Capitulo 11: A fúria

Roney saiu do quarto, a fúria o consumindo como um fogo infernal. Ele se sentia humilhado, traído, enganado. A imagem de Jacqueline e Adriano juntos, em sua própria cama, o enlouquecia. Ele precisava fazer alguma coisa, precisava descarregar a raiva que o consumia.

Ele encontrou Adriano no corredor, abotoando a camisa, tentando se recompor do susto. O olhar de Roney, cheio de ódio, congelou Adriano no lugar.

"Você, seu... seu hipócrita!" Roney sibilou, seus punhos cerrados. "Como você pôde fazer isso comigo? Você sabe que eu te considerava um amigo, um irmão!"

Adriano tentou se defender, mas Roney não o deixou. Ele se lançou sobre Adriano, acertando-lhe um soco no rosto. O impacto fez Adriano cambalear para trás, a mão cobrindo o rosto machucado.

"Você não tem o direito de tocar na minha mulher!" Roney gritou, seus olhos vermelhos de raiva. "Você é um verme, um traidor!"

Adriano, atordoado, tentou se esquivar dos golpes de Roney, mas o amigo, cego de fúria, o encurralou contra a parede. Socos e pontapés se chocavam contra o corpo de Adriano, que gemia de dor.

"Você não vai se safar dessa, Adriano!" Roney gritou, cada palavra carregada de ódio. "Eu vou te destruir!"

Jacqueline, ouvindo os gritos e os golpes, correu para o corredor, desesperada. "Roney, para! Por favor, para!"

Mas Roney estava cego de raiva. Ele não ouvia mais nada, só a fúria que o consumia. Ele continuou a bater em Adriano, até que o amigo caiu no chão, machucado e sangrando.

Jacqueline, com o coração na mão, se ajoelhou ao lado de Adriano, tentando estancar o sangue. "Roney, você está louco! Para com isso!"

Roney, finalmente, parou de bater. Ele olhou para Adriano, caído no chão, e sentiu um frio na espinha. A fúria havia passado, deixando apenas o vazio e a dor.

"Eu... eu sinto muito, Adriano", Roney disse, sua voz rouca. "Eu não queria ter feito isso."

Adriano, com o rosto machucado e dolorido, olhou para Roney com tristeza. "Eu... eu entendo, Roney. Eu não devia ter feito isso com você."

Jacqueline, com a voz tremendo, se levantou e se aproximou de Roney. "Roney, por favor... vamos conversar. Nós precisamos resolver isso."

Roney, entrou pra dentro de sua casa Adriano foi embora pra sua casa.

Roney, com o coração em pedaços, se dedicou a uma tarefa fria e implacável: arrumar as malas de Jacqueline. Cada peça de roupa, cada objeto que representava a vida que eles construíram juntos, agora era um lembrete doloroso da traição. Ele dobrava as roupas com cuidado, mas cada movimento era carregado de raiva e tristeza.

"Roney, por favor, não faça isso", Jacqueline suplicou, seus olhos vermelhos e inchados. "Eu sei que errei, mas eu te amo. Podemos tentar de novo."

Roney parou, seus dedos apertando o tecido da camisa de seda de Jacqueline. "Tentar de novo? Depois de tudo que você fez? Depois de ter me traído com o meu melhor amigo? Você acha que isso é possível?"

"Eu sei que foi um erro, Roney. Eu estava confusa, mas eu te amo. Eu quero ficar com você." Jacqueline implorou, as lágrimas rolando pelo seu rosto.

Roney olhou para ela com um misto de pena e raiva. "Jacqueline, você não me ama. Você ama Adriano. E ele não te ama de verdade. Ele só está aproveitando a situação."

"Não é verdade, Roney. Adriano me ama. Nós vamos ficar juntos." Jacqueline insistiu, mas sua voz soou fraca e insegura.

Roney terminou de arrumar as malas, as colocando no corredor. "Vá embora, Jacqueline. Não quero mais te ver."

Jacqueline, sem saber o que fazer, pegou suas malas e saiu da casa. Ela foi direto para a casa de Adriano, esperando que ele a acolhesse.

"Adriano, por favor, me deixa ficar com você. Roney me mandou embora." Jacqueline suplicou, seus olhos cheios de lágrimas.

Adriano, que estava no sofá assistindo televisão, se levantou e a encarou com um olhar frio. "Jacqueline, eu não quero nada sério com você. Eu só queria me divertir, você sabe disso. Você é linda, e eu gosto de você, mas não quero compromisso."

Jacqueline se sentiu humilhada. Ela havia deixado tudo por Adriano, havia traído Roney, e agora ele a dispensava como se ela fosse um objeto descartável.

"Mas... mas eu te amo, Adriano. Eu quero ficar com você." Jacqueline implorou, mas Adriano a interrompeu.

"Não, Jacqueline. Você precisa entender. Eu não quero nada sério com você. Vá para casa, dos seus pais."

Jacqueline, não teve opção há não ser voltar para casa de seus pais.

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