Capítulo Quinze

Capítulo Quinze

Irina

Fiquei puta com Eros, mas no final eu agradeci mentalmente por ele ter me trazido de volta.

Abracei com carinho ayko e pedi desculpas pra ela, o pessoal logo em seguida veio me cumprimentar e todos falaram que estavam com saudades de mim.

Me sentei ao lado de Agathe e ayko e começamos a conversar.

— Como você tá? — MT pergunta.

— Tô bem. — Abro um sorriso.

— Cara, a próxima vez que tu ficar presa naquela casa, jogo uma bomba lá dentro. — Agatha fala seria.

Não aguentamos e damos risada. — Quer me matar garota? — Digo rindo.

— Se for necessário. — Ela cruza os braços e me encara.

Agatha não aguenta muito e cai na gargalhada.

Anjo me deu uma cerveja e comi um pouco de carne. Quando o pessoal estava em outro assunto, fiquei observando Eros na churrasqueira, ele está lindo, usando uma bermuda e uma camiseta de um tal Flamengo.

Vi ele se afastar pra dentro da casa e aproveitei para ir atrás, queria pedir desculpas pela forma que tratei ele aquele dia, eu só não tava bem, sei que sou bruta, mas às vezes as pessoas não merecem minha raiva.

Entrei e vi ele pegando uma cerveja, o mesmo abriu ela e quando ia voltar bateu de frente comigo e levou um susto.

Pedi para falar com ele e pedi desculpas, ele foi super gentil comigo, fiquei feliz por isso, Eros realmente é uma pessoa boa quando quer é claro, quando merecem sua bondade.

Quando já ia sair ele me puxou e me abraçou de forma carinhosa. Não sei o porquê, mas quando senti meu corpo no dele, meu olhos encheram de lágrimas e eu só desabei.

O abraço acabou e ele foi super atencioso, ao sentir sua mão em meu rosto, fechei meus olhos e me assustei quando seus lábios tocaram o meu.

Pensei em empurrar ele, me afastar e sair, mais por Deus, quando senti seus lábios macios, meu coração disparou, ele pediu passagem e eu apenas dei, o beijo estava maravilhoso, a única coisa que fez nos dois separar, foi a falta de ar.

Eu só consegui olhar ele assustada, apenas disse algumas palavras e sai, sem ouvir oque ele tinha para dizer.

Meu coração estava acelerado, sai pra fora e me sentei ao lado de Ayko. — Tá tudo bem ? — Ela me olha preocupada.

— Ta sim. — Digo sem olhar para ela.

— Vamos para piscina meninas? — Agatha pergunta animada.

— Vamos sim — Digo vendo que Eros está vindo.

Sigo as meninas e vamos para um banheiro na parte de fora, assim que entramos, começo a tirar meu short e minha blusa. Ficamos as três apenas de biquíni e saímos.

— Tá precisando pegar uma cor Irina, se ta muito branca menina. — Agatha diz e dou risada.

— Realmente preciso. — Digo

Entramos na piscina e está uma delícia, olho para a mesa dos meninos e os três estão nos olhando.

— Os meninos não tem nem vergonha de estar secando nos três — Ayko fala.

— Realmente. — Agatha dá risada.

— Como você e o Anjo estão, Ayko? — Pergunto e ela arregala os olhos.

— Eu… e… ele… não temos nada. — Ayko fica vermelha na hora.

— Meu deus Ayko, vai explodir de tão vermelha. — Agatha joga água nela.

— Não tem vergonha de mentir. — Dou risada.

— Não to mentindo, nós somos amigos, nada alem disso. — Ela fala e noto que ficou chateada.

— Acho que não, anjo vive te olhando. — Agatha diz.

— Vamos deixar essa conversa de lado, estou com fome, vamos voltar. — Ayko fala saindo da piscina.

Eu e Agatha damos risada e logo saímos também, me seco e coloco novamente minha roupa. Noto que Eros fica me olhando às vezes e isso faz meu corpo se arrepiar todo.

Eu realmente não entendo o'que eu e Eros temos, desde o primeiro dia que o vi, senti algo diferente, como se já nos conhecêssemos, uma conexão estranha.

Estou perdida em meus pensamentos quando ouço o celular da Ayko apitar, ela pega imediatamente e olha o mesmo. O toque é uma notificação quando não há algo certo com nosso sistema que usamos para hackear o Abram e o Arseny.

— Temos que ir pra casa. — ela diz se levantando apressada.

— Claro. — Me levanto junto com ela e seguimos para fora sem falar com ninguém.

Não morávamos muito longe, senti alguém vindo atrás de nós duas e logo que me virei Anjo nos encarava.

— Tá tudo bem? — ele pergunta preocupado.

— Sim, só temos que ir agora, resolver uns assuntos. — digo e dou um sorriso a ele.

Não tive tempo para responder e sai, indo atrás de Ayko que já está bem mais a frente.

Chegamos em casa e ela já pegou o notebook e começou a digitar freneticamente, não falei nada com ela, no momento certo Ayko me falaria o'que estava acontecendo.

Me sentei ao seu lado e apenas aguardei. — Abram mandou um investigador para o Brasil, por algum motivo ele acha que podemos estar aqui. — ela diz sem tirar o olhar da tela.

— Isso não é bom, rastrear o cara, temos que ficar bem longe dele. — Digo me levantando e andando de um lado para o outro. — Quero também que tente verificar por onde eles andaram no último dia, se os dois estão achando que estamos aqui, vão tentar se aliar com alguém.

— Já estou fazendo isso. — ela diz e seus dedos continuam teclando sem parar o notebook.

Pego meu celular e mando uma mensagem para o Léo, vir para cá. Em poucos minutos ouço alguém batendo na porta. Caminho até lá e quando abro, Leo está parado e logo atrás dele Eros de braços cruzados.

Soltei um suspiro e abri passagem para eles sem falar nada. — O'Que aconteceu ? — Léo pergunta.

— Abram mandou um investigador para o Brasil, creio que está achando que estamos aqui e isso não é bom. — Digo. — Ayko está rastreando qualquer conversa ou algo que se refere ao Brasil.

— Merda, vocês precisam ficar quietas por um tempo. — Léo anda de um lado para o outro.

— Creio que seja melhor ir embora, ficar em um hotel por um tempo, não podemos colocar o morro em risco, nem vocês. — Digo e Eros me encara.

— Não precisa disso, vocês vão ficar aqui, se tentarem algo vamos nos ajudar. — Eros fala.

— Não quero envolver vocês nisso mais ainda, o combinado foi só você nos esconder.— Digo apoiando as mãos na mesa. — Abram e Arseny são perigosos, e estão atrás de mim e da Ayko a anos, não quero que aconteça algo com vocês.

— Para com isso Irina, somos fortes também, eu e Diabo temos os morros mais fortes daqui, se nós nos juntarmos, podemos lutar nessa guerra com vocês. — Ele diz e vejo seus olhos de preocupação.

— Não posso fazer isso, essa guerra não é de vocês, essa guerra é minha e da Ayko, já estávamos finalizando nosso plano para derrubar os dois, vamos apenas acompanhar agora esse investigador e assim que ele tirar o pé daqui, vamos voltar para Rússia. — Digo com firmeza.

— Irina, aqui podemos te ajudar, não acho necessário ir embora desta forma, lutar sozinha. — Eros fala.

Notei algo diferente em sua voz, como se lá no fundo ele estivesse me implorando para ficar. Que merda Eros, não faz isso!

— Não! — Passo a mão no rosto, minha voz sai um pouco alta.

Eros fecha a cara e começa a andar para o outro lado. — Porque você não aceita a porra da nossa ajuda? — Vejo a raiva em suas palavras.

Leo encara ele, como se estivesse tentando entender o que está acontecendo.

— Você ia gostar se a porra do seu irmao morresse por conta dos nossos problemas, você ia gostar se a Agatha morresse, por causa que dois lunáticos estão atrás de mim e da Ayko. — Fala nervosa. — O'Que você ia fazer se os dois morressem? Ia nos perdoar? Ia ficar tranquilo, sabendo que se não tivesse nos ajudado, nada teria acontecido? Em Eros. — grito pra ele. — Você faria oque porra?

Ele me encara e Leo também me encarou incrédulo. — Vamos embora Ayko, arruma as coisas e veja um hotel um pouco afastado. — Digo para ela que apenas concorda e se levanta. — Léo assim que o investigador ir embora te avisamos, e qualquer coisa que acontecer, ou que estiver estranho, nos liguem, vamos vir correndo.

Saio da sala e vou para meu quarto sem esperar resposta deles. Pego uma mala e coloco algumas roupas, vejo uma sombra na porta e já sei que é Eros.

— Não vai. — Ele fala andando devagar até onde estou.

— Eros, Por favor. — Digo me afastando.

Continuo arrumando as coisas, sinto que ele se aproxima mais. — Podemos proteger as duas. — Ele fala colocando a mão no meu ombro.

Quando ia responder ouvimos o barulho de fogos, não entendi, mas pela cara de Eros era algo grave.

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