7. ENCONTRO

Quando ouvi aquela voz profunda e sedutora, tirei a areia do meu rosto e me voltei para descobrir quem era o autor daquela fala. Para minha surpresa, reconheci o homem da festa. Ao respondê-lo, tomei cuidado para não demonstrar medo, mesmo diante de sua intimidação.

— LÍVIA: Não estou aqui para roubar, senhor. Estou apenas em busca de abrigo.

Ele me olhou com desprezo e um brilho perigoso nos olhos.

— DESCONHECIDO: eu conheço você! É a garota insolente que pisou no meu pé! O que você está a fazer aqui, sua desgraçada? Está-me seguindo? Vai porra desembucha logo

LIVIA: Você está completamente fora de si! Não estou seguindo ninguém, eu realmente estou indo embora daqui!

Assim que pronunciei essas palavras, ele me pegou no colo com uma força inesperada e me lançou sobre seus ombros musculosos. Tentei gritar e me debater, mas foi em vão; minha resistência não teve efeito algum.

Depois de um breve periodo, chegamos a um celeiro isolado. Assim que ele entrou, me amarrou firmemente a um pilar de madeira, e pude ouvir sua voz profunda e intimidadora novamente.

DESCONHECIDO: escute bem, garotinha. A senhora invadiu a propriedade errada. Agora, tem duas opções: pode falar, do modo fácil, ou dó difícil. E qual vai ser?

LÍVIA: meu Deus! O senhor está completamente fora da realidade! Ok, deixa eu explicar. Eu fugi de Mariano Smith. O meu pai escolheu ele para ser meu noivo, e eu não tive opção alguma decisão. Então, numa estrada não muito perto daqui, aquele sujeito nojento começou a tocar-me de um jeito que eu não gostava. Num momento de desespero, eu mordi-o, aproveitando a dor dele para conseguir escapar. Eu corri por horas, sem parar, até finalmente encontrar este lugar. Eu não posso voltar para lá, de jeito nenhum! Não quero-me casar com aquele homem velho e repugnante; ele é o dobro da minha idade! Só de olhar para ele, sinto um medo enorme.

DESCONHECIDO: Ok viu Não foi difícil falar, nos vemos daqui algumas horas

LIVIA: oque aaonde vai? Não pode deixar-me aqui

DESCONHCIDO: irei investigar para vê se o que fala é a verdade, fique tranquila eu consigo rápido, tenho muita influência digamos assim (risos).

Aquele imbecil vira as costas e deixa-me ali, que ódio sujeito mais desconfiado credo até parece que ele é o único rico daqui.

**ROBERT** **NARRANDO**..........

Sai do celeiro e a deixei amarrada ali para investigar o desaparecimento de uma garota. Se ela é noiva daquele sujeito, com certeza ele não vai querer perder o 'prêmio' dele, rsrsrs. Quando saio, Deivid vem ao meu encontro, sempre preocupado. Confesso que acho isso legal da parte dele, mas às vezes chega a ser irritante; ele parece meu pai.

DEIVID: Senhor, está tudo bem? Quem o senhor prendeu no celeiro precisa de ajuda?

ROBERT: muitas perguntas, Deivid. Vá até à cidade e veja se encontra algo, de alguma garota desaparecida a noiva de Mariano Smith para ser mais exato.

David concordou , acenou com a cabeça, pegou seu carro e seguiu até o local que eu havia designado para ele. Em seguida, eu fui para o trabalho.

Após aproximadamente uma hora, avistei David chegando, então decidi ir até ele para saber as novidades.

— E aí, quais são as novidades? — perguntei.

— Senhor, quem está desaparecida é a filha do fazendeiro Johnson. Lívia Johnson desapareceu logo após o rodeio — respondeu David.

— Interessante. Você pode voltar ao trabalho agora. Obrigado pela informação — eu disse.

Após confirmar a situação envolvendo a garota, decidi ir até o celeiro para apresentar uma proposta a ela.

Ao chegar ao celeiro, percebo que ela está na mesma posição em que a deixei, com a cabeça baixa. Então, decido chamá-la pelo nome.

— Lívia — digo, e ela levanta a cabeça, fixando os olhos em mim.

Seu olhar transmite confusão, e, em seguida, ela me pergunta:

— Como você sabe o meu nome? Eu não me lembro de ter te contado.

Respondo com calma:

— Descobri tudo o que precisava. Estava certa ao dizer que fugiu; estava realmente em busca de abrigo. Mandei o meu gerente entrar em contato na sua cidade para investigar o seu desaparecimento, e a única pessoa desaparecida é você.

Se você estiver interessada em ficar no abrigo, eu gostaria de fazer uma proposta. Eu posso desamarrar você e levá-la para a minha casa, onde você poderá tomar um banho e se trocar.

LÍVIA: Obrigado, Senhor. Aceito a oferta. Estou suja, suada, cansada, com sono e com fome.

Então, eu digo a Lívia para me seguir e ela me acompanha sem demora. Chegamos rapidamente à minha casa e eu a levo até o quarto que possui uma suíte, onde ela poderá tomar um banho e descansar. Eu também comento que irei trazer algumas roupas para ela, e ela concorda com a ideia.

Após isso, eu me retiro abro meu guarda-roupa e observo os vestidos da Helena. Faço uma oração pedindo perdão a ela, mas explico que a doação é para uma causa social. Decidi doar um dos vestidos, e em seguida, solicitarei ao David que vá à cidade para comprar roupas novas para ela. Nunca imaginei que teria que ceder um vestido da mulher que amo para que outra mulher o utilize. Deixo o vestido em um canto do quarto e, em seguida, saio para a sala. Na cozinha, preparo um simples pão com ovo e saboreio um café quente que ainda exala fumos aromáticos. Depois de me alimentar, retorno à roça, onde as tarefas me aguardam.

Mais tarde, por volta das seis da tarde, eu e os peões decidimos encerrar o dia e afastamos-nos, cada um seguindo o seu próprio caminho. Quando finalmente chego em casa, não consigo acreditar no que vejo: Lívia está sentada no sofá. Ela tem os cabelos ruivos elegantemente presos de lado, (realça) sua beleza estonteante. A sua pele clara parece brilhar sob a luz suave da noite, uma irá me consome, pois o seu jeito ingénuo dela lembra-me Helena, e ela com esse vestido não ajuda.

Decidi ir direto ao ponto da conversa.

ROBERT: A proposta é a seguinte: você terá a oportunidade de ficar na minha fazenda, na minha casa, na posição de empregada. Suas responsabilidades incluirão lavar, passar, cozinhar e limpar. Além de ter a casa como seu lar, você receberá um salário. Não irei cobrar nada pela sua estadia e nem pela comida, mas terá que seguir as minhas regras.

Ela me olha com uma expressão intrigada e pergunta:

LÍVIA: Quais são as suas regras?

Eu, então, respondo:

Primeira regra: a senhora não pode entrar no meu quarto sem permissão, independentemente do que possa ouvir lá de dentro, 2 regra não se meta na minha vida 3 regra não saia do seu quarto depois da 00 noite estamos entendidos? _Digo de uma forma fria

LIVIA: Sim, senhor, aceito a sua proposta e a sua regras desde já agradeço.

ROBERT: pode subir para descansar, amanhã a senhora começa o seu trabalho.

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