ACORDOS E LAÇOS

A manhã seguinte encontrou Cecília deitada na sua cama pensativa.

Ela sabia precisar conversar com Konstantin, ele era o seu noivo, porém teria todo o direito de querer romper o compromisso.

Para ela seria muito mau, ficaria numa situação difícil junto as famílias da máfia, porém, a sua preocupação era com o seu pai.

Saiu da cama e foi se arrumar, e desceu para tomar o café da manhã.

Na mesa estava a sua família, Konstantin e Boris o seu segurança.

_ Bom dia, a todos! Disse ela

_ Bom dia! Responderam.

_ Podemos conversar após o café? Disse ela para Konstantin.

_ Podemos. Respondeu ele.

Após o café, Cecília pediu autorização para conversar no escritório do seu pai.

_ Se terminou, podemos conversar? Disse ela para Konstantin.

Ele concordou e ambos saíram da sala e foram para o escritório do seu pai.

_ Obrigada, por aceitar conversar comigo. Eu sei que acabei não sendo a noiva que você pensou que eu fosse, e talvez queira romper o acordo. Eu irei te entender. Mas, será que podemos arrumar uma forma que isso não prejudique o meu pai?

Konstantin novamente olhou para Cecília, pensando nas várias nuances que ela tinha.

A garota mimada e impulsiva, a amiga fiel que defendia amigos, a mulher inteligente, e agora a filha amorosa e dedicada.

Ela era intensa, e isso agradava-lhe. Sabia que teria problemas, mas nada o faria desistir daquele noivado.

_ Não irei romper o acordo. O nosso noivado continuará. Disse Konstantin.

Cecília sentiu um alívio e ele percebeu. Depois do dia anterior passou a noite refletindo que casamento arranjado não era uma coisa que ela desejaria, e teria problemas.

_ Não se sente mal, por nosso casamento ser apenas um acordo? Sem envolvimento emocional?

_ Como disse ontem, embora tenha tido uma péssima impressão da minha pessoa pelo que aconteceu, eu fui muito bem criada. Não gosto do arranjo, mas por baixo dessa seguidora de Maquiavel, sou romântica e acredito em casamento e família. Pretendo construir isso com você. Cecília disse.

Mais uma vez ela o surpreendeu:

_ Creio que estarei no céu ou no inferno ao nos cansarmos. Quanto as suas exigências de ontem. Ele disse com um olhar sarrista. _ Atenderei a todas, porém, quero casar o mais breve possível. Disse Konstantin.

_ Está perfeito. Respondeu Cecília.

Ela estendeu a mão para selar esse acordo.

_ Prefireria um beijo. Disse Konstantin.

_ Este apenas após o casamento. Respondeu Cecília muito corada.

_ Será que a minha futura noiva nunca foi beijada? Perguntou ele com malícia.

_ Isso não deveria surpreender-te. Estou esperando o cara certo. Disse ela.

_ Está me esperando então. Já que serei seu marido. Disse Konstantin.

_ Não necessariamente. Disse Cecília provocando.

_ Farei o possível para conquistar esse título. Falou Konstantin.

_ Vamos? Cecília falou a sair do escritório.

Encontraram Dom Luciano na sala.

_ Meu caro, Dom Luciano. Creio que eu e Cecília entramos num acordo. Voltarei para Moscou hoje e estarei de volta em 30 dias, para o nosso noivado oficial, e acertar a data do casamento. Disse Konstantin.

_ Será uma honra para mim, fazer parte da família do Capo de tudi capo da Rússia. Disse o pai de Cecília.

O resto do dia foi para a realização de reuniões.

Dom Luciano levou Dom Konstantin para conhecer todo o seu império, e o do seu irmão Leonardo.

Também o fez conhecer a sua empresa de carros.

Logo após o jantar, Konstantin deixou a Itália no seu jato particular.

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DURANTE A VIAGEM PARA MOSCOU

_ Sua noiva é uma mulher peculiar. Disse Bóris seu subchefe.

_ É uma boa definição de Cecília. Não acreditava que ficaria tão disposto a este casamento. Konstantin falou.

_ Ela é um furacão. Disse Bóris.

_ Sim. E eu irei domar aquele furacão.

_ Posso deduzir que a moça entrou no seu coração? Perguntou Bóris.

_ Pode ter certeza, que ela poderá ter esse mérito. Respondeu Konstantin.

Uma aeromoça, acostumada a servir o capo, chegou e sentou no seu colo.

_ Meu capo parece estar precisando de um pouco de relaxamento.

Konstantin a afastou do seu colo:

_ Preciso de uma nova dose de bebida, e nunca mais faça isso novamente. Respondeu Konstantin.

A moça saiu e Boris falou:

_ Não está de aliança, mas de coleira com certeza. Disse e caiu na risada.

_ Serei um homem casado em breve. E não pretendo trair ou desonrar a minha esposa. Porque não colocar limite desde agora. Falou Konstantin.

_ Rendido!

_ Não tem nada pra fazer? Posso dar um jeito nisso.

O subchefe levantou a mão em rendição.

Cada um ficou com seus pensamentos.

Boris era amigo de infância de Konstantin. Além dos seus irmãos Dimitri e Igor, era em Bóris que Konstantin mais confiava.

A viagem até Moscou demorou 4h, no aeroporto, alguns soldados já estavam a postos,e o seuu irmão Dimitri veio dar-lhe boas vindas.

_ Ola, meu irmão! Disse abraçando-o. Como foi a visita a sua noiva? Perguntou.

_ Um susto e uma surpresa atrás da outra. Vem que tenho muito o que contar para todos. Respondeu Konstantin.

Eles seguiram para o carro.

_ Me diz como estão as coisas? Houve algum problema nestes dois dias? Perguntou Konstantin.

_ Falaremos depois! Hoje estamos esperando a entrega de um carregamento de armas. Igor está no local. Respondeu Dimitri.

_ Então vamos para lá. Falou Konstantin.

Eles seguiram para o local de entrega, o seu irmão Igor ficou feliz quando o viu.

_ Bem vindo! Como foi a sua viagem?

_ Foi ótima! Respondeu Konstantin.

_ Como está a entrega? Perguntou.

_ No horário. Disse Igor.

Igor era o seu conselheiro e Dimitri o seu subchefe.

Cada um tinha o temperamento necessário para as funções. Enquanto Dimitri era ação, Igor era planejamento.

Konstantin pensou que ambos se dariam muito bem com Cecília.

Passava da meia-noite quando os entregadores chegaram, os três irmãos e Boris, verificaram a mercadoria e fizeram o pagamento.

_ Mandei tudo para o galpão 2. Disse Dimitri.

_ Porque para o 2? Perguntou Konstantin.

_ Questão de estratégia de segurança. Respondeu Igor.

Konstantin nada falou. Confiava em seus irmãos, e sabia que eles contariam o que estava acontecendo, no momento certo.

_ Preciso ir para casa descansar. Estou cansado. Amanhã conversaremos melhor. Disse Konstantin e foi com Bóris para a sua casa.

A família Zuckov, ou seja, Konstantin, seus irmãos, a sua irmã, os seus pais e alguns soldados mais próximos como Bóris, moravam todos juntos num condomínio fechado.

E tomavam café, diariamente na casa de seus pais.

Ele chegou em casa e resolveu mandar uma mensagem para Cecília.

Donzinho: Boa noite, minha futura noiva!

Ele esperou Cecília responder, mas já era muito tarde e ela não respondeu e ele foi dormir.

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Cecília acordou e depois que se arrumou e tomou café, subiu para o quarto para conversar com Julia.

Ela viu a mensagem de Konstantin.

Perigo doce: Bom dia! Fez boa viagem?

Konstantin viu a mensagem e respondeu.

Donzinho: Bom dia! Fiz sim. Obrigado!

Perigo doce: Porque me mandou msg tão tarde?!🤔

Donzinho: Fui trabalhar assim que cheguei.

Perigo doce: Hum! Está certo.

Donzinho: Ciúmes?!

Perigo doce: Cuidado.

Donzinho: O que fará hoje?

Perigo doce: Vou combinar de sair com a Ju.

Donzinho: As duas juntas é problema na certa.

Perigo doce: Só para os do lado do mal.

Donzinho: Está certo. Cuidado! Um beijo minha linda.

Perigo doce: Cuidado também!

Eles pararam de mandar mensagem.

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