Capitulo 19: A realidade

Roney, o coração ainda palpitante pela noite mágica, dirigiu-se diretamente à casa de sua tia Rosalinda. Ele precisava compartilhar a alegria e a emoção do encontro com alguém em quem confiava plenamente. Enquanto contava sobre Sarah, descrevendo sua beleza, sua simplicidade e a conexão instantânea que sentira, observava a expressão da tia.

Rosalinda ouvia atentamente, um sorriso maternal nos lábios. Ao terminar a narrativa entusiasmada de Roney, ela disse, com a voz carregada de afeição: "Roney, Sarah é uma boa menina, uma flor. Conheço-a desde criança. Sua mãe, Silvia, era minha melhor amiga. Eu vi Sarah crescer, e sempre a considerei como uma segunda filha." Um tom de advertência suave, porém firme, se misturou à ternura em sua voz: "Não ouse machucá-la, Roney. Você tem que cuidar dela como se fosse a própria joia da coroa." O olhar de Rosalinda transmitia a gravidade de suas palavras, um alerta silencioso, mas inquestionável.

Os dias se passaram voando, carregados de expectativa para Roney. A ideia de um novo encontro com Sarah o deixava cada vez mais empolgado, um sorriso constante nos lábios, a imagem dela sempre presente em seus pensamentos. Entretanto, a realidade se impunha. Sarah, dedicada aos estudos na faculdade de medicina, estava prestes a iniciar sua residência médica. A rotina intensa e a responsabilidade iminente a impediam de ter um segundo encontro com Roney tão cedo. A agenda apertada e a necessidade de se dedicar integralmente aos estudos deixavam pouco espaço para encontros românticos.

Apesar da distância física, a conexão entre eles permaneceu forte. Roney e Sarah conversavam longamente virtualmente, compartilhando detalhes do seu dia a dia, trocando mensagens carinhosas e construindo uma intimidade cada vez maior. As conversas virtuais se tornaram um refúgio, um espaço onde podiam se conectar, mesmo separados pela correria das responsabilidades de cada um. A espera pelo próximo encontro, embora difícil, era alimentada pela certeza de que a chama entre eles permanecia acesa, queimada pela admiração mútua e pela promessa de um futuro juntos.

O tempo, para Roney, parecia se arrastar. A admiração inicial por Sarah havia evoluído para um sentimento amoroso profundo e intenso. Ele a imaginava em todos os momentos do seu dia, sonhando com um futuro ao lado dela. A ideia de pedir Sarah em namoro começava a tomar forma em sua mente, a certeza de seus sentimentos o enchia de uma alegria quase palpável.

Decidido, Roney enviou uma mensagem para Sarah, seu coração batendo forte no peito: "Oi, Sarah! tudo bem? Estava pensando... que tal irmos ao parque de diversões no domingo? Se você estiver livre, claro no domingo. 😊" A resposta de Sarah não demorou a chegar, um simples "Sim! Eu Adoraria! 😊" foi o suficiente para incendiar ainda mais o entusiasmo de Roney. Ele passou os dias seguintes em uma expectativa febril, a ansiedade misturada à alegria o mantinha em um estado de constante excitação. Cada hora e minuto que se passava era uma eternidade até o domingo chegar, o dia que poderia mudar para sempre a sua vida.