Capítulo 20

Capítulo 20:O Outro Lado da Cidade

Enquanto Arthur e Marina viviam momentos de pura felicidade, em outra parte da cidade, Sarah estava em casa, inquieta. Nos últimos dias, ela mal conseguia se concentrar no trabalho ou em qualquer outra coisa. Seus pensamentos eram todos sobre Arthur. Ela sempre o desejou, desde o tempo em que ele ainda era casado, mas nunca encontrou uma oportunidade de se aproximar dele como queria. Agora, com Marina em cena, Sarah sentia que estava perdendo sua chance.

Ela estava sentada no sofá, rolando distraidamente a tela do celular, quando uma notificação chamou sua atenção. Era do investigador particular que ela havia contratado para seguir Arthur. Sarah abriu a mensagem imediatamente, e o coração dela quase parou quando viu as fotos anexadas.

Eram imagens de Arthur e Marina na praia, se beijando sob a luz da lua. O momento perfeito capturado em uma série de fotos que mostravam toda a paixão entre os dois. Sarah sentiu o peito apertar de raiva.

“Como ela ousa?” murmurou, os olhos vidrados nas fotos.

A cada nova imagem que ela deslizava, sua raiva crescia. A última foto, em que Arthur segurava a mão de Marina e sorria para ela, foi a gota d'água. Sarah jogou o celular no sofá, respirando pesadamente, enquanto sentia um misto de frustração e ódio dominá-la.

“Isso não é justo... Era para ser eu!” ela gritou, levantando-se e andando pela sala, os pensamentos fervilhando em sua mente. “Eu sempre estive lá, sempre esperei... e agora, essa... essa babá roubou o que é meu!”

Ela olhou ao redor da sala, seu olhar fixo em alguns objetos que estavam na estante. Sem pensar duas vezes, ela pegou um vaso de vidro e o arremessou contra a parede, fazendo-o se estilhaçar em dezenas de pedaços.

“Era para ser eu na praia com ele! Eu sou a mulher que deveria estar ao lado dele!” Sarah gritava, enquanto suas mãos tremiam de raiva.

Ela continuou a andar pela sala, empurrando livros, derrubando copos e qualquer coisa que estivesse ao alcance. Sua mente estava tomada pelo ciúme e pela frustração. Sarah sabia que Arthur não era mais o mesmo homem que antes. Ele estava mudando, e isso, para ela, era culpa de Marina.

Ela parou, ofegante, olhando o caos que havia criado ao seu redor. Mas o que mais a incomodava era que, por mais que destruísse tudo naquela sala, a dor e o ciúme que sentia não iam embora.

“Eu preciso fazer alguma coisa... Não vou deixar essa mulher me tirar o que é meu,” ela disse, com os olhos fixos nas fotos que ainda estavam abertas no celular. “Arthur vai perceber que ela não é boa para ele. E quando isso acontecer, eu estarei lá, pronta para ser o que ele precisa.”

Com esse pensamento, Sarah pegou o telefone e começou a digitar uma nova mensagem para o investigador, pedindo mais informações sobre os próximos passos de Arthur. Ela sabia que precisaria de algo grande para separar os dois, mas estava disposta a tudo para conseguir.