Capítulo 15 - Uma encomenda bem especial

Ela encarou Saori com os olhos faíscando de tanta raiva que tinha dela, Lia sabia da traição de Rin com ela, porém a amante do seu marido fazia deboche, ela estava com o cabelo estilo rabo de cavalo alto e um vestido tubinho de cor azul sensual, e salto alto , ela falava com uma voz provocante e sensual fazendo Lia sentir nojo. Lia respirou fundo e tentou se controlar, mas seu ódio era totalmente evidente.

— o que você quer?– disse Lia com uma voz de raiva.

— Aahh eu quero um bolo, mas não um simples bolo ...– ela faz uma pausa — quero um bolo de revelação, sabe? Não iria contar agora mas eu irei...

— o quê?

— Eu estou grávida do Rin, ele vai ser papai – ela acaricia a barriga, porém ainda não dava pra perceber que tinha algo ali — estou com 8 semanas, ainda tá pequeno ...mas vai ser um lindo bebezinho...

— você tá me provocando?— Lia escurece seu olhar.

— Claro que não, queridinha! – Saori dar uma risada debochada — era tãããoooo gostoso quando o Rin me botava de quatro e me fodia, enquanto você descansava seus chifres no travesseiro– provoca ainda mais.

— Saia do meu estabelecimento! – Lia disse com uma voz calma.

— Ahh Liazinha, acha mesmo que o Rin te ama? Ele me ama me dá tudo que eu quero, ele ama meu boquete e adora quando eu dou meu cuzinho pra ele – Ela fala com uma voz baixa e gemivel.

— Isso só mostra o quanto você é puta – Lia fala com determinação.

— É essa puta aqui que faz ele gemer e gozar– diz com deboche.

— Ah é?

— e além disso estou esperando um filho dele, e vamos ser felizes juntos– Ela mete o dedo em um dos bolos de Lia e passa a ponta do dedo no rosto dela para provocar.

Após Saori passar o dedo sujo de bolo no rosto de Lia, uma onda de fúria tomou conta do corpo da confeiteira . Seus olhos arderam de raiva, e sua face ficou vermelha de indignação. Com um movimento rápido e furioso, ela levantou a mão e desferiu um tapa violento na cara de Saori, fazendo-a cair no chão com um barulho surdo.

O estabelecimento caiu em silêncio, com todos os olhares fixos na cena caótica. As duas mulheres começaram a brigar, arranhando e gritando uma com a outra. A atmosfera ficou carregada de tensão, e as pessoas ao redor começaram a se aproximar, tentando apartar as duas.

— Segurem elas!– alguém gritou.

— Parem com isso!– outra pessoa exclamou.

Mas Lia e Saori estavam fora de controle, perdidas em sua fúria e raiva. Elas continuaram a brigar, até que finalmente, alguns homens conseguiram segurá-las e apartá-las.

— SUA PUTA , VADIA, DESGRAÇADA, VAGABUNDA...– Lia gritou com tanta raiva que o homem que a segurava quase não conseguia.

— SEGURA TEU CHIFRE AIII OHH CORNA MANSA – Saori gritou com ódio.

— Lia fica calma – disse Yane tentando controlar tudo — Saori é bom você ir embora.

— Isso não vai ficar assim, Lia– Sua voz era uma ameaça.

— Eu tô me tremendo de medo, vadia!– diz Lia com deboche.

Assim que Saori sumiu de vista no estacionamento, Lia entrou na cozinha, fechou a porta com um estrondo e se encostou na pia, respirando fundo em um esforço desesperado para controlar as emoções que a invadiam. Seus olhos estavam marejados, e suas mãos tremiam incontrolavelmente, como se estivessem possuídas por uma força própria. Yane, percebendo a aflição da amiga, se aproximou com cautela, oferecendo-lhe um copo de água gelada.

Lia agarrou o copo com as mãos trêmulas e levou-o aos lábios, bebendo a água em pequenos goles, como se cada gota pudesse trazer um pouco de alívio. A sensação fria da água pareceu acalmá-la por um momento, mas seus olhos ainda estavam úmidos, e sua respiração permanecia irregular. Yane, com um gesto de carinho, colocou uma mão reconfortante no ombro de Lia, oferecendo-lhe um abraço apertado.

— vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você, não como uma ajudante e sim como uma grande amiga – Yane percebeu que Lia chorava em seu ombro.

— Que raiva! Eu odeio o Rin e odeio essa pilantra — o coração de Lia se enchia de ódio por Rin e Saori — eu não sei o que fazer...não sei..

— Separa dele, pede divórcio...a melhor coisa que você faz ...e outra – Yane dá um sorrisinho safadinho — O Kenji voltou e tenho certeza que a chama entre vocês dois vai se reacender novamente pode ter certeza.

— É fácil falar, aposto que Kenji né quer saber de mim...– os olhos enchem de lágrimas — Eu sempre soube que esse casamento nunca ia dar certo.

— a maioria dos casamentos arranjados são assim mesmos... A gente pensa que é uma coisa e totalmente diferente, mas você não pode se abalar pede divórcio e vai ficar tudo certo, se quiser testemunha eu estarei aqui.

— Eu vou espera a exposição de artes em chocolate e dar início ao divórcio.

— Em por falar nisso...vai ser depois de amanhã né? – pergunta Yane muito curiosa.

— realmente vai ser depois da manhã, vai ter um chocolatier muito famoso e estou muito ansiosa para saber quem é ele.

— e quem não está? Bem....vamos voltar para o trabalho que tem várias encomendas pra gente.

Lia e Yane, após um momento de tensão, se acalmam e voltam ao trabalho, terminando de fazer as encomendas de brigadeiros. Elas conversam sobre um chocolatier famoso e se sentem confortáveis e felizes enquanto trabalham juntas, dissipando o estresse e a tensão do incidente anterior.

EMPRESA SAKURA DELICIOUS

Rin estava completamente focado em seu trabalho, tentando encontrar uma solução para o desfalque financeiro que a Sakura Delicious havia sofrido. Seus dedos voavam sobre o teclado enquanto ele digitava furiosamente, tentando encontrar uma maneira de recuperar as perdas. Mas então, seu celular começou a tocar. Rin olhou para a tela e viu que era uma mensagem de Saori, sua amante. Ele sentiu um arrepio de irritação e ignorou a mensagem, voltando a se concentrar em seu trabalho.

Mas Saori não desistiu. Ela começou a ligar para Rin incansavelmente, enviando mensagem após mensagem, cada uma mais insistente do que a anterior. Rin sentiu sua paciência se esgotar enquanto ele tentava se concentrar em seu trabalho, mas Saori não parecia querer desistir. Rin começou a se sentir cada vez mais frustrado e estressado, seu coração batendo mais rápido enquanto ele tentava lidar com a situação. Ele sabia que precisava encontrar uma maneira de lidar com Saori, mas por enquanto, ele apenas queria se concentrar em salvar a Sakura Delicious.

— Senhor Nakamura, tudo bem? – disse seu acessor , Yancha.

— diga...– disse ele com uma voz fria.

— eu só queria confirmar se está tudo certo para o evento que vai ser depois da manhã sobre a exposição de artes em chocolate para poder ampliar mais a Sakura Delicious.

— Claro que sim, eu estou totalmente ansioso para saber como que vai ser esse tal evento– comenta ele com uma voz séria.

— E o senhor não vai queria algo específico para que ele possa criar? Por exemplo a estátua da sua esposa em forma de chocolate, ou a estátua do seu avô o fundador da Sakura delícias e de outras empresas– comenta Yancha.

— pode ser a estátua do meu avô, tenho certeza que homenageá-lo será muito bom, ligue para o Ryota informe a ele que eu vou querer que ele faça uma estátua de chocolate em forma do meu falecido avô – Rin envia uma foto do falecido avô — Pronto Yancha acabei de te mandar uma foto do meu avô para que o Kenji crie uma estátua de chocolate em homenagear ele.

— Sim senhor, eu vou indo qualquer coisa eu aviso, tá bom?

Assim que Yancha saiu da sala de escritório, Rin se concentrou novamente nos resultados da empresa, determinado a encontrar uma maneira de melhorar a situação financeira da Sakura Delicious. Ele começou a analisar os números, procurando por áreas onde pudesse cortar custos ou aumentar a receita. Enquanto trabalhava, o telefone de Rin começou a tocar novamente. Ele olhou para a tela e viu que era Saori, ligando pela quarta ou quinta vez. Rin suspirou e ignorou a ligação, sabendo que não tinha tempo para lidar com as necessidades emocionais de Saori no momento.

Ele continuou a trabalhar, concentrado em encontrar soluções para os problemas da empresa. A ligação de Saori foi seguida por uma série de mensagens de texto, cada uma mais insistente do que a anterior. Rin as ignorou todas, sabendo que precisava manter o foco em sua missão de salvar a Sakura Delicious. A determinação de Rin era palpável, e ele trabalhou incansavelmente, analisando números e procurando por soluções. O único jeito ele tinha para poder resolver a situação da empresa era uma exposição de arte em chocolate, ele tava ansioso para que o evento iniciasse logo.

Rin terminou o trabalho e foi para o estacionamento. Encontrou as chaves do carro no bolso e deu um toque no botão do chaveiro. O carro respondeu com um breve apito, indicando onde estava. Caminhou até o carro, abriu a porta e entrou. Depois de dar partida no motor, engatou a marcha e saiu do estacionamento. A avenida principal se estendia à frente, e dirigia com atenção, sentindo a brisa fresca que entrava pela janela. O sol começava a se pôr, pintando o céu de tons alaranjados e rosados. Olhava para a paisagem, perdido em seus pensamentos, enquanto o carro deslizava suavemente pela avenida. Sentia-se relaxado, deixando o estresse do trabalho para trás.

Assim que chegou em casa, Rin colocou a pasta de documentos sobre a mesa e olhou em volta. Seus olhos encontraram Lia sentada na cadeira de balanço, no canto da sala. A luz do abajur criava sombras em seu rosto, mas não escondia a expressão séria que ela dirigia a ele. O silêncio era tenso e carregado de expectativas. Rin sentiu o peso do olhar de Lia sobre si e engoliu em seco. Ele se aproximou lentamente, enquanto o balanço da cadeira de Lia parecia acompanhar as batidas do seu coração.

Lia não disse nada, apenas o olhava com uma intensidade que fazia Rin se sentir desconfortável. Ele sabia que precisava dizer algo, mas não sabia por onde começar. O silêncio entre eles era como um abismo, e Rin não sabia como atravessá-lo, ela se levanta da cadeira e então segue até ele.

— Depois do evento que vai acontecer depois de amanhã, eu quero muito conversar um assunto sério com você – ela disse com uma voz baixa.

Rin apenas assentiu com a cabeça, mas por dentro estava a ferver de curiosidade. O que Lia queria dizer? Por que ela estava com aquela expressão séria? Ele queria perguntar, mas algo o impedia de falar. Então, apenas ficou ali, esperando que Lia quebrasse o silêncio.

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