Conto I - A Cabana

...A Cabana — Parte X...

A manhã seguinte veio como uma onda suave, trazendo consigo o fim da experiência que os três haviam vivido nos últimos dias. O sol estava fraco, mas ainda conseguia atravessar as cortinas pesadas da cabana, iluminando a cena de uma maneira quase mágica. Mayla despertou aos poucos, seus olhos ainda pesados de sono, mas a mente completamente alerta, lembrando-se de cada momento intenso que compartilhara com Jason e Richard.

Ela se levantou silenciosamente, sentindo a cama fria ao seu lado onde ambos ainda dormiam. Os corpos deles estavam entrelaçados sob o cobertor, respirando calmamente, mas havia algo no ar que a fazia sentir que esse último dia não seria como qualquer outro.

Ao se dirigir até a janela, ela observou a paisagem imaculada de neve, a serenidade que contrastava com o turbilhão de emoções e sensações que haviam vivido. Ela não sabia o que viria após esse Natal, mas o que havia compartilhado com aqueles dois homens, o desejo sem freios e a cumplicidade, seria algo inesquecível.

Ela sentiu o calor da mão de Jason em sua cintura antes de ouvi-lo falar.

— Você está pensando demais, — disse ele, a voz rouca de sono, mas com aquele tom provocante que sempre a fazia sorrir.

Ela se virou para ele, seus olhos brilhando.

— Só tentando aproveitar a última manhã.

Richard despertou em seguida, seus olhos se abrindo lentamente enquanto ele a observava com um sorriso satisfeito.

— Última manhã, — disse ele, a voz carregada de desejo. — E eu acho que a gente merece aproveitar cada segundo, não acham?

Mayla sorriu e, sem pensar duas vezes, se aproximou dos dois, inclinando-se para beijar primeiro Jason, depois Richard, cada beijo carregado de um último toque de desejo antes de partirem para a vida que os aguardava fora da cabana.

— Então vamos aproveitar, — ela disse, a voz cheia de malícia.

Depois de um sexo matinal rápido, foram para a cozinha.

O café da manhã foi silencioso, mas a tensão entre eles era palpável. Jason e Richard trocavam olhares cheios de significado enquanto Mayla brincava com a colher, completamente ciente da energia que os envolvia. O que aconteceria quando saíssem dali? Não havia como saber, mas algo em Mayla dizia que a despedida não seria fácil.

— Vamos fazer essa despedida ser inesquecível, — Richard sugeriu, com um sorriso que fazia o coração de Mayla bater mais rápido.

Jason concordou, um sorriso divertido nos lábios.

— Não precisa de muito convencimento.

Mayla olhou para os dois, sentindo o calor crescer em seu corpo.

— Concordo plenamente. — ela respondeu, a voz baixa e sedutora.

Os três se moveram em direção à lareira, a última chance de aproveitar a intimidade da cabana antes que tudo voltasse à monotonia do mundo real. Mayla se sentou entre os dois, cada um a tocando de maneira diferente, mas igualmente intensa.

Jason beijou-a profundamente, suas mãos explorando seu corpo com a familiaridade adquirida nos últimos dias. Richard, por sua vez, estava atrás dela, seus lábios descendo pelo pescoço de Mayla, cada toque mais quente, mais urgente.

Ela se inclinou para frente, seus olhos se fechando enquanto sentia os corpos deles ao seu redor. Não havia mais espaço para hesitação ou insegurança, apenas o prazer absoluto e a vontade de fazer aquele momento durar mais um pouco.

— Eu não quero que isso acabe, — ela sussurrou, sentindo o calor crescente entre os três.

Jason olhou para Richard, e um entendimento silencioso passou entre eles.

— Vamos dar a ela o que ela quer, — Jason disse, suas palavras carregadas de desejo.

Richard sorriu e, antes que Mayla pudesse protestar, os dois a levantaram suavemente, conduzindo-a até o sofá próximo à lareira. O calor da chama iluminava seus rostos, refletindo na pele de Mayla enquanto ela se deixava guiar pelos dois.

O toque foi suave, mas a intensidade era avassaladora. Eles não queriam que o último momento fosse apressado ou sem significado. Era um adeus, mas também uma celebração do que haviam vivido juntos.

Mayla se entregou completamente, suas mãos entrelaçadas com as deles, seus corpos se movendo em perfeita harmonia, como se a despedida fosse apenas o início de algo ainda mais profundo.

Quando finalmente se separaram, os três estavam exaustos, mas satisfeitos. Mayla, com os olhos fechados e o coração ainda acelerado, se recostou no peito de Jason, enquanto Richard se sentava ao lado deles, com um sorriso tranquilo.

— Foi perfeito, — Mayla disse, a voz abafada contra o peito de Jason.

Jason beijou sua testa.

— Não é um adeus. Vamos nos ver de novo.

Richard concordou, passando a mão pelos cabelos de Mayla.

— Esse não é o fim, — ele disse, a voz suave e cheia de certeza.

A neve continuava a cair lá fora, mas dentro da cabana, o calor era inconfundível. Eles sabiam que a despedida daquela manhã não significava o fim de tudo, apenas o início de algo que poderia voltar a se acender em outro momento, em outro lugar.

Assim, enquanto se preparavam para deixar a cabana, com a lembrança quente de seus corpos e os olhares que trocavam, sabiam que aquele Natal ficaria marcado para sempre em suas memórias. E, embora a vida seguisse para sua rotina, eles guardariam a chama acesa, prontos para reavivá-la quando o destino os reunisse novamente.

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