A Sombra da Justiça.

Os dois dias seguintes foram um turbilhão de emoções para a equipe da polícia de São Vitor. A tragédia que vitimou a criança e sua família havia deixado todos em estado de choque, e as investigações estavam paradas. As pistas eram escassas, e a frustração estava se acumulando entre os oficiais. Rafael Mendes, por outro lado, se sentia cada vez mais inquieto. Ele não podia ficar parado enquanto os responsáveis por tamanha brutalidade continuavam livres.

“Precisamos de respostas, e precisamos delas agora,” Rafael disse durante uma reunião no departamento, sua voz firme e cheia de determinação. Os rostos ao seu redor estavam cansados, mas havia uma centelha de esperança naqueles que ainda acreditavam na justiça.

“Estamos fazendo o nosso melhor, Rafael,” Lucas respondeu, sua expressão preocupada. “Mas não temos leads. As testemunhas estão em estado de choque.”

“Isso não pode ficar assim,” Rafael disse, a frustração transbordando. Ele sabia que a dor da criança ainda ressoava em sua mente, e ele não poderia desistir. “Eu vou agir por conta própria. Se isso significa que preciso investigar, então é isso que farei.”

Consciente de que poderia estar colocando sua carreira em risco, Rafael decidiu se afastar da equipe e começou sua própria investigação. As ruas de São Vitor eram um labirinto de informações, e ele se sentia determinado a encontrar qualquer pista que pudesse levá-lo aos assassinos.

Durante as próximas horas, Rafael percorreu os bairros mais sombrios da cidade, conversando com informantes e coletando informações. Finalmente, após várias tentativas frustrantes, ele conseguiu uma pista que o direcionou a um grupo de criminosos que operava na área.

“Eles podem saber algo,” um informante sussurrou, olhando ao redor com desconfiança. “Ouvir dizer que eles estavam envolvidos em algo grande. Não é só um assassinato comum.”

Com a informação em mãos, Rafael se dirigiu de volta à delegacia, seu coração acelerado. Ele precisava que a equipe levasse a sério o que havia descoberto. Ao entrar, encontrou Lucas, que parecia aliviado ao vê-lo.

“Você está de volta! O que você encontrou?” Lucas perguntou, sua curiosidade evidente.

“Eu tenho uma pista. Um grupo que pode estar envolvido. Precisamos investigar isso imediatamente. Se conseguirmos chegar a eles, talvez consigamos descobrir quem são os assassinos,” Rafael disse, a urgência em sua voz.

“Você tem certeza de que isso é válido?” Lucas questionou, mas viu a determinação nos olhos de Rafael e assentiu. “Certo, vamos reunir a equipe.”

Os dois se dirigiram à sala de reuniões, onde a equipe estava discutindo o caso. Rafael expôs suas descobertas, e a reação foi mista. Alguns estavam céticos, mas outros estavam dispostos a seguir a nova pista.

“Se o que você diz é verdade, isso pode ser a chave para resolver o caso,” um dos detetives disse, animado. “Vamos investigar esse grupo.”

Com a equipe mobilizada, Rafael sentiu uma onda de alívio. Eles estavam prontos para agir, e essa era a única coisa que importava. Mas, enquanto os outros se organizavam, Rafael não conseguia se livrar da sensação de que ainda precisava fazer mais.

Naquela noite, após o dia tumultuado, Rafael decidiu voltar ao local do crime. A cena do assassinato ainda estava gravada em sua mente, e ele precisava se reconectar com a dor que havia presenciado. Ele dirigiu até a casa abandonada, agora envolta em um silêncio opressivo.

Ao chegar, ele parou o carro a uma certa distância e se aproximou cautelosamente, tentando não fazer barulho. O lugar estava escuro, e a luz da lua iluminava o que restava da cena de horror. Rafael respirou fundo, preparado para enfrentar os demônios que o perseguiam.

Enquanto caminhava, ele percebeu um movimento perto da entrada. Um carro escuro estacionou nas proximidades, e Rafael se escondeu atrás de uma árvore, observando. O motorista saiu, e Rafael reconheceu a figura: era um dos homens que ele havia visto nas fotos do informante.

O homem parecia nervoso, olhando ao redor antes de se aproximar da casa. Rafael sentiu a adrenalina subir. Era o momento que ele estava esperando. Ele rapidamente anotou a placa do carro, sabendo que isso poderia ser crucial para a investigação. O homem parecia estar verificando algo, e Rafael precisava descobrir o que era.

Com cautela, ele se moveu para uma posição melhor, tentando ouvir o que estava acontecendo. O homem entrou na casa, e Rafael decidiu seguir. Ele se aproximou da entrada, com o coração acelerado, e espiou para dentro.

O que viu fez seu sangue ferver. O homem estava conversando com outros dois, todos com expressões de preocupação. “Precisamos nos livrar de tudo isso antes que a polícia descubra. Não podemos deixar rastros,” um deles disse, sua voz baixa e tensa.

Rafael sabia que estava em uma situação perigosa, mas a necessidade de justiça o impulsionava. Ele precisava ouvir mais, descobrir o que estava acontecendo. Mas, enquanto tentava se mover mais perto, um dos homens olhou para fora, e Rafael percebeu que estava prestes a ser descoberto.

Sem pensar, ele se virou e correu, mas não antes de ouvir um dos homens gritar. “Quem está aí?”

A adrenalina disparou em seu corpo enquanto ele corria, o som dos passos atrás dele ecoando. Ele precisava chegar ao carro antes que eles o alcançassem. A escuridão ao seu redor parecia se fechar, mas Rafael não iria desistir.

Ele saltou para dentro do carro e ligou o motor, a tensão no ar quase palpável. Enquanto acelerava, olhou pelo retrovisor e viu os homens saindo da casa, suas expressões de raiva e medo misturadas. A perseguição não havia terminado, e ele sabia que precisaria agir rápido.

Rafael dirigiu em direção à delegacia, o coração acelerado. Ele tinha a placa do carro e sabia que precisava relatar o que havia testemunhado. A investigação começou a tomar forma, e ele estava determinado a não deixar que aqueles assassinos escapassem.

Chegando à delegacia, ele se apressou para dentro, encontrando Lucas e os outros. “Precisamos conversar! Eu tenho informações sobre os homens que estão por trás do assassinato,” Rafael disse, ofegante.

Lucas olhou para ele, preocupado. “O que aconteceu?”

“Eu os encontrei. Eles estavam no local do crime, e eu ouvi o que estavam planejando. Precisamos agir antes que seja tarde demais,” Rafael disse, passando a placa do carro para Lucas.

Com a equipe agora revitalizada pela nova informação, eles se prepararam para agir. Rafael sabia que a luta contra os monstros que atormentavam sua cidade estava apenas começando, mas ele estava pronto para enfrentar o que viesse pela frente.

A verdadeira batalha pela justiça estava prestes a começar, e Rafael Mendes estava decidido a não deixar que os horrores de sua cidade continuassem. Ele havia cruzado a linha, mas agora a justiça era seu único objetivo.

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