Cap 17

A tensão no ar era palpável. Eu não conseguia tirar os olhos dele, cada palavra que saía de sua boca parecia carregada de intenções que eu não conseguia decifrar.

— Podemos conversar? — Ele perguntou novamente, sua voz calma, mas firme, quebrando o clima pesado.

Meu peito estava apertado. Tudo que eu queria era respostas, mas também havia mágoa, raiva e um medo que eu não conseguia controlar.

— Eu esperei por você por tanto tempo... Eu precisei de você! — Minha voz saiu mais alta do que eu esperava, carregada de emoção.

Ele permaneceu inabalável, apenas me observando.

— Vamos conversar e esclarecer tudo. — Ele insistiu, com um tom que não deixava espaço para discussão.

Eu hesitei, mas acabei assentindo com um gesto rápido.

— Preciso guardar o estoque antes. — Respondi, apontando para as caixas atrás de mim, tentando ganhar tempo.

Antes que eu pudesse me mover, as caixas desapareceram diante dos meus olhos, sem som ou aviso, como se nunca tivessem estado ali.

— Onde... Onde foram parar? — Minha voz tremia de incredulidade, meu olhar alternando entre o espaço vazio e ele.

— Já estão em seu devido lugar. — Ele respondeu casualmente, como se tivesse feito algo trivial. — Agora podemos finalmente conversar? Vamos para um lugar mais reservado.

Eu dei um passo para trás instintivamente, cruzando os braços na defensiva.

— Eu não vou a lugar nenhum com você. Eu não confio em você. — Minhas palavras foram diretas, mas minha voz não soava tão confiante quanto eu queria.

Ele inclinou levemente a cabeça, seus olhos brilhando com algo que parecia um misto de diversão e impaciência.

— Qual é, Olívia. Você não tem escolha. Você precisa de respostas, não é?

Ele estava certo, e eu sabia disso. Precisava de respostas, precisava entender o que estava acontecendo comigo, com minha vida, com Scorn. Mas isso não significava que eu confiava nele. Cada instinto meu gritava para tomar cuidado.

Meu silêncio denunciou minha hesitação. Ele deu um passo à frente, diminuindo a distância entre nós.

— Vamos, Olívia. É agora ou nunca. — Sua voz era como um convite proibido, impossível de ignorar.

Respirei fundo, meus dedos apertando os braços cruzados. Eu precisava decidir.

O ar parecia mais pesado conforme as palavras pairavam entre nós. Eu sentia meu coração acelerar, minha mente cheia de perguntas e nenhuma resposta que me satisfizesse. Finalmente, depois de tantos anos de espera, ele estava ali, e tudo que eu sentia era uma mistura esmagadora de raiva e tristeza.

— Está bem... Eu vou... Mas não tente nada... Canalha. — Minha voz saiu carregada de emoção enquanto eu dizia a palavra que ele próprio havia usado para me abandonar no passado. "Canalha".

Ele riu, uma risada grossa e longa, que parecia ecoar no silêncio da noite.

— Continua a mesma pirralha de sempre. — Ele zombou, e suas palavras me atingiram como um tapa.

Com relutância, eu o segui de volta para dentro do café. Minhas mãos tremiam enquanto eu abria a porta, e a escuridão que nos envolveu parecia combinar com a energia sombria que ele emanava.

— Não acenda as luzes. Odeio luzes fortes. — Ele ordenou com firmeza, sem nem sequer olhar para mim.

Aquiesci em silêncio, mas minha paciência estava se esgotando rapidamente.

— Então... O que você quer? — Perguntei, tentando manter minha voz firme, embora minha raiva fosse evidente.

Ele se virou para mim, seu rosto quase invisível na penumbra.

— Cumprir com a minha palavra. — Disse ele, estendendo a mão em minha direção. — Vamos lá, faça um pedido.

Eu o encarei, surpresa e desconfiada.

— Não, eu não quero nada. — Respondi de imediato, cruzando os braços em sinal de resistência.

— Peça qualquer coisa. — Ele insistiu, a mão ainda estendida, como se estivesse esperando que eu tocasse nela.

— Eu não quero nada! — Repeti, agora quase gritando. — Pode, por favor, dizer o que você realmente quer? Passei anos da minha vida em sofrimentos horríveis, fugi de Scorn, e no momento em que eu mais precisei de você... Você não estava lá.

O silêncio que seguiu minhas palavras parecia eterno. Ele suspirou, mas não parecia arrependido, apenas cansado.

— Eu sei... — Disse ele, finalmente baixando a mão. — Mas... Confie em mim.

Confiança? Como ele ousava pedir isso depois de tudo? Minhas mãos estavam cerradas em punhos ao meu lado, meu corpo tremendo de frustração.

— Como posso confiar em alguém que nem sei o nome? — Rebati, minha voz carregada de dor. — Você roubou ele de mim, me enganou e me deixou no meu pior momento. Eu era apenas uma criança!

Ele não respondeu de imediato. Em vez disso, estalou os dedos. Um som seco que ressoou na sala vazia, seguido pelo brilho de uma pequena esfera azul que flutuou no ar.

— Estou devolvendo o que roubei de você. — Disse ele, e sua voz tinha um tom diferente dessa vez, quase gentil.

Eu assisti, atônita, enquanto a esfera flutuava em minha direção. Meu instinto foi recuar, mas algo nela me puxava. Antes que eu pudesse reagir, ela entrou em minha cabeça como uma pequena fumaça, dispersando-se dentro de mim.

Minha mente se iluminou com memórias que eu nem sabia que havia perdido. Imagens, sentimentos, sons... E então, como um sussurro vindo de dentro de mim, o nome dele surgiu com clareza.

— Vicent... — Murmurei, minha voz quebrada. Meus olhos se encheram de lágrimas, e senti meu corpo vacilar.

Ele não disse nada, apenas me observou em silêncio, seu olhar indecifrável. As memórias voltavam como uma tempestade, me inundando com tudo que eu tinha esquecido. Aquele nome, que um dia significou tanto, agora era um misto de conforto e dor.

— Você... Você tirou isso de mim. — Minha voz era um sussurro, mas a acusação era clara.

— Foi necessário. — Ele respondeu, sua voz baixa. — Você não estava pronta para carregar esse peso naquela época.

— E quem é você para decidir isso? — Perguntei, minha raiva crescendo novamente.

Ele deu de ombros, mas não respondeu diretamente. Em vez disso, deu um passo em minha direção, e meu corpo enrijeceu.

— Olívia, você queria respostas, e eu estou aqui para dá-las. Mas isso não vai ser fácil de ouvir.

Eu o encarei, meu coração batendo forte. Por mais que quisesse fugir, sabia que ele tinha razão. Eu precisava dessas respostas, por mais dolorosas que fossem.

— Fale. — Disse, minha voz firme, apesar do nó na minha garganta.

Vicent respirou fundo antes de começar, e eu me preparei para ouvir tudo o que ele tinha para dizer.

A tensão no ar era palpável, como uma tempestade prestes a estourar. Vicent estava à minha frente, e eu não sabia se deveria fugir ou enfrentá-lo. Ele era um mistério, um quebra-cabeça que parecia impossível de resolver, mas o que ele acabara de dizer me deixara ainda mais confusa.

— Fui imaturo e não queria a responsabilidade de ter que cuidar de outra pessoa além de mim mesmo. — Ele começou, sua voz gélida como a lâmina de uma faca. — Eu não sou um anjo ou um mágico como você sempre pensou, Olívia. Eu sou um demônio.

Minha respiração ficou presa na garganta. Ele disse isso com uma naturalidade assustadora, como se fosse algo banal.

— Eu não me importo nem um pouco com você ou qualquer outra coisa. — Continuou ele, seus olhos cravados nos meus, como se estivesse saboreando minha reação. — Eu só apareci em seus sonhos por diversão. Entrava em sonhos de crianças bobas como você apenas para passar o tempo.

Meu corpo inteiro ficou tenso, e eu senti como se o chão estivesse prestes a ceder sob meus pés.

— Mas você... — Ele deu um passo à frente, e eu automaticamente dei um para trás. — Você me prendeu em seus sonhos.

— Prendi? — Minha voz saiu em um sussurro, incrédula.

— Sim. — Ele riu, mas não havia humor na sua risada. — Eu senti dor, Olívia. E você só piorou isso.

— Demônios mentem. Demônios não têm sentimentos. — Disparei, tentando esconder meu medo por trás das palavras.

Ele riu novamente, mas dessa vez havia algo sombrio em seu tom.

— Sentimos dor. — Ele disse, com os olhos fixos nos meus. — E é pior do que qualquer coisa nesse universo. Não é uma dor como humanos sentem. É algo visceral.

Suas palavras estavam cheias de um rancor que parecia mais velho do que o tempo.

— Depois que fechei aquela droga de pacto com você... Tudo piorou. Eu sinto dores todos os dias! Todo o momento! — Ele gritou, socando a parede ao lado com tanta força que abriu um buraco.

O som do impacto ecoou no café vazio, e eu dei um pulo de susto.

— Eu senti suas dores, Olívia! — Ele continuou, a voz cheia de raiva. — Eu senti seus sentimentos. Eu carreguei a maior parte das suas dores. Então, não venha me dizer que demônios não sentem nada! Porque eu estou a ponto de te matar se eu não conseguir cumprir esse acordo.

As palavras dele me atingiram como um soco no estômago. Eu estava sem ar, sem saber como responder.

— Eu... Eu não me importo. — Menti, mas minha voz vacilou.

Ele riu novamente, mas dessa vez havia algo frio e ameaçador na risada.

— Então, eu terei que matar você. — Disse ele, com uma calma assustadora.

Seus olhos começaram a mudar, tornando-se de um vermelho intenso. As veias em seu pescoço ficaram vermelhas e pretas, pulsando com uma energia sombria. Seus dedos se alongaram, transformando-se em garras afiadas.

O pânico tomou conta de mim. Ele estava a poucos passos de distância, e eu sabia que não tinha para onde correr.

— Vicent, não... — Tentei dizer, mas ele não ouviu.

Ele avançou na minha direção com uma velocidade assustadora, e tudo que eu consegui fazer foi recuar em pânico. Mas antes que ele pudesse me alcançar, ele gritou de dor e caiu de joelhos.

— O que... — Ele colocou a mão no peito, os dentes cerrados em agonia.

Eu fiquei paralisada, observando enquanto ele lutava contra algo invisível. Seus gritos eram de pura agonia, e mesmo que ele fosse um demônio, não pude deixar de sentir um aperto no coração.

— Está... Está me assustando... — Minha voz saiu trêmula, quase um sussurro.

Vicent não respondeu. Ele continuava ajoelhado, com as mãos apertando o peito como se estivesse tentando conter algo dentro de si.

De repente, ele caiu para frente, ofegante. Sua forma começou a mudar novamente, suas garras recuando, seus olhos voltando ao normal. Ele parecia esgotado, como se tivesse acabado de lutar uma batalha interna.

— O que foi isso? — Perguntei, ainda assustada, mas curiosa.

Ele levantou a cabeça e me encarou, seus olhos cheios de algo que eu não conseguia identificar.

— Dor. — Disse ele, simplesmente. — A mesma dor que você acha que eu não sinto.

Ele tentou se levantar, mas suas pernas cederam, e ele caiu novamente. Fui instintivamente até ele, hesitante, mas incapaz de ignorar a cena.

— Vicent... Você está bem? — Perguntei, minha voz ainda tremendo.

— Nunca estive bem, Olívia. — Ele respondeu, com um sorriso amargo. — E nunca estarei.

Eu não sabia o que dizer. Não sabia o que fazer. Tudo que eu podia fazer era ficar ali, observando enquanto ele lutava contra sua própria natureza.

— Por que você voltou? — Perguntei, finalmente encontrando minha voz.

Ele olhou para mim, e pela primeira vez, eu vi algo nos olhos dele que parecia vulnerabilidade.

— Porque eu preciso cumprir meu acordo. — Disse ele, com uma sinceridade que me pegou de surpresa. — E porque, apesar de tudo, eu devo isso a você.

As palavras dele ficaram no ar, e pela primeira vez, eu percebi que talvez houvesse mais nele do que eu imaginava. Talvez, apenas talvez, ele fosse mais do que apenas um demônio.

— Por algum motivo, não consigo te matar... — Ele suspirou, sua voz carregada de frustração enquanto se sentava no chão, como se tivesse aceitado uma derrota amarga.

Eu soltei o ar que nem percebi que estava prendendo. Um alívio percorreu meu corpo ao ouvir aquelas palavras. Ele não podia me matar.

— Mas... — Ele continuou, sua expressão endurecendo novamente.

Minha tranquilidade momentânea foi destruída. Ele parecia estar meditando sobre algo, como se uma nova ideia estivesse tomando forma em sua mente.

— Já que isso não é possível... Terei que cumprir com o acordo. — Disse ele, a irritação em sua voz crescendo. Ele parecia falar mais consigo mesmo do que comigo. — Maldita Cálice.

— Cálice? — Perguntei, a curiosidade me dominando.

Ele me lançou um olhar frio, como se eu fosse atrevida por tentar entender algo que estava além do meu alcance.

— Não interessa. — Disse ele, de forma brusca, cortando qualquer possibilidade de explicação. Ele levantou-se, ajeitando as roupas de maneira casual, mas os olhos ainda ardiam com uma raiva controlada. — Você já tem meu nome, então, se precisar, é só me chamar.

As palavras saíram como uma ordem. Havia ódio em sua voz, um rancor que eu não conseguia compreender completamente. Era como se ele estivesse preso a algo contra a própria vontade.

E então, ele desapareceu. Sua figura desapareceu no ar como fumaça sendo levada pelo vento.

Fiquei parada no mesmo lugar por alguns minutos, incapaz de me mover ou pensar. Sua presença parecia ter deixado um peso no ambiente, e mesmo depois que ele se foi, a tensão permanecia.

O nome dele ainda ecoava na minha mente, claro como cristal. Vicent.

Eu tentei me recompor. Ainda tremendo, caminhei lentamente em direção à minha casa. Meus passos eram pesados, e meu corpo estava tenso. As ruas estavam vazias e silenciosas, o que só piorava meu estado de espírito.

Enquanto andava, o rosto de Vicent continuava surgindo em minha mente. Seu olhar, suas palavras, aquela mistura de raiva e vulnerabilidade. Quem era ele realmente? O que mais ele estava escondendo?

Ao chegar em casa, me senti exausta, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Mesmo assim, eu sabia que essa história estava longe de acabar. Vicent havia voltado, e agora, mais do que nunca, eu precisava entender o que ele realmente queria e o que tudo isso significava para mim.

A mente estava a mil, cheia de perguntas e sentimentos confusos. Ao chegar, entrei sem falar com ninguém, subindo diretamente para o banheiro. Precisava desesperadamente de um momento sozinha para tentar organizar o caos dentro de mim.

O som da água caindo no chuveiro foi quase terapêutico. Fiquei ali, sob o jato quente, lavando não apenas o suor do dia, mas também a tensão acumulada. Cada gota parecia carregar um pouco das minhas dúvidas e medos. Porém, mesmo assim, o rosto de Vicent continuava surgindo em minha mente. Aqueles olhos ardentes, cheios de algo que eu não conseguia definir — dor, raiva, arrependimento?

Terminei o banho em modo automático, desligando a água e enrolando-me na toalha. O vapor ainda preenchia o banheiro enquanto me olhava no espelho, tentando encontrar alguma resposta no meu próprio reflexo. Era inútil. Suspirei e caminhei até meu quarto.

Enquanto vasculhava meu guarda-roupa à procura de algo confortável para dormir, a porta do quarto se abriu sem aviso.

— Tudo bem, gatinha? — Era Mike, parado ali com sua expressão curiosa.

Ele estava todo trajado de azul, como sempre. Camiseta azul, tênis azul, até a pulseira em seu pulso era azul. Seu hiperfoco na cor era algo que já fazia parte da rotina, mas mesmo assim sempre chamava atenção.

— Sim... — Respondi, sem muita convicção.

— Entrou e não falou com ninguém. — Ele continuou, inclinando-se levemente na porta.

— Não é nada, só um dia cansativo... — Falei enquanto puxava o pijama da gaveta e me virava de costas para ele, tentando ignorar a forma como me observava.

— Zeck trouxe a Heather pra jantar conosco. Se apresse, venha jantar. — Ele disse antes de sair, mas não sem antes dar uma última olhada rápida para mim. Era difícil não perceber. Safado.

Fechei a porta depois que ele saiu e soltei um longo suspiro. Zeck havia trazido a Heather. Claro que sim.

Heather era gentil, eu não podia negar. Sempre educada, sorridente, com um jeito encantador que fazia qualquer um gostar dela imediatamente, mas a gentileza dela parecia falsa. Não havia nenhuma razão lógica para eu pensar assim, mas o ciúme falava mais alto. Não era apenas o fato de ela estar com Zeck, mas como ela parecia se encaixar tão bem na vida dele, enquanto eu continuava sentindo que estava sempre à margem.

Troquei de roupa, vestindo meu pijama lentamente, tentando me preparar para o que viria a seguir. Respirando fundo, me forcei a descer as escadas. O som de risadas ecoava pela casa, vindo da sala de jantar. Quando entrei, lá estava ela, sentada ao lado de Zeck, sorrindo como se estivesse perfeitamente confortável na nossa mesa, na nossa casa.

— Olívia, finalmente! — Zeck chamou, olhando para mim com um sorriso despreocupado. Ele parecia tão à vontade, tão... perfeito ao lado dela.

— Oi, Heather. — Cumprimentei, forçando um sorriso.

— Oi, Olívia! Que bom te ver. — Ela respondeu, como sempre, com aquele tom doce e educado que parecia esconder algo.

Sentei-me no lugar de costume, entre Mike e meu pai, tentando ignorar o olhar de Heather que parecia me avaliar. Zeck, como sempre, estava descontraído, e até fazia questão de provocar.

— Não vai falar nada sobre a Heather? Achei que ia gostar dela. — Disse ele, piscando para mim, enquanto Heather dava uma risadinha.

— Ela parece ótima. — Murmurei, pegando o garfo e fingindo interesse no prato à minha frente.

Mike, por outro lado, parecia fascinado pela presença de Heather. Fazia perguntas sobre sua vida, o que ela fazia, e parecia genuinamente encantado. Ela respondia a tudo com paciência, até lançando alguns olhares rápidos para Zeck, como se procurasse sua aprovação.

Cada momento me deixava mais desconfortável. Eu sabia que não tinha o direito de sentir o que sentia. Zeck era meu irmão, e, ainda assim, o ciúme queimava no peito. Eu odiava essa sensação, essa confusão.

Terminei o jantar o mais rápido possível e inventei uma desculpa para sair.

— Estou cansada, vou subir. Boa noite. — Disse, levantando-me apressadamente.

Zeck olhou para mim, por um momento parecendo perceber algo, mas não disse nada. Heather deu um sorriso educado, e Mike estava distraído demais para notar minha saída abrupta.

Ao chegar no quarto, fechei a porta e me joguei na cama. Era um turbilhão de emoções que eu não sabia como lidar. O rosto de Vicent ainda estava presente em meus pensamentos, mas agora se misturava com a visão de Zeck e Heather juntos.

Eu precisava de respostas. Não apenas sobre Vicent, mas sobre mim mesma.

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