Capítulo 13

Hadassa Stevens

Ryan se levanta rápido, empurrando a mulher, mas ela se segura nele, olhando para mim com um sorriso de deboche. Está se achando, a coitada.

— Ah, olha só quem apareceu. A princesinha da máfia. Você realmente acha que ele é seu? — Ela dá uma risada falsa, levantando-se do colo dele, me encarando de cima a baixo. — Ele nunca vai ser seu, querida. Você não é capaz de satisfazer esse homem. Ele precisa de uma mulher de verdade.

Meu olhar fica gelado, e Ryan, visivelmente irritado, tenta afastá-la de novo.

— Já chega. Vai embora.

Ela ignora, com uma confiança que beira a estupidez.

— Vai embora? — ri, cheia de malícia. — Não é assim que você quer terminar o dia , Ryan. Você e eu, juntos... Vamos fazer isso como deve ser feito.

Ela acha que está no controle. Pobre alma. Sinto uma raiva crescente, mas ela não é uma raiva cega. Eu sei exatamente o que vou fazer. Dou um passo à frente, mantendo minha postura firme, um sorriso carregado de sarcasmo nos lábios.

— Você deveria sair agora, enquanto ainda pode — digo, minha voz calma, mas carregada de ameaça.

Ela apenas ri de novo, zombando de mim.

— Sair? E deixar você achando que ganhou alguma coisa? Nunca! — Ela me lança um olhar venenoso. — Você acha que pode competir comigo? Nunca vai satisfazê-lo como eu posso. Ele sempre vai querer mais... e você nunca será o suficiente.

Ela mal termina de falar e, antes que perceba, estou em cima dela. Agarro seus cabelos com força, puxando-a brutalmente para longe de Ryan. O grito que ela solta é como música para meus ouvidos.

— Ah, eu não sou o suficiente? — sussurro, meu rosto bem próximo do dela, enquanto ela tenta se debater. — Vou te mostrar exatamente como eu lido com gente como você.

Ela grita de dor, tentando se soltar, mas eu a jogo no chão com força. Sem hesitar, levanto a mão e desço o tapa mais forte que consigo. O som ecoa pela sala. Ela se encolhe, mas não vai ser tão fácil assim. Outro tapa, ainda mais forte. E mais um. Seus gritos agora são misturados com soluços.

— Você acha que pode vir aqui e fazer o que quiser? — minha voz sai firme, cheia de desprezo. — Acha que é mais mulher do que eu? Eu sou Hadassa Stevens, sua desgraçada, e você vai aprender isso da pior maneira possível.

Ela começa a chorar, implorando para que eu pare.

— Me solta! Me solta, sua louca!

Eu ignoro. Ajoelho ao lado dela, puxo meu pequeno canivete do bolso e mostro a lâmina brilhante, girando-a entre meus dedos. Seus olhos se arregalam, e o pânico a domina.

— Não! Por favor! — ela começa a implorar, tremendo de medo. — Não faz isso!

Eu seguro seu queixo com força, aproximando a lâmina do rosto dela.

— Você quis brincar com o perigo, querida — murmuro com um sorriso frio. — Agora vai aprender o que acontece.

Com um corte rápido e preciso, faço uma marca no rosto dela, o sangue escorrendo lentamente. Ela grita, aterrorizada, o corpo inteiro tremendo de medo.

Guardo o canivete de volta no casaco, me levantando enquanto ela se encolhe no chão, soluçando.

— Isso é para você nunca mais esquecer quem é que manda aqui — digo, olhando-a de cima com desprezo.— Te deixarei viva,mas seu próximo deslize ao menos olhar para o meu homem ou tocar perderá os olhos e as mãos — falo friamente.

Ela não consegue nem se mover, completamente paralisada de medo e dor. Ryan continua quieto, assistindo a tudo sem dizer uma palavra. Ele sabe que qualquer coisa que dissesse agora só pioraria para todos nós.

Dou um último olhar para a vagabunda, agora marcada e derrotada no chão, e então me viro para Ryan, ainda sentindo o calor da adrenalina percorrer minhas veias.

— Da próxima vez que trouxer uma vagabunda para perto de você, Ryan, certifique-se de que ela saiba o lugar dela ou na próxima vez ficará sem a porra desse teu pau que elas tanto vem atrás.

Ryan só acena, sem discutir. Ele entende. Eu sou Hadassa Stevens, e ninguém me desafia sem pagar o preço.

Caminho até a porta, sem olhar para trás. Ryan me segue mas antes deixou ordem para dar um jeito na mulher que ficou lá jogada no chão do escritório e limparem a bagunça, e enquanto deixo aquela cena para trás, sei que acabei de estabelecer uma nova regra aqui. Essa marca no rosto dela vai ser um lembrete de quem está no controle.

E esse controle é meu.

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