Capítulo 12
Helena sentia o coração apertado enquanto observava Isabella desacordada. Muitas coisas passavam pela sua cabeça ao mesmo tempo. Será que, de alguma forma, ela tinha culpa naquilo? Seu desabafo foi forte, mas não imaginava que Isabella reagiria daquela forma. Tentava se convencer de que não tinha responsabilidade, mas uma parte dela insistia em questionar se suas palavras haviam sido cruéis demais.
Débora percebeu a inquietação no rosto de Helena e se aproximou, falando baixo para que apenas ela ouvisse:
— Você está preocupada, né? — perguntou, observando atentamente a amiga.
Helena hesitou por um instante antes de assentir.
— Eu só… Não sei. Isso está estranho. Eu realmente não gosto dela, mas não queria que nada grave acontecesse — confessou, suspirando pesadamente.
Débora tocou de leve no braço de Helena e sugeriu:
— Então vamos até o hospital. Assim você pode ver com seus próprios olhos que ela está bem. Acho que isso pode te deixar mais tranquila.
Helena ponderou por um instante. A ideia fazia sentido. Saber que Isabella estava fora de perigo talvez aliviasse aquele aperto no peito. Débora se levantou e anunciou para as outras:
— Vou tomar um ar lá fora com a Helena. Já voltamos.
Sofia e Camila trocaram olhares desconfiados, mas não questionaram. As duas claramente não tinham engolido a história de Isabella e preferiam não gastar energia se preocupando com ela. Débora, por outro lado, achou melhor não contar nada sobre a visita ao hospital. Sabia que, se falasse, as outras poderiam tentar impedi-las ou até ironizar a decisão.
Sem perder mais tempo, Débora e Helena saíram da boate e pegaram um táxi até o hospital onde Isabella havia sido levada. O silêncio entre elas era carregado de pensamentos e incertezas. Helena observava a cidade passando pela janela, tentando organizar seus sentimentos.
Ao chegarem ao hospital, foram direto para o setor de emergência. O corredor branco e silencioso parecia mais opressor do que nunca. Assim que dobraram a esquina, viram Guilherme andando de um lado para o outro, visivelmente aflito. Ele passava a mão pelos cabelos, inquieto, e suspirava pesadamente. Parecia estar esperando por notícias.
Antes que pudessem se aproximar, um médico saiu de uma das salas e se dirigiu a Guilherme:
— Senhor Guilherme, pode ficar tranquilo. Foi apenas um pequeno desmaio. Isabella e o bebê estão bem.
O queixo de Helena quase caiu. Débora arregalou os olhos, surpresa.
— Bebê? — sussurrou Helena, sentindo um misto de choque e incredulidade.
Guilherme também parecia atordoado, mas logo suspirou de alívio, murmurando um agradecimento ao médico. Helena, por outro lado, sentiu como se seu mundo tivesse parado por alguns instantes. Aquilo significava que Isabella estava grávida. E não de qualquer um. Provavelmente, o bebê era de Guilherme.
Débora notou a expressão de Helena e segurou seu braço, tentando puxá-la para longe antes que qualquer cena fosse feita.
— Vamos embora, Helena. Acho que já vimos o suficiente — sugeriu Débora, com um tom cuidadoso.
Ainda atordoada, Helena apenas assentiu. Sentia-se estranhamente vazia, como se uma nova camada de dor tivesse sido adicionada ao que já estava carregando. Sem dizer uma palavra, as duas deixaram o hospital e pegaram um táxi de volta para a boate.
No caminho, Helena permaneceu em silêncio, encarando a cidade iluminada pela janela do carro. Sua mente girava, tentando processar tudo o que havia descoberto. Isabella estava grávida. E agora? Como isso mudaria tudo?
— Você está bem? — Débora quebrou o silêncio.
— Não sei. Acho que não — Helena admitiu. — Eu devia ter imaginado. Isabella sempre quis prender o Guilherme de alguma forma.
— Você acha que ela fez isso de propósito? — Débora perguntou, cautelosa.
— Eu não sei o que pensar, Débora. Só sei que isso me atinge de um jeito que eu não queria admitir — Helena suspirou. — Passei tanto tempo tentando superar o que aconteceu, e agora isso? Parece que nunca vai acabar.
Débora assentiu, compreensiva.
— Talvez você precise de um tempo longe de tudo isso. Esquecer Guilherme e Isabella por um tempo.
Helena riu sem humor.
— Acho que esquecer não vai ser tão fácil agora. Eu simplesmente… não esperava por isso.
As duas ficaram em silêncio pelo restante do trajeto. Quando chegaram à frente da boate, Helena hesitou antes de sair do carro.
— Eu não quero mais festa. Só quero ir para casa — disse ela, cansada.
— Quer que eu vá com você? — Débora ofereceu.
Helena balançou a cabeça.
— Não precisa. Acho que preciso de um tempo sozinha.
Débora a abraçou rapidamente.
— Se precisar de qualquer coisa, me liga, tá?
Helena assentiu e entrou em um táxi sozinha. Durante o trajeto para casa, tentava organizar seus pensamentos. Isabella estava grávida. Guilherme parecia genuinamente preocupado. E ela… Ela sentia uma dor que não queria admitir, como se uma parte dela ainda se importasse mais do que gostaria.
Ao chegar em casa, Helena jogou a bolsa no sofá e se deixou cair na cama. Fechou os olhos e suspirou pesadamente. Sua vida parecia um furacão sem fim, e ela não sabia como sair desse caos.
Mas uma coisa era certa: precisava tomar uma decisão. Não podia continuar vivendo no passado. Era hora de seguir em frente.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Veranice Zimmer Ferst
Eu sabia que a vaca traidoras tinha coisa errada eles já estavam juntos fazia tempo credo que nojo 🤮🤮🤮 deles pufavor escritora faza ela ir embora!!!
Helena precisa refazer a vida dela longe desses traidores!!!!
2025-04-05
2
Ilma Matias da Cruz
então segue minha filha misericórdia senhor
2025-04-01
2
Waleria
q eu me lembro Helena saiu de casa de carro pq agora tá de táxi
2025-04-15
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