Capítulo 9- Quem está tentando enganar?

Com os olhos ainda arregalados olhando para o teste de gravidez, Rin se viu perdido naquele exato momento ele não sabia como reagir e nem sabia o que falaria agora, ele pegou o teste olhando fixamente para ver se não estava sonhando ou se era alguma brincadeira por parte de Lia, Mas ela já estava precavida, tinha ido com amiga em um laboratório próximo fazer o teste de sangue para ver se realmente estava grávida, ela então entregou o papel para ele então checou , finalmente a ficha dele havia caído ele tentou respirar fundo porém não disse nenhuma palavra.

— então você não vai dizer nada?– perguntou Lia?

— O quê?– falou ele.

— Como o quê? Eu estou grávida e temos que contar a notícia para seus pais e para os meus também.–disse Lia com um sorriso no rosto.

— Acha que esse filho que você está esperando vai fazer eu te amar? – Rin fala com desprezo.

— Como você pode falar isso, Rin? Esse bebê é nossa chance de recomeçar! — rebateu Lia, surpresa.

— Recomeçar? Você acha que um filho vai consertar tudo? — ironizou Rin.

— Sim, acho que sim! Nosso filho merece amor e respeito, não essa raiva e rancor! — afirmou Lia, firme.

— Eu te odeio, essa gravidez foi apenas consequências das nossas transas, você não se cuidou por que não quis.– ele fala com nojo dela.

— Somos marido e mulher ainda tem tanto ódio de mim?– os olham dela começam a encher de lágrimas.

— Como você pode ser tão cruel? — sussurrou Lia, chorando.

— Cruel? Você é quem me engana com uma gravidez indesejada! — gritou Rin.

— Indesejada?! Nosso filho não é um erro! — protestou Lia.

— Você queria me prender, não é? — acusou Rin.

— Prender? Você nunca esteve aqui para mim! — soluçou Lia.

— E esse bebê vai mudar isso? — ironizou Rin.

— Sim, vai! Porque eu vou dar todo amor que você nunca me deu! — prometeu Lia, firme.

— Ah, que amor! Você acha que pode ser mãe? Você mal cuida de si mesma! — debochou Rin.

— Eu vou aprender, vou dar tudo para nosso filho! — afirmou Lia, entre lágrimas.

— Tudo? Você não tem nada para dar! — zombou Rin.

— Eu tenho amor! E isso é mais do que você já me deu! — rebateu Lia, com raiva.

— Amor? Você não sabe o que é amor! — gritou Rin.

— E você sabe? Você que nunca me amou? — desafiou Lia.

— E nunca irei te amar, agora sai do meu escritório, vadia.

— Você não tem coração! — gritou Lia, chorando.

— E você não tem dignidade! — retrucou Rin, friamente.

— Eu tenho meu filho! E vou protegê-lo de você! — prometeu Lia, firme.

— Você não vai precisar, não quero saber dele! — abrindo a porta para ela sair.— Saia! Cachorra e nunca mais volte! — ordenou Rin com raiva.

— Com prazer! — respondeu ela, saindo e batendo a porta.

Lia caminhou até o Jardim da mansão, o ar fresco da manhã acariciando seu rosto enquanto ela se sentava no banco de pedra. O som das gotas de chuva caindo dos galhos dos árvores era o único som que quebrava o silêncio. Ela cobriu o rosto com as mãos, deixando que as lágrimas fluíssem livremente, escorrendo pelas suas bochechas e formando pequenas poças no chão. Logo em seguida ela se levantou e ficou determinada por aquele filho dali por diante.

*LAS VEGAS- EUA*

A noite em Las Vegas estava quente e iluminada, as luzes da cidade cintilando como diamantes no horizonte. Kenji e Daniel estavam sentados em uma mesa de bar, bebendo uísque e conversando sobre trabalho e vida.

— A noite em Las Vegas está incrível, não é? — comentou Daniel.

— É, mas estou mais interessado na nossa conversa — respondeu Kenji, sorrindo.

— Eu não entendo por que você ainda está com aquela garota — disse Daniel, referindo-se a Livi.

— E por que não? — perguntou Kenji, curioso.

— Ela é uma beleza, mas você não parece se importar com ela de verdade. Você é um cara rico e gentil Kenji. Você pode ter qualquer mulher que quiser — argumentou Daniel.

— Eu sei, mas Livi é... diferente. Ela é mais do que apenas uma mulher para mim — explicou Kenji.

— Diferente? Você está brincando, né? Você não sente nada por ela. Você só a usa para satisfazer seus desejos — ironizou Daniel.

— não fale essas coisas, Daniel– disse Kenji.

— Você ainda ama Lia, não é? — perguntou Daniel.

— O quê? Não! — negou Kenji.

— Não minta para mim, Kenji. Eu sei como você se sente — insistiu Daniel.

— Lia está no passado. Agora é Livi quem está comigo — afirmou Kenji.

— Você acha que pode substituir Lia com Livi? — questionou Daniel.

— Não é questão de substituição. É escolha — respondeu Kenji.

— Escolha? Você realmente acredita nisso? — duvidou Daniel.

— Lia está feliz agora, Daniel. Ela seguiu em frente — disse Kenji.

— E encontrou outro, é isso? — perguntou Daniel.

— Sim, ela se casou. Tem uma vida agora — confirmou Kenji.

— E você? Não sente nada? — perguntou Daniel.

— Fiz minha escolha, Daniel. Estou com Livi— afirmou Kenji.

— Ahh claro... está com Livi mas nunca a pediu em namoro apenas transa com ela quando bem quer.– diz Daniel.

— Isso não é da sua conta, Daniel! — retrucou Kenji, irritado.

— Na verdade, é sim. Você trata Livi como um objeto — criticou Daniel.

— Eu faço o que quero com minha vida! — exclamou Kenji.

— E Livi aceita isso? — perguntou Daniel, cético.

— Ela gosta do que temos. Não precisa de rótulos — justificou Kenji.

— Você está se enganando, Kenji. Livi quer mais — afirmou Daniel.

— você tá falando bobagens.– afirma Kenji.

— Não diga isso, Daniel! — reagiu Kenji, com raiva.

— É verdade! Você nunca superou ela — insistiu Daniel.

— Eu superei, sim! Lia está feliz com sua vida e eu estou com Livi — negou Kenji.

— Com o corpo, talvez. Mas o coração... — disse Daniel, balançando a cabeça.

— Cale a boca, Daniel! Você não entende nada! — gritou Kenji.

A tensão entre Kenji e Daniel estava no ar, as palavras de Daniel haviam ido longe demais e Kenji não havia gostado. O ambiente no bar ficou tenso, os outros clientes começaram a se afastar, sentindo a eletricidade no ar.

Kenji e Daniel trocaram socos no bar.

— Você não tem direito de falar isso! — berrou Kenji.

— Você não consegue esconder a verdade! — retrucou Daniel.

Um soco violento de Kenji atingiu Daniel, que caiu sobre a mesa.

— Você pagará por isso! — gritou Daniel, levantando-se.

Daniel devolveu o soco, acertando a face de Kenji.

— Fora! Agora! — ordenou o barista.

— Você estragou tudo! — berrou Kenji.

— Você mesmo fez isso! — respondeu Daniel, enquanto eram expulsos.

Kenji e Daniel ficaram na calçada do bar, respirando fundo, tentando acalmar seus ânimos. A briga havia sido intensa, e ambos estavam se sentindo magoados. Kenji olhou para Daniel, seus olhos faiscando, enquanto Daniel suspirou, preocupado. A tensão entre eles era palpável.

Kenji e Daniel ficaram em silêncio por um momento, até que Daniel quebrou o silêncio:

— Kenji, eu não quis magoar você.

Kenji olhou feio.

— Você não entende nada, Daniel!

— Talvez não, mas vejo que você ainda sofre por Lia — disse Daniel.

Kenji respirou fundo.

— Isso não é da sua conta!

— Eu sou seu amigo, Kenji. Estou preocupado com você — afirmou Daniel.

Kenji olhou para longe.

— Não preciso da sua preocupação. Preciso que você respeite minha vida.

Daniel balançou a cabeça.

— Você está se destruindo, Kenji. E por quê? Por orgulho?

Kenji cobriu o rosto com as mãos e começou a chorar.

— Eu ainda a amo, Daniel... — soluçou. — Eu nunca superei Lia.

Daniel aproximou-se.

— Kenji, eu sinto muito. Eu não sabia que ainda estava assim.

— Eu não consigo esquecê-la... — confessou Kenji, entre lágrimas. — Livi é apenas uma distração. Não é o mesmo.

Daniel colocou a mão em seu ombro.

— Talvez seja hora de enfrentar seus sentimentos e tentar superar Lia de verdade.

— a-agora ela tá casada com o Rin Nakamura, isso me dói tanto e não consigo entender...eu juro...– Kenji chora.

Daniel apertou o ombro de Kenji.

— Kenji, eu sei que dói. Mas você precisa aceitar. Lia escolheu outro caminho.

Kenji soluçou ainda mais forte.

— Por que ela escolheu ele? Por quê? Eu dei tudo para ela!

Daniel tentou acalmá-lo.

— Às vezes, o amor não é suficiente. Você precisa cuidar de si mesmo agora.

Kenji e Daniel se despediram, cada um seguindo seu caminho. Kenji voltou para o apartamento de Livi, ansioso para estar com ela. Já Daniel, foi para o seu apartamento, onde uma mulher o esperava. A briga entre eles era um mistério para Livi, que estava ansiosa para saber o que havia acontecido. Lívia recebeu Kenji com beijos e abraços, ele tentava se esquivar dela.

— Livi... espere... precisamos conversar – Ele é beijado.

— Shhh...não diga nada...– ela beija o pescoço de Kenji.

Kenji tentou se afastar.

— Livi, não é hora...

— Shhh... não pense em mais nada agora — sussurrou Livi, beijando seu ouvido.

Kenji fechou os olhos, tentado ignorar os sentimentos por Lia.

— Livi, eu...

— Não fale. Apenas sinta — pediu ela, envolvendo-o em um abraço apertado.

Kenji segurou Livi no colo e a colocou em cima da mesa, beijando-a com voracidade. Ele lambia seu decote, sentindo o calor do seu corpo. No entanto, enquanto ele a beijava, seu pensamento vagou para Lia. Ele não podia evitar, Lia era a mulher que ele amava, e não importava quem estivesse ao seu lado, ele não conseguia esquecê-la. Ele sentiu um arrepio percorrer seu corpo ao pensar em Lia, e sua paixão por ela cresceu ainda mais. Ele se sentiu culpado por estar com Livi, mas não podia controlar seus sentimentos. Ele sabia que Lia era a única mulher que ele queria, e que não podia viver sem ela.

Livi, por sua vez, estava confusa e desconfortável com a mudança de comportamento de Kenji. Ela sentia que ele estava pensando em outra pessoa, e isso a magoava. Ela tentou se afastar dele, mas Kenji a segurou firme, beijando-a com mais força.

— Kenji, o que está acontecendo com você?–ela perguntou, sua voz trêmula.

Kenji se perdeu em seus pensamentos, beijando Livi intensamente. Embora soubesse que precisava se afastar, sua paixão por Lia ainda o consumia. Livi sentiu-se usada, percebendo que Kenji não a desejava, mas apenas satisfazia sua obsessão por Lia. Livi tentou se afastar, mas Kenji a segurou. Seu corpo sacudia com cada movimento. Ela gritou de dor e prazer, sentindo-se consumida. Depois, Kenji se afastou, sem olhar para ela, sem se importar com seus sentimentos. Livi chorou, sentindo-se descartada.

Arrependido, Kenji se aproximou.

— Livi, eu sinto muito. Eu não sei o que me aconteceu. Estava fora de mim — disse, pegando suas coisas.

— Vá embora! — pediu Livi, entre lágrimas.

Kenji saiu do apartamento, deixando Livi sozinha com seu doloroso silêncio.

— merda... merda ...– disse ele esmurrando o volante.

Kenji dirigia furiosamente, o volante firme em suas mãos, os olhos fixos na estrada. O vento batia em seu rosto, mas sua mente estava longe dali. Imagens de Lia dançavam em sua cabeça, misturadas com a culpa e o arrependimento pelo que havia feito com Livi. O carro acelerava, velocidade e adrenalina não aliviavam sua dor. Seus pensamentos eram uma tormenta: "Lia, por que se casou com Rin?", "Livi, o que eu fiz com você?", "Eu perdi tudo!". Ele freou bruscamente ao chegar ao apartamento, saltou do carro e correu para dentro, buscando refúgio de seus demônios internos. A porta bateu atrás dele, encerrando sua corrida desesperada. No outro dia Kenji acordou e tomou um banho, logo em seguida ele tomou seu café da manhã e começou a mexer o seu notebook procurando inspirações de chocolate, o calendário indicava que era sexta-feira então ele foi para empresa iniciar mais um dia de sua jornada de trabalho.

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