

Cecília mostrou a língua para os irmãos.

_ Quantos anos mesmo que essa fedelha tem? Falou João.

_ Tenho 18, desprovido de cérebro. Respondeu Cecília.

_, Pois eu acredito que tem oito. O tamanho é igual. Replicou João.

_ Só porque você parece uma vara de cutucar estrela. Disse Cecília.

_ Vamos parar de tanto amor. Disse a sua mãe.

Cecília era a filha mais nova, por isso a mais protegida e mimada. Embora os irmãos implicassem entre si, o amor estava sempre presente.

Cecília suspirou e colocou no seu prato o que iria comer, e por fim deu início ao plano que ela e a Júlia criara.

Com a voz muito doce, disse para o seu pai.

_ Papai, os Stray Kids, irão fazer um show aqui, será no fim do mês. Será que eu posso ir com a Júlia?

_ Um show, Cecília?! No meio de uma multidão?! Exposta?! Claro que não.

_ É no final do mês, tem 15 dias. Tempo suficiente para o Senhor arrumar um mini exército para nós acompanhar. Respondeu Cecília.

_ Sem chance! Minha resposta é não. Seu pai disse determinado.

_ Que drog@! De que adianta ser boa filha, ter notas boas, fazer sempre o que me pedem se nunca posso fazer NADA! Falou Cecília, levantando da mesa.

Cecília saiu chorando da mesa e foi para a escola. Foi o caminho todo dentro do carro chorando. Ela sabia que Alex contaria para o seu pai.

Ela saiu do carro sem dar tiau e foi para junto de Julia que também estava chorando.

Elas se abraçaram e foram para a sala de aula.

_ Primeira parte, realizada com sucesso. Disse Cecília.

_ Sim! Respondeu Julia.

Nos dias que se seguiram, Cecília e Julia não quiseram comer, não saíram do quarto, e choraram o dia inteiro, cantando sem parar as músicas da banda que queriam ir no show.

A situação da família das duas estava caótica.

_ O que faremos com essas duas? Perguntou Leonardo, pai de Julia.

Ele estava com Luciano no escritório deste. Vitor, João e Bruno, irmão de Julia, também estavam.

Eles se encontraram para uma reunião, e estavam ainda conversando quando escutaram Julia e Cecília, cantando e chorando ao mesmo tempo, em alto e bom som.

_ Tenho vontade de matar essa banda! Disse Vitor.

Seu irmão concordou. Nunca viu sua irmã e prima tão triste e loucas por causa de algo.

_ Podemos fazer isso agora. Falou Bruno.

Vamos explicar uma coisa: Leonardo era pai de Julia, irmão aditivo de Luciano, que acabou descobrindo que era filho legítimo do ex capô da máfia "Sete Punhais", que tinha sido sequestrado e acabou parando na casa dos pais de Luciano, que o adotou e o criou como filho. Quando o seu pai morreu ele assumiu aquela máfia.

A sua esposa Clarice, mãe de Julia, tinha morrido de câncer a 10 anos, ele não casou novamente, e Julia e Bruno eram seus únicos filhos.

_ Eu não pretendo ceder a essa loucura de Cecília. Disse Luciano.

_ Nem eu de Julia. Falou Leonardo.

Mesmo com a voz decidida era claro que a situação das duas adolescentes, preocupava os dois capôs mais do que uma guerra com uma máfia inimiga.

 Com os irmãos não era diferente.

Eles suspiraram e continuaram a reunião.

Havia se passado 5 dias e o pai de Cecília já não conseguia ver a filha triste e fazendo greve de silêncio com todos.

Naquela manhã, ele a chamou para a mesa do café.

_ Princesa, por favor, venha aqui. Disse com a voz suave.

Cecília foi, cabeça baixa, olhar triste.

_ O que eu posso fazer para que você volta a ser você mesma?

_ Me deixa ir no show. Disse Cecília.

_ Eu não posso. Então não me peça isso. Disse seu pai, irredutível.

Cecília, olhou para ela com olhar magoado, e cansado. Seu pai não iria ceder.

_ Eu não sei. O que eu quero é ser somente uma moça que pode ir no show da sua banda preferida. Disse ela e saiu da mesa sem tomar café.

Tudo que acontecia na casa de Cecília, acontecia na casa de Júlia. Não necessariamente no mesmo dia. Essa conversa, Julia tinha tido com o seu pai um dia antes.

O plano das meninas tinha agora uma segunda etapa. O silêncio.

Por mais três dias, elas continuaram, não conversando com ninguém da família, comiam apenas um pouco, mas também deixaram de ouvir ou cantar músicas da banda. Era silêncio total.

Cecília e Julia, chegavam em casa depois da aula e deitavam. Ficando assim até o dia seguinte. Uma nao ia mais na casa da outra.

Essa situação, foi ainda mais desesperadora para as famílias.

_ Luciano, Precisa dar um jeito na Cecília. Está me matando ver minha filha tão triste. Disse Isabela.

Eis tinha entrado no escritório do marido, seus olhos cheios de água.

_ Eu também não aguento ver ela triste assim. Falou Vitor.

_ Eu não irei deixar eia ir no show. Falou Luciano incisivo.

_ Só, faz alguma coisa, amor. Por favor. Disse a sua esposa.

Luciano decidiu ir no quarto da filha, bateu e entrou, mas ela estava encolhida na cama dormindo.

Ele passou as mãos por seus cabelos e disse baixinho:

_ Papai te ama!

Cecília, que não estava dormindo, escutou e quando o seu pai saiu do quarto, pulou da cama e fez uma dancinha.

Segunda fase do plano realizado com sucesso.

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Comments

Nilvan Coiote

Nilvan Coiote

a gente quando é adolescente apronta muito

2025-04-08

1

Cristiane F silva

Cristiane F silva

Essa foi boa kkkkkk

2025-02-24

2

Ver todos

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