capítulo 6

A rotina de Marina se estabeleceu rapidamente na mansão. Nos dias que se seguiram à assinatura do contrato, ela se dedicou a cuidar de Theo, enquanto Arthur se dividia entre o trabalho e os compromissos que o impediam de estar em casa. Marina adorava passar o tempo com Theo, mas a solidão que sentia à noite começava a pesar.

Naquela tarde, enquanto brincavam no quintal, Marina observou Theo se divertindo. Ele estava construindo um castelo de areia, sua concentração total no projeto. “Olha, Marina! É um castelo gigante!” ele gritou, com um sorriso no rosto.

“Está maravilhoso, meu príncipe! Agora só falta a torre!” Marina elogiou, fazendo o garoto rir ainda mais.

Enquanto brincavam, ela percebeu que estava começando a desenvolver um forte vínculo com Theo. Contudo, o pensamento de Arthur sempre pairava em sua mente. Ele estava tão absorto em seu trabalho que raramente estava presente, e Marina se perguntava se realmente conhecia o homem por trás da fachada rígida e autoritária.

Mais tarde, naquela noite, após colocar Theo para dormir, Marina sentou-se no sofá da sala, envolvida por uma sensação de solidão. As paredes da mansão pareciam ecoar seus pensamentos. Ela pegou seu celular e navegou pelas redes sociais, mas nada parecia preencher o vazio que sentia.

Pouco depois, Arthur chegou em casa. Ele estava vestido de maneira casual, e o cansaço era evidente em seu rosto. “Oi, Marina,” ele disse, passando pela sala.

“Oi, senhor Montenegro,” ela respondeu, tentando esconder a tristeza em sua voz. “Theo já está dormindo.”

“Ótimo. Eu… vou sair por um tempo,” Arthur anunciou, pegando as chaves na mesa.

“Para onde você vai?” Marina perguntou, curiosa.

“Um amigo me convidou para ir a um bar. Preciso de um tempo para relaxar,” ele disse, já se afastando.

“Tudo bem, aproveite,” Marina disse, sentindo um misto de preocupação e alívio. Ela sabia que Arthur precisava de um tempo para si, mas não pôde evitar a sensação de que estavam se distanciando.

Enquanto Arthur se afastava, Marina se permitiu relaxar um pouco. Ela preparou um lanche leve e ligou a TV, tentando se distrair. Contudo, sua mente não parava de pensar em Arthur e nos momentos em que passaram juntos. O que parecia ser um novo começo estava se tornando uma fonte de ansiedade.

Horas depois, enquanto estava em um filme, Marina foi surpreendida pelo som da porta se abrindo. Ela olhou para o relógio e notou que já era tarde. Arthur estava de volta, mas algo no ar parecia diferente.

“Oi, Marina,” ele disse, com uma expressão que misturava relaxamento e algo mais. Ela percebeu que havia um perfume forte que não lhe era familiar.

“Oi,” ela respondeu, um pouco insegura.

Arthur passou pela sala, e Marina o seguiu com o olhar, sentindo-se estranha. Então, o som de vozes femininas e risadas ecoou pelo corredor. Um instante depois, uma mulher apareceu na porta.

“Arthur! Você é tão divertido!” ela exclamou, rindo alto. A mulher era atraente, com um sorriso sedutor e uma presença que imediatamente preencheu a sala.

“Ei, Ashley,” Arthur disse, tentando parecer despreocupado. “Esta é Marina, a babá do Theo.”

Marina forçou um sorriso, mas sentiu uma onda de ciúmes. “Oi,” ela disse, tentando manter a compostura.

Ashley ignorou Marina e se aproximou de Arthur, encostando-se nele de maneira íntima. “Vamos para o seu quarto, querido? Eu quero mais um pouco da sua companhia,” ela sugeriu, seu tom insinuante.

Marina sentiu seu coração apertar. A cena era dolorosa, e a alegria que sentira anteriormente se dissipou rapidamente. “Arthur…” ela começou, mas ele já a interrompeu.

“Está tudo bem, Marina. Eu só… preciso de um momento,” ele disse, sem olhar diretamente para ela.

A mulher puxou Arthur, e a risada deles ecoou pelos corredores enquanto subiam as escadas. Marina sentiu uma mistura de tristeza e traição. Não era que ela estivesse esperando algo romântico com Arthur, mas a conexão que estavam desenvolvendo parecia agora distante.

Sentada no sofá, ela ficou em silêncio, ouvindo os barulhos do quarto acima. A risada da mulher, o som de móveis sendo movidos e a falta de consideração de Arthur a deixaram angustiada. A ideia de que ele poderia se importar mais com aquela mulher do que com a relação que estavam construindo era sufocante.

Marina fechou os olhos, tentando ignorar o que estava acontecendo. Mas o barulho apenas aumentou, e as risadas começaram a se tornar mais audaciosas. A dor de ouvir tudo aquilo se tornou insuportável. Lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela se perguntava se deveria ter se envolvido na vida de Arthur.

Ela se levantou, caminhou até o quarto de Theo e olhou para o pequeno, que dormia tranquilamente. Seu coração se partiu ao perceber que, em meio a tudo isso, a única pessoa que realmente dependia dela era o menino que a fazia sorrir todos os dias.

Após alguns minutos, Marina decidiu que precisava de um pouco de ar fresco. Pegou seu casaco e saiu para o quintal, sentindo a brisa fria da noite em seu rosto. Enquanto olhava para as estrelas, começou a refletir sobre suas decisões e o que realmente queria.

O tempo passou, e o barulho finalmente diminuiu. Quando Arthur e Ashley finalmente saíram do quarto, Marina estava de volta ao sofá, tentando manter a calma. Arthur parecia relaxado, mas a expressão em seu rosto não passava despercebida.

“Oi, Marina,” ele disse, ao perceber que ela estava acordada. A mulher ao lado dele sorriu e se despediu, saindo rapidamente pela porta.

Marina o encarou, o coração pesado. “Você poderia ter me avisado que iria trazer alguém para casa,” ela disse, sua voz mais firme do que se sentia.

Arthur franziu a testa. “Desculpe, eu… não pensei que você estaria acordada. Eu só precisava me distrair um pouco.”ele pensou-se porque estou dando satisfação para ela

Tudo bem… eu que devo desculpas por esta, ti encomenda com isso. Não sei por que perguntei isso. Eu vou deitar disse ela subido a escada

Arthur responde:Boa noite,Marina!

quando marina chegou ao quarto dela ela deitou na cama e ficou pensando porque ficou com ciúmes por um homem que nem ligar para ela com isso pegou ao sono com os pensamentos

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