Capítulo 16– O Jogo de Gabriel
A noite estava chegando ao fim, e o bar começava a esvaziar. O clima ainda era descontraído, mas a tensão entre Helena e Gabriel parecia ter se intensificado. Débora e Rodrigo estavam prontos para ir embora, trocando olhares cúmplices e sorrisos travessos.
— Acho que vou nessa — disse Débora, segurando no braço de Rodrigo com um brilho de diversão nos olhos. — Não me esperem acordados!
Helena arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.
— Você nem mora comigo.
Débora riu.
— É um jeito de dizer que eu tenho planos para a noite.
Rodrigo sorriu para Gabriel e lhe deu um tapinha nas costas.
— Parece que só sobraram vocês dois.
Gabriel suspirou dramaticamente.
— E eu que achei que ia ter uma carona para casa… — Ele olhou para Helena com um sorriso brincalhão. — Você não quer ser minha motorista da vez?
Helena soltou uma risada curta e negou com a cabeça.
— Tira o cavalinho da chuva, Gabriel. Não vou te dar carona.
Ele colocou a mão no peito, fingindo estar ofendido.
— Nossa, direto ao ponto… pelo menos me dá uma chance de implorar.
— Não adianta, nem tenta usar esse seu charme barato — provocou ela. — Além do mais, eu vim de táxi, então nem carro eu tenho.
Gabriel estreitou os olhos e sorriu de canto.
— Hmm… então é o destino.
Helena bufou.
— Como assim?
Ele inclinou-se um pouco mais para perto dela, o olhar cheio de malícia.
— O destino queria nos dar mais tempo juntos… talvez para relembrarmos aquela noite ardente.
O estômago de Helena se revirou com aquelas palavras. O tom de Gabriel era sedutor, mas também carregava um mistério que a deixava inquieta.
— Você realmente não tem vergonha, né?
— Não quando o assunto é você.
A intensidade do olhar dele fez com que um arrepio percorresse sua espinha. Por mais que tentasse manter a compostura, era impossível negar que a química entre eles era palpável.
— Ah, então agora você quer relembrar? Porque naquela época você sumiu.
Gabriel passou a língua pelos lábios e sorriu de lado.
— Você ainda pensa naquilo?
Helena apertou os lábios, irritada por ter deixado escapar aquilo.
— Eu… — Ela bufou. — Não muda de assunto.
Ele deu um passo à frente, reduzindo a distância entre os dois.
— Não estou mudando de assunto… estou apenas testando uma teoria.
— Que teoria?
Gabriel olhou diretamente para a boca dela antes de voltar aos olhos.
— Que se eu me aproximar o suficiente, você não vai resistir.
Helena sentiu um calor subir por seu corpo. Ela abriu a boca para responder, mas nada saiu.
A tensão entre eles era quase sufocante.
— Você é insuportável… — murmurou, sentindo a respiração dele próxima demais.
— E irresistível — rebateu ele, sua voz rouca e carregada de desejo.
E então, sem aviso, Gabriel segurou levemente a cintura dela e puxou-a para mais perto. Seus lábios se tocaram com urgência, um beijo intenso, quente, como se estivessem reprimindo aquilo por tempo demais.
Helena se perdeu no momento, sua mente nublada pelo desejo. Ela segurou a camisa dele, puxando-o para mais perto, aprofundando o beijo. Gabriel deslizou uma das mãos pela sua nuca, explorando cada segundo do contato com uma intensidade quase faminta.
Ela se afastou por um instante, ofegante, e olhou para ele.
— Você é mesmo um problema.
— E você gosta de problemas — rebateu ele com um sorriso travesso.
O som da buzina do táxi cortou o momento. Helena abriu os olhos, ainda sentindo a respiração pesada.
— Seu táxi chegou… — murmurou Gabriel, encostando a testa na dela.
Ela hesitou por um segundo, depois olhou para ele com um brilho de provocação nos olhos.
— Quer ir para minha casa?
O sorriso de Gabriel foi lento, sedutor.
— Se esse é um convite oficial… como eu poderia recusar?
Os dois entraram no táxi e, durante todo o caminho, a eletricidade entre eles continuava presente. Gabriel deslizou os dedos pelo braço dela, pequenas carícias que faziam Helena prender a respiração.
— Você está tentando me provocar? — perguntou ela, sem conseguir esconder o tom divertido.
— Eu? — Ele fez uma expressão inocente. — Só estou aqui, quietinho.
Helena riu e desviou o olhar para a janela.
Quando chegaram ao apartamento, Helena destrancou a porta apressada, e assim que entrou, Gabriel a pressionou contra a parede, seu olhar faminto.
— Desde quando você ficou tão ousada? — provocou ele.
— Desde que você parou de jogar e começou a agir — retrucou ela.
Gabriel riu baixinho antes de tomá-la em seus braços novamente. O desejo que antes estava contido agora era livre.
Os beijos se tornaram mais intensos, as mãos exploravam cada pedaço de pele disponível. Gabriel puxou o zíper do vestido dela com calma, arrastando os lábios pelo seu pescoço. Helena gemeu baixinho, suas unhas cravando levemente os ombros dele.
— Você gosta de provocar, não é? — sussurrou ela.
— E você gosta de ser provocada.
Ela mordeu o lábio e puxou a camisa dele, seus corpos colados, o calor aumentando a cada segundo. Gabriel a ergueu no colo, carregando-a até o quarto sem esforço algum.
E naquela madrugada, entre lençóis bagunçados, suspiros roucos e pele quente, Helena percebeu que talvez, só talvez, Gabriel fosse mais do que apenas um jogo para ela.
Talvez ele fosse um problema do qual ela não queria fugir.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Regina Lucia Freitas Silva
ah autora, você não gosta de hot e nós adoramos e agora? vai mulher faz uns bem quentes
2025-04-17
2
Marli Batista
Gente cade hots
2025-04-07
3
Cida Sandro Morozoli
Gabriel será um mafioso?
2025-03-15
3