Deivid
— Meu horário de levantar é às quatro e meia. Como sou o gerente e braço direito do meu chefe, ele sabe que eu prefiro começar o dia cedo. Assim, começo a me arrumar, visto minha calça e minha bota, e já escovei os dentes. Em seguida, pego meu cavalo e sigo até a fazenda, já que moro próximo a ela. Estou sempre à disposição para atendê-lo, caso seja necessário.
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IRREALIDADE.
—Em um vasto campo coberto de flores coloridas, o céu brilhava com a luz quente do sol. Era uma tarde encantadora, perfeita para desfrutar da companhia da pessoa que eu mais amava. Sentados sobre a grama macia, inclinei-me para que ela encostasse seu lindo rosto em meu ombro. Com carinho, passei delicadamente a mão por sua pele suave e delicada, um toque que sempre me fez sentir próximo dela. Ao mesmo tempo, minha outra mão deslizava suavemente sobre sua barriga, que já começava a se arredondar com a espera do nosso garotão, que nasceria em apenas um mês. Estávamos radiantes de felicidade, sonhando com o futuro.
Robert Na Realidade.
Acordo em um sobressalto, chamando pelo seu nome. Minha visão parece ainda envolta em escuridão, e, nesse momento, sinto-me cego. Levanto-me e, após um instante de confusão, percebo que estou no meu quarto, ajoelhado ao lado da cama. Olho para a sua foto e, subitamente, lágrimas inundam seu retrato. Minhas mãos, tremulas de tristeza, seguram o quadro, mas não consigo conter a dor. O objeto escorrega de meus dedos e se estilhaça no chão. A frustração e a tristeza se abatem sobre mim, e, em um impulso, quebro um copo e uma jarra. Com tudo isso, sou surpreendido por Deivid, que abre a porta do meu quarto. Seu semblante é severo, como se quisesse me julgar, e sinto a necessidade de demonstrar firmeza, embora a ideia de me mostrar fraco diante de outro homem seja inaceitável. Assim, abro a boca e peço explicações.
Robert: “Por que você entrou em meu quarto, Deivid, sem bater e sem a minha autorização? Aguardarei sua resposta.”
Deivid: “Senhor, peço desculpas. É que ouvi alguns gritos vindo da sua janela e resolvi entrar. Está tudo bem com o senhor?” _ Noto que tem alguns vidros quebrados pelo chão e rapidamente olho para meu chefe novamente.
Robert — Não é da sua conta, saia do meu quarto.
Deivid — Desculpe.
Saio da casa do patrão mas saí e não deu tempo de explicar que a vaca estava tendo um bezerro. Preciso ficar de olho para ver se está tudo certo e se não vai ter complicações. Vou até onde a Mimi está, a observo de longe, marco a hora no meu relógio e mantenho distância para não atrapalhá-la, Após meia hora, tudo transcorreu de maneira satisfatória. O veterinário verificou se havia outros possíveis fetos, colocou as luvas e realizou o toque na Miní. Após alguns minutos, constatou que não havia mais nada além do que já havia nascido. Agradeço pelo excelente serviço prestado, e o veterinário se despediu, enquanto o chefe ainda não havia aparecido.
— Faremos uma observação da Mimi ao longo do restante do dia para verificar se ela expulsará os placentários remanescentes. Agora, proceedo com a homeostasia respiratória do bezerro. Após algum tempo, tudo está bem. Realizo também a remoção do muco, processo no qual vou secando-o e mantendo uma boa cobertura vegetal por até setenta e duas horas. Após esse período, a temperatura corporal dele estará normalizada. O dia passou rapidamente e, na hora do almoço, ainda não vi o Robert, o que me deixou preocupado com o chefe. Decidi então sair para almoçar sem muita demora.
Robert
— Passei toda a manhã e a tarde trancado em meu quarto. Meu primeiro café da manhã consistiu em três copos de Giant Texas Fire. Apesar disso, ainda consegui me manter de pé,A luminosidade estava ofuscante para os meus olhos. Resolvi ir à cozinha para preparar algo para comer e, enquanto me deslocava pela casa, chamei Helena várias vezes, mas não obtive resposta. Foi então que encontrei Deivid, que me perguntou se eu precisava de algo. Informei a ele que sim, e pedi que ficasse atento à fazenda, pois eu precisaria ir até Dallas, na casa do meu pai. Ele insistiu e mostrou certa teimosia, acreditando que eu não conseguiria dirigir a partir do meu estado. Ignorando suas hesitações, peguei minha caminhonete e segui viagem.
— Enquanto estava na estrada, pensei durante todo o percurso em Helena. Senti profundamente sua falta, é como se meu coração doesse por não tê-la mais em minha vida. Meia hora depois, já estava chegando à casa do meu pai. Ao entrar, pedi sua benção e, sem muito demora, ele percebeu que eu estava um pouco alterado. Sentei-me na cadeira e começamos a conversar. Bebemos algumas cervejas, rimos e jogamos cartas, mas logo ele notou que eu não estava bem e iniciou uma conversa comigo.
Jeferson — É uma honra, filho te vê por aqui mais e meio estranho, a sua presença por aqui há essa hora do dia, ainda mais vc quê não gostar de deixar a fazenda, e quê está sempre se dedicando em manter, tudo sobre as suas ordens, _Eu coloco a minha mão em seu ombro e ele se derrama, em lágrimas.
Robert — O senhor tem razão, pai. Não estou bem, estou bêbado. Não coloquei os pés do lado de fora na fazenda hoje. Estou sofrendo por Helena e ainda não sei o que fazer para tentar esquecer essa dor. Sou humano, pai, tenho meus defeitos. Tento me levantar para seguir em frente, para ir embora, mas mal consigo ficar de pé, e meu pai me intervém.
Jeferson — Ei calma ai filhão, entendo a sua dor mais a bebida não, vai te fazer esquecer filho prestar atenção o melhor, jeito quê você pode fazer é conviver e aceitar, eu sei quê dói mais sei quê você é forte, você já passou por coisas bem piores agora anda, logo vou te levar até na sua casa porquê eu sei, quê aqui você não vai conseguir dormir.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Sueli Silva
Amando essa história maravilhosa 💞😍
2025-03-16
0
Ana paula Nunes
👏👏👏👏👏👏😘❤️🥰❤️😘🥰❤️😘👏
2024-09-30
1
Silvana Ferreira
/Rose//Rose//Rose//Rose/
2024-08-10
5