baile de apresentação..

O shopping em Copacabana estava movimentado como sempre. Pessoas andando apressadas, turistas admirando as vitrines e um burburinho constante preenchendo o ambiente. No meio desse caos organizado, um grupo de mulheres chamava atenção – não só pela beleza, mas pela postura e confiança que exalavam.

Maria Flor, Manuela, Mariah, Melissa, Cecília e Alissa caminhavam lado a lado, cada uma com seu próprio estilo, mas todas compartilhando um objetivo: preparar as estrangeiras para a noite no baile.

Alissa já tinha se acostumado com a energia do Rio, mas ainda se sentia um pouco deslocada. Cecília, por outro lado, estava encantada com tudo ao seu redor, comentando sobre cada loja, cada peça de roupa que via.

Foi Maria Flor quem quebrou a conversa trivial e lançou um olhar sério para Alissa:

— Olha aqui, menina. Hoje no baile vai ter muita vadia querendo testar sua paciência. Vai ter gente te olhando torto, querendo te provocar só porque o Gabriel tá noivo agora. Mas deixa eu te falar uma coisa bem clara: você é a primeira dama dessa porra toda. Não baixa a cabeça pra ninguém.

Alissa piscou algumas vezes, surpresa com a intensidade da fala. Manuela riu e completou:

— A Flor tem razão. O Gabriel sempre foi muito cobiçado. Tem mulher que não vai aceitar fácil o fato de ele agora ter uma mulher do lado dele. Mas sabe o que você faz? Mostra que ele não precisa de mais ninguém. Que agora ele tem alguém incrível em casa.

Alissa arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.

— Então quer dizer que devo marcar território?

Maria Flor sorriu satisfeita.

— Exatamente. Mas não se preocupa, a gente vai te ajudar com isso. E se alguém passar do limite, você já sabe...

— Sombra resolve, Mariah completou, rindo.

O grupo entrou em uma loja e começou a escolher vestidos e acessórios. Mariah, enquanto analisava um cropped para Cecília, lançou um olhar sugestivo para a amiga.

— E então, Cecília? Vi os olhares do Filipe pra você... Já rolou alguma coisa?

Cecília, que estava segurando um vestido, arregalou os olhos e riu.

— A gente já ficou uma vez, lá na Itália, quando ele foi a mando do hugo resolver uns negócios. Mas foi só um beijo, nada além disso.

— Sei... Melissa provocou. Mas, olha, isso tem cara de que pode virar algo a mais.

— Aham, e quem fala? Melissa rebateu. Você e o WL, hein? Quando vão parar de fingir que não se gostam?

— Ai, Melissa, longa história... Mariah resmungou, revirando os olhos, mas um sorriso apareceu no canto dos lábios.

depois de passarem a tarde no shopping foram pra casa se preparar para o baile algum tempo depois estavam prontas uma mais linda que a outra

           Q.B.T

O baile já estava fervendo quando as meninas chegaram. O som do funk estourava nos alto-falantes, a batida pesada fazia o chão tremer, e a multidão dançava, bebia e conversava animadamente. Os homens já estavam lá há um tempo, reunidos no camarote VIP, de onde tinham visão privilegiada do evento.

Mas quando Allissa, Cecília, Mariana e Melissa entraram, o tempo pareceu parar.

Todos os olhares se voltaram para elas.

Alissa estava simplesmente impecável. O vestido que ela escolheu ressaltava cada curva do jeito certo, sem ser vulgar, mas exalando uma sensualidade natural. Os cabelos estavam soltos, ondulados, e a maquiagem realçava seus traços delicados. Cecília não ficava atrás, com um vestido justo que destacava sua beleza. Mariah e Melissa, já acostumadas com o ambiente, também chamavam atenção, mas era impossível não notar que as novas presenças tinham mudado a energia do lugar.

Os olhares eram diversos.

Havia os de respeito, de quem entendia que aquelas não eram mulheres comuns, Mas também havia os olhares de inveja, principalmente das mulheres que já estavam acostumadas a circular pelo baile e não gostaram da atenção desviada para as recém-chegadas. E, claro, havia os olhares de puro desejo, homens analisando cada detalhe delas, principalmente Alissa, que estava deslumbrante.

Do camarote, Gabriel já estava fervendo.

Ele não sabia explicar, mas algo dentro dele revirava de raiva ao ver os olhares em cima dela. Ela era sua noiva. Mesmo que aquele casamento fosse forçado, mesmo que ele odiasse a situação, a ideia de outros homens desejando o que era dele o deixava fora de si.

— Que porra é essa? — Ele resmungou, o maxilar travado enquanto encarava a cena.

Filipe, que estava ao lado, percebeu na hora o ciúme.

— Se acalma, mano. Tu já tá espumando.

Mas não tinha como se acalmar. Os comentários escrotos começaram a surgir entre os aliados de outros morros.

— E essas aí, hein? As novas damas do pedaço?

— Principalmente essa aí de vermelho... Essa daí é diferente.

— Nunca vi por aqui. Será que tá solteira?

A última pergunta foi o estopim. Gabriel bateu a garrafa de cerveja na mesa com força e se virou pra cima dos caras.

— Cês tão loucos? Respeita que essa aí é minha mulher.

Os outros se entreolharam, surpresos.

— Mulher? Que história é essa? Gabriel namorando agora?

— Não é namoro, é casamento. — Filipe explicou, tentando manter a calma.

— E daí? — Um deles riu se ela quiser irmão...

Gabriel explodiu.

— Se quiser é o caralho! Se eu ouvir mais um falando dela assim, vai dar merda.

Os ânimos estavam prestes a esquentar de verdade. Filipe e Mateus seguraram Gabriel, enquanto Sombra tentava acalmá-lo.

— Deixa de ser otário, moleque. Vai arrumar pra cabeça por causa de mulher?

— Não é mulher, é minha noiva. — Gabriel retrucou, bufando. Por culpa sua, agora eu tenho uma noiva. E eu não vou deixar qualquer um ficar olhando e falando como se ela fosse disponível.

Sombra suspirou, mas entendeu o recado.

E então, as meninas subiram para o camarote.

Gabriel estava tão tenso que, no segundo em que Alissa entrou na área VIP, seu olhar bateu direto nela. O vestido curto, o jeito como ela carregava uma confiança natural, como se pertencesse àquele lugar... aquilo só fez a raiva e o desejo dele se misturarem.

Ele se aproximou rapidamente, sem tirar os olhos dela.

— Que roupa é essa? Tá muito curto. Tá todo mundo te olhando.

Alissa arqueou a sobrancelha, cruzando os braços.

— E? não ligo pra eles só você tem o direito de olhar assim pra mim, se quiser só o seu olhar que me importa

Gabriel ficou sem palavras por um instante. Ela realmente tinha dito aquilo?

— Quando eu disse que estou disposta a tentar, eu estava falando sério.

Ele respirou fundo. O coração ainda estava acelerado, mas agora por outro motivo.

— Ainda bem que você disse que é minha. Porque senão, agora, eu estaria surtando.

Alissa sorriu de canto. Gabriel se aproximou, passando um braço firme pela cintura dela, como se quisesse marcar território de uma vez.

Do outro lado, Filipe também não perdeu tempo. Assim que Cecília chegou perto, ele colou ao lado dela, puxando assunto, deixando claro para os caras em volta que ela não estava sozinha.

A noite estava apenas começando, mas já estava cheia de sinais do que estava por vir

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