Capítulo Quinze -Moça dos cabelos de fogo

Das escadas posso avistar o meu pai chegando com a sua esposa e o meu irmão. Felicia entra na sala correndo para os braços do avô.

-Minha pequena trouxe presentes para você -Diz abraçando-a.

Felicia estava feliz, já que fazia meses que estava viajando em lua de mel. Cumprimentei o meu pai e a sua esposa, Arthuro e eu fomos para o escritório conversar sobre negócios.

Ao chegar no escritório conversamos um pouco sobre a viagem que iremos fazer no dia seguinte.

-Infelizmente a festa de comemoração ficará para quando retornarmos -Falo mostrando as passagens para ele.

-Maravilha, amanhã saímos cedo.

-Alissa já voltou para o trabalho?

-Sim.

-Aconteceu alguma coisa entre vocês dois?

-Ela voltou a tocar naquele assunto de termos um relacionamento e blá blá blá. -Fala com um drink em mãos.

-Não entendo o motivo de você não querer ter um relacionamento, ter uma mulher boa ao seu lado. Nunca te vi apaixonado, penso que seria bom se você desse a chance para ela ou qualquer outra mulher.

-Eu não quero, relacionamentos não são para mim. Sou um homem livre, gosto de viver intensamente, sem compromisso. A verdade é que está para nascer a mulher que vai me fazer me apaixonar -Ele sorri e se serve com mais whisky. -E você como está?

-Bem como sempre, Felicia é a felicidade da minha vida, ela me traz paz e calmaria.

Ele sorriu nostalgicamente. Abaixou os olhos para as mãos entrelaçando os dedos como se estivesse se conectando com alguma memória.

-Tenho a sensação que você conheceu alguém -Digo brincando.

-Para falar a verdade sim, mas não sei o nome dela, onde mora, absolutamente nada, só sei que é uma moça simples e muito linda.

-Sera que você irá se apaixonar dessa vez?

-Claro que não, não me apaixono e você sabe disso -Arthuro afirma com um imenso sorriso -E você porque não tenta conhecer alguém, Felicia precisa de uma imagem feminina.

Levei as mãos ao rosto, esfregando os olhos, como se isso pudesse afastar a angústia que mantinha meu coração pulsando dentro do peito como se fosse um martelo, insistindo em bater mesmo completamente descompassado.

-Eu não estou pronto para um novo relacionamento. Hora de ir. Os convidados devem estar chegando -Falo enquanto levanto da cadeira e abro a porta para que Arthuro saia primeiro.

-E a nova babá, Felicia está se adaptando? -Arthuro pergunta, enquanto descemos as escadas.

-Sim, Felicia e ela se dão muito bem, depois eu te apresento ela.

-Osgur, eu acabei convidando a Ana, ela vai te ajudar a distrair a cabeça -Fala com um enorme sorriso no rosto, estava claro suas intenções ele queria que eu arrumasse alguém e saísse daquela grande solidão.

Após recepcionar os convidados, todos foram encaminhados para o jardim, as crianças corriam e brincavam, umas até haviam levado roupa de banho para nadar na piscina. Felicia corre por toda parte com seus amigos, os pais interagem entre si.

Minha pequena princesa estava completando seis anos.

Respirei fundo, forçando-me a abrir um sorriso, mesmo que estivesse um caos por dentro. Mal sabia ela que o seu pai era forte por fora, por que por dentro estava completamente devastado.

-Filho, ela está crescendo não é mesmo -Meu pai fala em pé ao meu lado, enquanto degusta uns aperitivos.

-Sim, o tempo passou tão rápido. Daqui a pouco será uma adolescente rebelde, cheia de não me toque.

-Ela alguma vez ligou depois que foi embora? -Diz, sua mudança de expressão foi imediata.

-Não, nunca ligou. -Soltei um suspiro, ainda observando Felicia pelo jardim aproveitando a sua festa.

A mesa estava posta há alguns minutos, o jantar iria ser servido no jardim em uma enorme mesa onde todos comeriam juntos, depois do jantar a festa continuaria até a hora do bolo. Nossas festas sempre foram grandiosas e nossos funcionários sempre caprichavam. Alguns deles estavam com a nossa família há muito tempo, desde que éramos crianças, e sabiam dos nossos gostos.

Diandra estava na cozinha ajudando os outros funcionários, Felicia não precisava de babá, já que eu e minha família estávamos todos a sua mercê.

-Boa noite Osgur.

Virei-me para ver a dona daquela voz familiar, era Ana a mulher linda e inteligente que Arthuro e Alissa haviam me apresentado na noite que fomos beber.

-Boa noite, fico feliz que esteja aqui.

Todos os convidados se direcionaram para a mesa de jantar. Sorrio para ela, puxei cadeira para que se sentasse, e ela agradeceu, colocando o guardanapo de pano no colo, preparando-se para comer.

Ana tinha 28 anos era uma mulher ruiva, atraente e muito inteligente, com certeza qualquer homem amaria ter uma mulher como ela.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***