Capítulo quatorze
Peço que o motorista me leve e é questão de minutos. Pela terceira vez estou nesta casa noturna, a primeira para conhecer o local que meu dinheiro iria ser posto, a segunda para tirar satisfação com Sérgio e a terceira para mostrar para ele que não vou ser mais piedoso.
Impeço que o motorista abra a porta do carro para mim e saio. Gosto de ser um homem independente e ver um marmanjo abrir a porta é um pouco exagero, eu sou saudável e displicente e sou capaz de abrir a porta para mim.
Eu também dirigiria seu pudesse, mas depois de uma tentativa de sequestro a minha pessoa sou obrigado a andar com esse guarda. O que ter dinheiro não faz, as vezes sinto falta de quando era pobre e vivia tranquilo, mas aí recordo que por falta de dinheiro meus pais me abandonaram. Não sei quem definitivamente eram, mas sei que foi devido a pobreza, eu era pequeno mas me recordo de algumas coisas.
Quando dou por mim já estou sendo recepcionado por uma host como dizia Sérgio. E demos uma troca de olhares. Tem algo familiar naquela menina. Mas não é só isso, ela me chama atenção e me atrai daquela forma. Ela desvia o olhar de mim tímida quebrando nossa conexão e talvez um pouco meiga. Balanço a cabeça afastando dos meus pensamentos. Uma pessoa meiga e tímida não trabalharia em um lugar assim.
Vou para o escritório e Sérgio não se encontra e em seu lugar, e nele está um segurança que me diz:
— Senhor Sérgio saiu e não volta por hoje.
— Fale para ele que amanhã eu voltarei por volta das nove.
Viro as costas e saio com raiva aquele idiota quer me fazer de idiota. Mas ele ainda não conhece o verdadeiro Gabriel Bragança. Se ele pensa que só ele é perigoso está muito enganado, não terei mais pena por ser meu filho.
Caminho rumo a saída porém fico observando aquela menina trabalhar, linda, ela nem sequer repara como os homens a comiam com os olhos, tão sexy.
Subitamente um homem nojento bate na bunda dela e percebo sua cara de raiva, talvez eu tenha a julgado mal e ela esteja ali por falta de opção.
Resolvo investigar.
Por hora decidi fingir ir embora. Vou ficar esperando, pegar o Sérgio desavisado.
— Boa noite senhor Bragança! — Elza me cumprimenta e eu balanço minha cabeça cumprimentando-a.
— Novidades? — pergunto para ela e ela nega.
Então saio dali e entro no carro.
— Para onde vamos senhor?
— Vamos para aquela esquina ali. Um ótimo ponto, que dará para ver quem sai, mas ninguém nos notaria, porque estamos camuflados na escuridão.
Graciano o guarda e motorista nunca demonstra desaprovação em minhas ordens, porém aquela ali. Ele fez um olhar de questionário, mas não se atreveu desobedecer.
Horas mais tarde. Nem sinal de Sérgio ou dos amigos dele, porém vejo aquela linda garçonete andar pela rua íngreme e escura e resolvo descer do carro quando percebi que tinha alguém a seguindo.
— Me aguarde aqui! — pedi ao Graciano.
Alcanço o infeliz que a perseguia e seguro em seu braço o puxando lhe dando um soco, não dando tempo do homem reagir.
— Se acha muito homem por pegar uma mulher desprendida né?! — outro soco. Ele tenta reagir mas seguro sua mão em punho, giro ele e o enforco com o antebraço.
— Se voltar a seguir lá, você morrerá!
— Q.u.em.e. .v.v.o.c.ê.?
— Sou Bragança!
Sinto a garganta dele mexer engolindo em seco preocupado. Ele sabe quem sou e, tão perigoso posso ser. Minha fama não é nada boa.
— Eu prometo, prometo. Ela é toda sua. — o solto e ele foge correndo em direção ao contrário dela.
Sabendo que não posso confiar em um porco, volto a Estatelar.
O guarda permite minha entrada.
— Sabe onde posso encontrar Elza?
— Ela está no depósito.
Caminho rumo para lá.
— Elza! — ela se assusta quando me vê.
— Senhor.
— Quero-lhe pedir outro favor!
Elza já trabalhava para mim espionando algumas coisas que Sérgio fazia. E ela dizia que tinha uma coisa para me contar sobre Marcela. Porém naquele momento não quis saber.
— Sobre os negócios?
— Depois falaremos de negócios. — digo seco e frio.
— Mas o que tenho a contar não é negócios. — ela comenta.
— Depois Elza, depois!
Ela consentiu com a cabeça mesmo a contragosto.
— Não deixe aquela novata andar por aí sozinha. Ofereça carona eu te pagarei mais.
— Senhor tenho que falar que descobri.
— Elza agora não, eu preciso ir.
De volta a minha casa, depois de alguns dias, encontrar com ela aqui e descobrir que ela e a suposta esposa de Sérgio, meu sangue chega gelar de raiva. Agora mais que nunca preciso adiantar meus planos.
Eu andava por esse escritório inquieto e com raiva, Sérgio poderia ter qualquer mulher mas teve que escolher logo ela.
A ver milímetros de distância de mim, tão perto e ao mesmo tão longe, me fez recordar a quando tomei para mim. A química que tivemos. Eu não estava no meu juízo perfeito, afinal meu próprio filho tinha me drogado e se não fosse por Elza ter me orientado ir para aquele quarto e usar aquele banheiro, o único quarto onde não tinha câmeras. Eu já estaria em ruínas. Ele teria me levado uma das suas prostitutas. Sergio teria as gravações e iria me chantagear ou venderia para um jornal de mídia. Imagino o escândalo.
— E será aquela novata? — lembro de me perguntar a Elza.
— Não! Ela não, Cristal está aqui sem opção, para ajudar o irmão e pagar a faculdade.
Cristal bonito nome, combina com ela, que reluz sua luz por onde passa.
— Peça que ela vá até o quarto.
— Senhor!
— Não vou forçá-la a nada.
— Ela não é desse tipo, senhor.
— E por isso quero ela antes que a droga faça realmente o efeito.
Ela me entrega a chave e vigia para despistar o segurança.
Subi o elevador já suando frio, e sentindo o corpo queimar por dentro. Meu pênis endurece e os cocos começam a doer. Assim que o elevador abre as portas vou correndo me camuflando até o quarto para não ser notado nas câmeras. Abro a porta e vou diretamente em direção ao chuveiro tomar banho de água fria com roupa e tudo para que um pouco do efeito passe e possa conversar com ela. Minha intenção era conversar com ela, iria pedir que trabalhasse para mim espionando o Sérgio. Elza não tem sido de muita ajuda e não me conta muita coisa, ela é medrosa, mas aquela garota ali era destemida.
Ainda me recordo de seus gemidos do pé do meu ouvido. Os olhos de luxúria, uma tentação de mulher.
Eu não resisti a ela e não posso culpar a droga foi nossa química.
Depois do ato concebido, e com uma dor de cabeça indesejada, me envergonhei muito, e sem acordá-la resolvi ir embora. Vesti exatamente a mesma roupa, um terno de negócios caro, embora a postura seja orgulhosa, mas entre as mãos e os pés elegante com postura calmo eu estava desorientado e sem que ninguém me notasse vou embora sem dar a chance de Elza me contar o que descobriu. ” Será que era sobre o casamento de Sérgio com Cristal? Eu deveria ter a ouvido”
Voltando para a mansão, a governanta Sirlene levou um susto com a minha roupa molhada. — Senhor, o que aconteceu?
—Me meti em uma situação um pouco complicada, vou subir e tomar um banho primeiro.
Ela me acompanhou e começou a subir as escadas.
—Vou preparar seu banho. — disse Sirlene, sem se atrever a perguntar mais e correndo para preparar as coisas.
Poc,poc
Sou despertado dos meus devaneios quando alguém bate à porta.
— Pode entrar! — Deve ser Fernanda com a água que pedi.
Porém quando me viro me deparo com ela ainda naquele vestido de noiva. Tão linda, e aquela cara de sapeca.
— O que faz aqui? — digo ríspido.
Ela congelou incerta do queria fazer, e li duas coisas do seu rosto, ela não parecia feliz por ter se casado e nem o apreciava.
— Saia! — eu pedi com tom gélido.
Eu não poderia.
— Só vim ajudar com a água. Instantaneamente ela corou provavelmente por se recordar do mesmo que recordei os nossos corpos unidos.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Andreia Cristina
hum safadinho gostou de passar a noite com ela né kkkkkkk
2024-08-23
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