Capítulo Dez

Capítulo Dez

Eros ( Vulgo Diabo)

Assim que voltamos da praia já fui pra sala ver se tava tudo certo pro baile, estava animado, precisava me divertir.

Resolvemos tudo, e continuamos na sala só vendo outros assuntos.

— Temos um alvo para segunda, depois passa as informações pras meninas. — Digo e Anjo assenti.

— Agatha falou que as duas não vão pro baile. — Anjo fala meio chateado.

— Porque ? — pergunto.

— Não falaram o porquê. — Ele diz.

Já estava no final da tarde, então resolvi ir comer algo e depois ir pra casa. Fechei a sala e os meninos me acompanharam. Descemos até a lanchonete e pegamos um lanche. Depois de comer, subi pra casa com meu irmão. Cheguei e fui tomar um banho, depois só me sequei, coloquei uma cueca e deitei pra descansar um pouco até a hora do baile.

…

Acordei com meu despertador tocando, me levantei e fui direto pro banheiro, fiz minha higiene e me troquei, passei um perfume e coloquei minhas correntes e meu relógio.

Desci as escadas e meus irmão já estavam esperando. — To chateada que as meninas não vão. — Minha irmã fala triste.

— Deixa elas maninha, elas tem bastante coisa pra fazer, no próximo elas vão. — Digo abraçando ela.

Saímos de casa e fomos de carro, assim que chegamos estava lotado, passamos por geral e subimos o camarote. O funk estava estralando, várias minas dançando. Peguei uma bebida e só fiquei lá aproveitando.

Algumas horas se passaram e vi o pessoal lá de baixo olhando para alguém que tinha chegado. Olhei de relance e vi uma ruiva entrar.

Quem era essa?

Vi ela acenando para o camarote, olhei para o lado e minha irmã estava com um sorriso enorme no rosto. Ela foi até a escada e foi aí que eu vi que era a Irina e a Ayko, as duas tinham mudado o visual. Olhei para Irina e ela tava mais linda ainda, por Deus, acho que até careca ela ficaria linda.

Quando ia me levantar para falar com elas, uma menina sentou no meu colo.

— Oi Chefinho, senti saudades. — Miranda diz tentando me beijar.

Nem dou bola pra ela e vejo Irina passando por mim, porra ela tava tão gostosa, aquela roupa tava me deixando louco.

— Diabo, tá aí? — Miranda fala comigo de novo.

— To, foi mal, hoje não tô afim não Miranda, vaza. — Digo tirando ela do meu colo.

A mesma fica emburrada e sai. A noite foi passando e não conseguia parar de olhar para Irina, vi ela ir dançar com as meninas. Depois de uns minutos elas subiram de volta e vi Irina ficar sozinha. Queria ir falar com ela, mas era melhor não.

Fiquei um tempo lá sentado apenas bebendo, até que ela parou bem na minha frente e se inclinou na grade pra fumar. Fui até ela e tentei puxar papo, mas parecia que ela não queria, então sai fora, só queria conversar e a mina nem ai, que se foda.

Continuei ali e logo vi elas indo embora, quando Irina tava descendo o camarote, me olhou e deu tchauzinho.

Fiquei só mais um pouco no baile e resolvi ir pra casa. Cheguei e já fui tomar banho, depois deitei e dormi.

…

Acordei com uma dor de cabeça do caramba, sem falar que só sonhei com aquela diaba.

Hoje era domingo e não queria levantar da cama, não ia fazer nada. Me levantei e fiz minha higiene, depois desci e tomei café com meu irmão e minha irmã, voltei pro quarto e fiquei assistindo filme até tarde, precisava de uma folga, era tanta coisa na cabeça.

A madrugada chegou e logo me arrumei para dormir, amanhã o dia seria pesado.

…

Acordei e fui direto pro banheiro tomar um banho, me troquei e desci pra tomar café.

— Bom dia, acabou as férias? — Elias dá risada.

— Porque você não cuida da sua vida. — Fico sério e os dois riem.

— Bom dia irmão, já acordou com seu bom humor de sempre. — Agatha ri.

Dou um beijo na testa dela e um peteleco no Elias.

Tomamos nosso café e fomos os três pra sala, chegamos lá e MT já estava nos esperando.

— Bom dia — MT cumprimenta todos nós.

Respondemos eles e nos arrumamos para trabalhar. — Já mandou o relatório ontem pra Ayko né? — Pergunto.

— Sim, elas devem estar chegando por aí pra falar da missão. — Elias fala.

— Ótimo, espero que dê tudo certo. — Volto minha atenção pro notebook.

— Diabo, falei com um informante meu e parece que o dono do alemão tá querendo invadir, mas esse nem é o problema, o cara disse que ele tá cheio de informação do morro. — MT diz e meu sangue já ferve.

— Já quero que vão atrás desse cara, já sabem oque aconteceu com quem me trai. — Digo nervoso.

Quando MT ia falar algo, alguém bateu na porta. — Entra.

— Bom dia. — Irina entra junto com Ayko.

— Bom dia pessoal. — Ayko entra sorridente.

— Bom dia meninas. — Agatha já vai abraçar elas.

— Bom dia. — Digo.

Os meninos cumprimentam elas e logo as duas se sentam. Noto que Irina está quieta, ela se senta encostada na poltrona e cruza os braços, noto também que está usando um óculos de sol.

— Viemos falar da missão de hoje. — Ayko diz..

— Pode falar. — Olho para elas.

— Bom, essa vai ser mediana, teremos que invadir, o galpão é totalmente fechado, tem cerca de cinquenta homens, as câmeras já foram hackeadas então tenho cada passo deles. — Ayko fala tranquilamente e entrega alguns papéis para mim.

— Quantos homens vão precisar? — Pergunto.

— Nenhum. — Ayko fala e a encaro.

— Como assim? — Elias pergunta.

— Creio que a missão de, para fazer apenas eu, Irina, MT, Anjo e você Diabo. — Ayko me olha.

— Já mando o papo, o cara é perigoso, e não quero ter que enterrar ninguém. — Falo sério.

— MT e Anjo, vão ficar do lado de fora, para poder se comunicar comigo e Irina, você Diabo vai ficar apenas olhando as câmeras e passando as informações importantes, eu e Irina entramos. — Ela fala tão tranquila que até me assusta.

— Vocês são loucas? Não vou deixar entrarem naquele galpão com mais de cinquenta homens. — Fico sério.

— Diabo, vai ser coisa rápida, eu e Irina somos treinadas, já fizemos isso várias vezes, e outra qualquer problema, você verá e poderá nos alertar. — Ayko fala.

Olho para Irina que está o tempo todo calada, é a primeira vez que a vejo dessa forma, ela não parece bem. — Eu não sei, vou pelo menos mandar alguns homens juntos, para um plano B. — digo e Ayko bufa.

— Você quem sabe, não será necessário, mas se precisa tanto, leve seus homens. — Ayko me entrega outros papeis. — Saímos daqui às 19h.

— Ótimo. — Digo e as duas se levantam sem falar nada e saem.

Que porra! Essas duas só podiam ser loucas, eu não sei bem o que elas faziam na Rússia mais aqui e diferente, não vou colocar as duas em risco, só porque dizem que são assassinas.

— Cara, essas duas são realmente loucas. — Anjo fala soltando um suspiro.

— Eu estou adorando, queria ir, mas vocês não vão deixar. — Agatha diz triste.

— Não mesmo. — Todos nós falamos e ela dá risada.

— E outra, oque aconteceu com a Irina? Tava calada hoje. — Anjo fala.

— Realmente, ela não é assim, aí tem coisa. — MT diz.

Não falo nada, mas eles têm razão, depois converso com ela.

Continuamos trabalhando e logo deu a hora do almoço, saímos todos juntos e fomos para o restaurante, assim que cheguei, vejo Ayko almoçando sozinha.

Nos aproximamos dela e a mesma não parecia bem. — Boa tarde Ayko. — Anjo fala e ela nos olha.

— Boa tarde pessoal. — Ela força um sorriso.

— Podemos comer aqui com você? — Agatha pergunta.

— Claro, pode sentar.

Nos sentamos e logo veio a atendente, fizemos nossos pedidos e ficamos esperando. — Cadê a Irina? Vocês sempre tão juntas. — MT pergunta e vejo Ayko suspira triste.

— Ela ficou em casa hoje, o dia de ontem não foi muito bom para ela. — Ela fala dando uma garfada na comida.

— Quer falar sobre? — Agatha olha meio chateada.

— Não, Irina é assim, às vezes ela só fica mal e se fecha, eu apenas dou espaço. — Ela diz e vejo que está realmente triste.

Vejo que ambas são como irmãs e tentam cuidar sempre uma da outra, é nítida a preocupação de Ayko. Só queria saber o que aconteceu.

….

Não esqueçam, meu amores ❤️

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