Capítulo 8- A gravidez

*LAS VEGAS- EUA- 6:30*

A luz suave do sol entrava pelas cortinas, iluminando o quarto simples, mas aconchegante. Livi estava deitada de costas para Kenji, os lençóis brancos envolvendo seu corpo nu, destacando suas curvas. Seus cabelos estavam espalhados pela almofada, e seu rosto, sereno e tranquilo, como se estivesse sonhando com coisas doces. Kenji se sentou ao lado dela, observando-a com um olhar indiferente, como se estivesse analisando alguém qualquer. Ele não sentia nada por ela, apenas a lembrança de uma noite de prazer sem compromisso. Seus olhos percorriam seu corpo, notando a forma como os lençóis se moldavam às suas curvas, mas não havia nenhum sinal de emoção em seu rosto.

Ele se lembrou da noite anterior, da forma como ela havia se entregado a ele, sem hesitar. Mas agora, ao vê-la ali, imóvel e vulnerável, ele não sentia nada além de uma sutil satisfação por ter satisfeito seu desejo. A cena era tranquila, mas havia uma atmosfera de vazio entre eles, como se a noite de prazer tivesse sido apenas uma transação, e não algo mais profundo. Ele saiu do apartamento dela a deixando sozinha e entrou em seu carro e dirigiu até sua casa, ele adentrou e sentou-se em seu sofá, abriu a geladeira e preparou um sanduíche de presunto e queijo com suco de laranja e comeu, ele pegou o celular e viu o Instagram de Lia , ela agora casada com Rin Nakamura, ele sentiu um aperto no peito, ele lembra dos seus 15 anos quando foi obrigado a ir embora do Japão estudar em um colégio interno e teve que abandonar Lia ,e deixar seu grande amor para trás, seu coração se partia ao lembrar dela. Kenji passou a mão pelos cabelos dourados e após se alimentar ele foi para a sua própria empresa, iniciar mais uma jornada de trabalho.

*TÓQUIO- JAPÃO- 23:45*

Lia estava deitada na cama, usando uma lingerie preta que realçava suas curvas sensuais. Ela se aproximou de Rin, deixando escapar suspiros de prazer enquanto acariciava seu corpo. Ela beijou seu pescoço e acariciando seu corpo e deixando rastros por toda parte.

— O-o que você tá fazendo Lia?– perguntou ele tentando se afastar dela.

— Rin, eu preciso de você.– disse ela sentando no colo dele. — Ahhh Rin.– eles se beijaram.

Rin não resistiu e se deitou por cima de Lia, acariciando seu corpo e deslizando até sua calcinha, que ele começou a tirar com a boca. Logo em seguida, ele lambeu sua vulva, fazendo com que o clitóris dela se tornasse sensível. Enquanto sua língua trabalhava em seu clitóris, ele penetrava os dois dedos, levando-a ao limite do prazer. Lia se contorcia, gemendo de prazer enquanto acariciava os cabelos pretos dele. Seus mamilos ficaram endurecidos, e Rin aproveitou para chupá-los com mais força, intensificando ainda mais a sensação. O prazer era palpável, e eles se entregavam a uma dança de desejo e paixão.

— Amor..mmm...aiiin tá gostoso. – disse ela gemendo e se contorcendo.

Ele não respondeu, apenas continuou a explorar seu corpo com sua língua habilidosa, centrando-se no clitóris dela, provocando arrepios de prazer em seu corpo. Depois, ele esfregou seu membro pulsante na vagina dela, preparando-a para o que estava por vir. Lentamente, ele começou a penetrá-la, seu membro grosso entrando e saindo de dentro dela em um ritmo sensual. Lia gemeu alto, enlouquecendo de prazer, enquanto Rin a observava com um olhar cheio de desejo. Ele nunca havia visto Lia tão entregue e vulnerável, e isso só aumentava sua excitação. Em seguida ela ficou por cima dele com as pernas abertas e cavalgando por cima dele, Rin abraçou os quadris dela e a estocou por baixo e ambos gozaram juntos.

— Eu te amo.– disse ela com os olhos brilhando de excitação.

— Para de falar essas coisas.– disse ele a olhando indiferente.

— A gente acabou de fazer amor, vai continuar me tratando assim?

— Amor? acha que eu te amo? Eu apenas te comi...pelo amor de Deus eu não tô interessado em amar você e nunca vou te amar, agora vai dormir ..– a ignorou logo em seguida.

Lia sentiu seu coração se despedaçar ao perceber que Rin havia apenas usado sua intimidade como um objeto para satisfazer seu próprio desejo. A conexão que eles haviam compartilhado momentos antes parecia ter sido apenas uma fachada, uma ilusão criada para satisfazer a luxúria dele. Lia se sentiu usada e descartada, como se seu corpo tivesse sido apenas um brinquedo para ele. Ela se afastou dele, sentindo-se vulnerável e magoada, enquanto Rin se levantava da cama, sem sequer olhar para ela. A indiferença dele era como um golpe em seu coração, deixando-a sem ar e sem palavras. A mesma se sentia como se tivesse sido enganada, como se tudo o que ela havia compartilhado com Rin tivesse sido uma mentira. Ela se cobriu com o lençol, tentando esconder as lágrimas que começavam a brotar em seus olhos.

— Vai começar a chorar?– disse ele com um tom de desprezo.

— pensei que depois desse tempo juntos você me amaria.– disse ele enquanto as lágrimas rolavam.

— pensou? há há há há há eu não aguento isso não, acha que eu te amo? Escuta aqui.– segura o queixo dela com força. — Eu nunca vou amar uma pessoa como você, eu adoro te ouvir gemer, adoro te ouvir implorar por mais.

— Não diz essas coisas....– ela chora.

— Vai dormir porra, você me estressa.– disse ele com raiva dela.

Lia se deitou na cama, tentando dormir, mas a dor e a tristeza a acordavam. Rin, indiferente, logo adormeceu ao seu lado, sem notar a dor que ela sentia. Lia chorou baixinho, tentando conter suas lágrimas, mas elas não paravam de fluir. Ela se sentia sozinha e abandonada, sem saber como lidar com a dor que sentia.

*LAS-VEGAS- EUA- 17:00*

2 meses depois.

Com muita paixão e dedicação, Kenji e seus talentosos colegas transformaram um simples estúdio em uma verdadeira obra de arte culinária. Cada bolo foi cuidadosamente elaborado, com ingredientes selecionados e técnicas refinadas. A equipe trabalhou em perfeita harmonia, combinando suas habilidades únicas para criar mini bolos que eram tanto deliciosos quanto belos.

A expectativa em Las Vegas era grande. A loja de doces, sabendo da fama de Kenji e sua equipe, aguardava ansiosamente a chegada dessas criações únicas. Os clientes estavam entusiasmados com a ideia de provar os mini bolos feitos com tanto carinho e talento.

Após semanas de trabalho intenso, a equipe finalmente concluiu sua missão. Os mini bolos estavam prontos para encantar o paladar dos clientes em Las Vegas. Kenji e sua equipe sentiram um enorme orgulho e satisfação ao verem o resultado final, sabendo que haviam criado algo verdadeiramente especial.

— Incrível! Nossa equipe superou todas as expectativas! — disse Kenji.

— É verdade! Cada detalhe está perfeito! — comentou Gina.

— A criatividade e habilidade desta equipe são inigualáveis! — acrescentou Mouri.

— E o sabor? Divino! — exclamou Luke.

— Estou muito orgulhoso de vocês! — disse Kenji, sorrindo.

— Foi um prazer trabalhar juntos! — respondeu Gina.

— Agora vamos encantar Las Vegas! — concluiu Mouri.

— Vamos receber muitos elogios! — disse Luke, confiante.

— A qualidade e apresentação dos bolos são imbatíveis! — concordou Gina.

— E a criatividade? Inigualável! — acrescentou Mouri.

— Kenji, você é um gênio! — elogiou Luke.

— Não, somos uma equipe de gênios! — corrigiu Kenji, rindo.

— À nossa vitória em Las Vegas! — brindou Gina.

— Que seja doce! — completou Mouri.

O celular de Kenji tocou e ele atendeu, era seu amigo de longas datas Daniel Fonsi , ele se conheciam desde o tempo da escola quando Kenji iniciou no colégio interno e lá fez amizades com um menino negro chamado Daniel Fonsi, hoje sendo gerente de uma empresa de tecnologia de toda a Las Vegas , o convidando para tomar umas cerveja após o trabalho de ambos,

— Alô? — atendeu Kenji.

— E aí, Kenji! Quanto tempo! — disse Daniel.

— Daniel! Como vai? — perguntou Kenji.

— Bem. Quer tomar uma cerveja hoje à noite? — convidou Daniel.

— Claro! Estou terminando o trabalho na loja de doces — respondeu Kenji.

— Que tal às 7 pm no "The Pub"? — sugeriu Daniel.

— Perfeito! Estarei lá — confirmou Kenji.

— Conta sobre seus bolos sensacionais! — pediu Daniel.

— Você será o primeiro a provar! — prometeu Kenji, rindo.

— Até mais, amigo! — despediu-se Daniel.

— Até mais! — respondeu Kenji.

Em seguida após desligar o celular, Kenji se despediu de sua equipe de confeiteiros, e seguiu até o estacionamento aonde estava o seu carro em seguida ele entrou e dirigiu até em casa, tomou banho e se vestiu com uma camisa preta, calça jeans e um tênis da Jordan, penteou os cabelos dourados para trás e foi ao encontro do seu amigo Daniel. Ao chegar no bar ele logo avistou o amigo que acenou para ele, assim que ele se aproximou cumprimentou ele estendendo a mão e apertando , Daniel indicou para que ele se sentasse ali perto dele, logo em seguida a garçonete apareceu então eles pediram uma cerveja bem gelada.

*TÓQUIO- JAPÃO- 11:30*

A cozinha estava um caos organizado. Farinha, açúcar e raspas de chocolate espalhados pela bancada, enquanto um bolo de três andares, coberto por um chantilly azul celeste, se destacava no centro da mesa. Lia, com as mãos manchadas de corante, dava os últimos retoques na decoração. Seus olhos brilhavam com satisfação, mas um leve rubor tingia suas bochechas. Nos últimos meses, ela vinha sentindo uma fadiga incomum e uma aversão a certos cheiros, mas tentava não dar muita importância.

Ao provar um pedaço do bolo, a náusea a atingiu com força. Ela se afastou da mesa, a mão na boca, e correu para o banheiro. Yane e Jiro se entreolharam, preocupados. Kaito, o mais jovem do grupo, brincou: 'Será que o corante azul tá vencido?' Mas a brincadeira não colou. Yane, que sempre foi mais observadora, se aproximou de Lia e colocou a mão em sua testa.

— Lia, você tá pálida. Será que tá tudo bem?— perguntou Yane preocupada.

Lia se apoiou na pia, os olhos marejados. Aqueles sintomas era de gravidez mas ela se negava em acreditar naquilo, lavou o rosto e respirou fundo.

— Você não tá grávida?– perguntou Yane com dúvida.

— grávida? de onde tirou essa ideia? Eu apenas me sentir mal, aliás somos confeiteiras e sempre estamos provando doce e um dia pode ocorrer um enjôo normal.– disse ela tentando se safar.

— Lia...– a encarou. — sou confeiteira hã 6 anos e nunca sentir enjôo desse jeito, quer que eu compre um teste de gravidez?

— tá...– ela disse em um tom de medo.

Lia estava sentada no banheiro da confeitaria, esperando Yane. Ela estava nervosa e ansiosa, com o teste de gravidez em mãos. O banheiro estava vazio, exceto por ela. Ela olhou para o teste e suspirou, sentindo-se confusa e assustada. O resultado estava positivo, e ela não sabia o que fazer.

— Vai contar para o Rin?– perguntou com um olhar de compaixão.

— Eu ...Eu não sei ...a gente não tá bem esses tempos, na verdade a gente nunca tá bem...ele sempre tá bravo comigo se tudo que eu fizesse fosse ruim.– Lia colocou a mão em seu rosto começando a chorar.

— Eu estou aqui com você, sou sua amiga e ele precisa saber.– Yane abraça Lia. — Não chore, Lia! Tudo vai dar certo! — consolou Yane novamente.

— Mas se ele não quiser ?— perguntou Lia, entre lágrimas.

— Você merece respeito e amor, não sofrimento. Rin precisa entender isso — afirmou Yane.

— Você acha que ele vai me ouvir? — perguntou Lia, desesperançada.

— Vamos juntas até ele e explicaremos tudo. Estou aqui para te apoiar — prometeu Yane.

— não... Eu não quero ter que envolver você nisso deixa que eu converso com ele...– disse Lia com semblante de tristeza.

Lia entrou no escritório de Rin sem bater, esperando que ele estivesse ocupado com alguma coisa importante. Mas, para sua surpresa, ele estava lá, teclando no computador, com uma expressão de concentração no rosto. Rin olhou para cima e viu Lia parada na porta, com um olhar sério e determinado. Ele não disse nada, apenas arregalou os olhos ao ver o teste de gravidez em mãos dela.

Lia não disse nada, apenas colocou o teste na mesa, em frente a ele. Rin pegou o objeto, olhando para ele como se estivesse surpreso. Ele não sabia o que dizer, apenas olhava para o teste, como se estivesse tentando processar a informação. O silêncio no escritório era palpável, apenas o som dos teclados do computador e a respiração de Rin quebravam o silêncio. Lia olhava para ele, esperando por uma reação, mas Rin apenas continuava a olhar para o teste, sem dizer nada.

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