Capítulo 10- Ultrassonografia

*TÓQUIO- JAPÃO*

Deitada na maca do hospital estava Lia, com um sorriso radiante no rosto. Seu ventre estava exposto, coberto apenas por uma fina camada de gel. Ela segurava a mão da enfermeira, olhando ansiosamente para o monitor. O ultrassom revelou uma imagem borrada, mas inconfundível: um pequeno coração batendo rapidamente. Lia soltou uma lágrima de alegria.

— É um bebê saudável! — anunciou a enfermeira.

Lia sorriu, sentindo-se realizada. Dois meses de gravidez e já podia ver seu filho. Ela imaginou o futuro, cheio de esperança. Rin, seu marido, não compartilhava dessa alegria. Seu olhar distante e frio contrastava com o brilho nos olhos de Lia. Ele não disse uma palavra, mas Lia sabia que ele não queria ser pai. Mesmo assim, Lia sentia-se feliz, segurando a foto do ultrassom como um tesouro. Seu amor pelo filho superava tudo.

— Lia, você deve tomar as vacinas e as vitaminas durante a gestação tudo bem?– disse a enfermeira.

Lia assentiu com um sorriso.

— Sim, claro! Estou ansiosa para fazer tudo certo para o meu bebê. Quais vacinas e vitaminas são necessárias?

A enfermeira sorriu.

— Vou prescrever as vacinas contra gripe e coqueluche, além de suplementos de ferro e ácido fólico. Você também precisa de cálcio para fortalecer os ossos do bebê.

Lia anotou tudo diligentemente.

— Posso fazer exercícios? E quais alimentos devo evitar?

A enfermeira entregou-lhe um folheto informativo.

— Sim, exercícios leves são recomendados. Evite alimentos crus ou mal cozidos, peixes com mercúrio e produtos com cafeína. E beba pelo menos dois litros de água por dia.

Lia sorriu timidamente.

— Eu quero experimentar o parto normal porque quero um vínculo mais forte com meu bebê e uma recuperação mais rápida.

— Sim, o parto normal oferece diversos benefícios para a mãe e o bebê, como um vínculo mais rápido, menor risco de complicações e uma recuperação mais rápida. Você está muito bem informada! Teremos uma equipe preparada para te acompanhar em cada passo.–A enfermeira anuiu

—E se houver complicações?–Lia perguntou.

—Nossa equipe está preparada para qualquer situação. Vamos discutir todos os cenários possíveis durante as consultas. Quer agendar uma visita ao centro obstétrico para conhecer melhor o ambiente?– A enfermeira tranquilizou.

— Sim....

Ao chegar em casa após a ida ao hospital, Lia sentou-se no sofá, acariciando suavemente sua barriga, sentindo-se insegura e solitária. Onde estaria Rin? Por que não atendia suas ligações? Enquanto isso, no motel, Rin e Saori se relaxavam na hidromassagem, rindo e sussurrando.

— Lia é tão ingênua — disse Rin, com desdém. — Acha que eu vou ficar preso nessa vida monótona.

Saori sorriu, envolvendo-o com seus braços.

— Você merece mais, amor. Eu te dou o que você precisa.

Rin beijou-a, esquecendo-se momentaneamente de Lia e do bebê que esperava.

— Ahhh...eu amo você...meu garanhão.– ela montou nele ali mesmo na hidromassagem.

— Aaaah minha gostosa, tem outro comercial para você fazer.–Rin beija a boca dela.— a empresa está em decadência e sua imagem , é importante para os negócios.

— Amor...pode me dar dinheiro depois, quero ir no salão de beleza, colocar cílios e unha de vidro.– disse a amante, Saori com uma voz fofinha.

Rin sorriu, acariciando os cabelos de Saori.

— Claro, meu amor. Você vai brilhar ainda mais. Quanto precisa?

Saori beijou-o novamente.

— Uns 50 mil ienes? Para fazer um tratamento completo.

— claro amor, eu te dou sim ...– beija o pescoço dela e se entrega uma paixão proibida.

Do nada sentada no sofá, envolta em silêncio. Seus olhos vagaram pelo quarto, até que sua mente começou a divagar para o passado. Lembrou-se de Kenji, seu primeiro e grande amor. Uma onda de saudade invadiu seu coração. Ela se lembrou dos sorrisos, das risadas, das noites estreladas passadas juntos. Kenji, com seus olhos profundos e seu sorriso cativante. Porém naquele momento Kenji também começou a pensar nela o sentimento entre eles ainda era recíproco mesmo cada um seguindo os caminhos diferentes.

*LAS VEGAS- EUA*

Kenji, com um sorriso acolhedor, abriu a porta para encontrar Daniel. O amigo, com um semblante cansado, adentrou o apartamento, deixando para trás o agito da rua. A luz suave do abajur criava um ambiente aconchegante, perfeito para uma conversa descontraída.

— Eu fiz merda, Dan.– disse ele cabisbaixo oferendo vinho ao amigo.

— Que tipo de merda?– eu fiz amor com a Livi pensando na Lia.

— eu não acredito que você fez isso cara.– Daniel colocou a mão no rosto.

— fiz besteira eu sei, ela ficou tão magoada...que droga.– Kenji suspirou.

— O que vai fazer?– perguntou Daniel tomando mais um gole do vinho.

— Vou para Tóquio, tenho que enfrentar meus demônios.– fala com determinação.

— e por acaso esses tais demônios se chama Lia ?– ele rir.

— Sim...eu sei que ela não ama esse tal de Rin, o amor da vida dela sou eu.

— Enquanto sua empresa aqui em Las Vegas e seus companheiros de equipe.– disse ele com dúvida.

— Gina, Mouri e Luke vão comigo também eu coordeno a empresa de doces de lá mesmo de Tóquio, e você vai ser meu aliado nisso...você mexe nessas coisas de contabilidade e eu confio em você pra isso.– disse Kenji bebendo.

— Eu sabia que você ainda amava ela, claro eu posso ajudar você gerenciar a empresa...vai lá e tome Lia daquele filho da puta...– gargalha.

*TÓQUIO- JAPÃO*

Após fazerem amor, Rin começou a se vestir e deu dinheiro a mais para Saori, ela ficou satisfeita e ele se sentou na beirada da cama e viu 20 ligações perdidas de Lia, ele sentiu uma raiva enorme e mandou mensagem. "Para de me ligar desgraçada, estou em uma reunião importante, porra" ele enviou e Saori começou a rir muito dela.

— Essa sua mulher é uma chata– diz ela exibindo sua bunda maravilhosa.

— Deve ser por causa da gravidez.– diz ele fumando um cigarro.

— Gravidez? Como assim gravidez....quer dizer que essa vadia ficou grávida de você?– ela sentiu ciúmes.

— ooownt minha bebezinha tá com ciúmes?– beija os seios dela.

— Poxa...amor tô muito triste, ela vai te roubar de mim com essa gravidez.– faz bico.

— Jamais minha bonequinha, você é minha delícia essa criança não vai atrapalhar a gente.– ele começa a beijar a barriga dela.

Ela gemeu de prazer enquanto ele a penetrava, sentindo o seu corpo se moldar ao dela, e começou a se mover em um ritmo lento e sensual, fazendo com que ambos sentissem uma onda de prazer crescente, ele a beijava seu pescoço e continuava a se mover dentro dela. ela sentiu o seu corpo tremer de prazer enquanto ele a penetrava, e começou a gemer mais alto, sentindo o seu clímax se aproximar, ele a segurou firme pelas nádegas e começou a se mover mais rápido, seus corpos se chocando em um ritmo frenético, até que finalmente ela alcançou o orgasmo, gritando de prazer enquanto ele continuava a se mover dentro dela, sentindo o seu próprio clímax se aproximar.

Depois do prazer que teve com Saori, Rin chegou em casa e viu Lia o esperando com um sorriso e o abraçou, ele so afastou ela e seguiu para o banheiro mas ela notou que ele tava com cheiro de mulher ,Lia sentiu um arrepio de ciúmes e começou a se sentir desconfortável, percebendo que Rin estava escondendo algo, ela se aproximou do banheiro e ouviu a água corrente, e logo em seguida, Rin saiu do banheiro, tentando disfarçar, mas Lia não comprou a história, ela o encarou com um olhar acusatório e perguntou:

— onde esteve?– perguntou Lia.

— não te interessa, me deixa em paz.– Rin disse com raiva.

— você está me traindo?– ela falou com a voz embargada.

— Te traindo? Ahh me poupe, se eu quisesse te trair eu já teria feito isso.– falou ele com raiva.

— por que está com cheiro de mulher?

— mulheres me abraçam o tempo todo, Lia ...hoje mesmo no trabalho eu cumprimentei as esposas de uns sócios que usavam perfumes de marca...agora me deixa em paz e cuide desse feto que tá na sua barriga.– falou com desprezo.

— Feto? Como ousa falar do seu filho desse jeito...ele será uma criança linda, você pode ser cruel comigo e pode me desprezar ...mas não despreze seu filho.

— Dois meses de gravidez pra mim é considerado feto.– disse ele indiferente.

Lia não queria discutir com ele,então ela seguiu para o Jardim e ficou admirando as flores enquanto acariciava sua barriga ela começou a chorar baixinho tentando entender por que que ele sempre a desprezava apesar de meses juntos e das noites de amor que tiveram Por que que ele ainda não havia mudado? A noite na hora do jantar ela permaneceu calado enquanto comia e ele também ficou calado apenas se alimentando como se fosse dois desconhecidos dividindo o mesmo espaço, logo ambos foram para a cama. No dia seguinte ela levantou cedo ela viu no calendário e era domingo então resolveu visitar os pais e contar a novidade da gravidez para eles mesmo sem consentimentos de Rin.

— Ahh minha filha, estou muito feliz por você– comentou a mãe de Lia, dona Saoko.

— Ahh mãe tô muito feliz, esse filho foi a melhor coisa que me aconteceu.– disse ela sorrindo.

— Eu sei que vai ser uma mãe maravilhosa! — afirmou dona Saoko, beijando a testa de Lia.

— Obrigada, mãe. Você sempre foi meu exemplo — respondeu Lia, emocionada.

— Vamos preparar tudo para o bebê. Vou ajudar a escolher as roupas e brinquedos — sugeriu dona Saoko, ansiosa.

— Eu adoraria, mãe! Vamos escolher coisas bonitas para ele — disse Lia, sorrindo.

— E o nome? Já pensou em algum? — perguntou dona Saoko, curiosa.

— Sim, mãe. Se for menino, vou chamar de Kenji, como o meu primeiro amor — respondeu Lia, sonhadora.

— Kenji? Ainda não esqueceu o filho dos Kyota? Pelo amor de Deus você tá casada e grávida e pensa nesse rapaz como se ele fosse seu amor? Ele está em Las Vegas ter bastante tempo e tenho certeza que Rin não vai gostar de nada disso.

— Eu não ligo para que Rin achei, Kenji é um nome lindo...eu vou embora.

Lia entrou na loja de bebês, sentindo-se um pouco nervosa e emocionada ao mesmo tempo. Ela começou a explorar a loja, olhando para as fraldas de pano e cueiro expostas nas prateleiras. Ela escolheu uma variedade de cores e tamanhos, pensando no futuro bebê. Enquanto escolhia, ela não pôde deixar de sentir uma sensação de alegria e ansiedade. Ela imaginou o bebê usando as fraldas de pano, sentindo-se seguro e protegido.

Lia então se aproximou do caixa e começou a pagar pelas fraldas. O vendedor, uma senhora simpática, perguntou se ela precisava de ajuda com alguma outra coisa. Lia sorriu e disse que não, apenas precisava de um pouco de tempo para escolher as coisas certas para o bebê. Quando Lia saiu da loja, ela sentiu-se mais preparada para a chegada do bebê. Ela sabia que ainda havia muito o que fazer, mas ela estava ansiosa para começar essa nova jornada. Longe dali com as mãos no volante estava um homem e do lado dele uma mulher sedutora, ela abaixou o retrovisor e passou batom vermelho nos lábios.

— Mate-a – disse a voz sedutora da mulher.

O motorista avançou com tudo e atropelou Lia que voou alto e eles fugiram sem deixar rastro, roupas de bebê se espalharam pelo asfalto e o corpo de Lia ficou inerte no solo enquanto a multidão se aproximava.

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