Ataque surpresa

...KATHERINE...

"Gostaria de vê -la um dia Catarina?" Pergunta o moleque com um orgulho maior do que o pinto, sorrio como um lobo esperando afasta-lo, mais parece que ele só tá olhando para os meus seios.

" Eu adoraria passar mais tempo com a senhora" Senhora tá no céu.. não é porque eu me visto como uma senhora que eu tenha que ser chamada.

Eu acho que vou acabar enfiando a minhas próprias lâminas em minha garganta, ESSE PIRRALHO NÃO PARA DE FALAR!.

Quando ele vai se tocar que eu tô pouco me fodendo pra porra da mansão dele que é 100 vezes maior que essa.

"interessante.." digo esperando que ele cale a porra da boca...

"Kaio," acrescenta ele às minhas palavras. Dou um sorrisinho e pego a taça com uma bebida que nem sei o que é, mas é melhor beber do que ouvir esse pirralho.

Ele começa a falar sobre seus pais e terras, mas me viro para ver como Marry está. Ela ainda parece estar conversando com o dono da festa chata, ambos estão bem longe da mesa, mas ainda consigo vê-los, graças à minha boa visão e o cabelo ruivo cor de fogo do Anfitrião.

"Gostaria de dar uma volta?" Ele pergunta, mas estou mais interessada na taça deixada pelo outro nobre que estava aqui alguns minutos atrás.

Sério que eles me deixaram com esse moleque? poderiam ter deixado só as taças mesmo.

"Estou afim de ficar sentada, obrigado. Mas se quiser, pode ir." Por favor, vai...

" De jeito nenhum senhorita, estou amando a sua companhia, daqui ninguém me tira." Dou uma leve revirada nos olhos enquanto ele está ocupado rindo de si mesmo.

Se eu apontar uma lâmina na cara dele, será que ele muda de ideia? Uma possibilidade, já que estou quase pegando uma delas no cinto do vestido negro.

Não o que eu acidentalmente rasguei óbvio.. esse é outro que as funcionárias me deram, não tão ruim e nem apertado então aceitei.

"O tempo está realmente incrível hoje, não acha?" Concordo deixando-o continuar sua " incrível poesia" sobre o dia. Meus olhos passam dele para Marry rapidinho. Tento balançar a cabeça para ele continuar pensando que ainda o estou ouvindo. Mas volto minha atenção totalmente para Marry quando ela, de repente, para de andar. Algo não parece certo, ela está olhando de um lado para o outro como se estivesse procurando algo, ou alguém, em meio às mesas.

De repente, ela sai de perto do anfitrião, seus passos são rápidos. Para onde ela está indo? Será que ela esqueceu que eu tenho que ficar atrás dela? Que droga... primeiro ela me joga nessa festa ridícula, me deixa com esse merdinha e depois sai correndo, fazendo com que eu tenha que correr atrás dela de vestido...

Maravilha de trabalho, ein...

"Com licença, eu preciso ir agora." Levanto-me rapidamente, sem tirar o olhar de Marry, que segue até os fundos da mansão.

"O que aconteceu?" Ele pergunta com um tom confuso, mas o ignoro, já correndo para não perder Marry de vista.

Escuto-o perguntar novamente, mas nem ao menos olho para trás, sigo pela multidão que me lança alguns olhares curiosos. Passando por uma mesa de mulheres, não posso deixar de notar seus olhares descendo e subindo pelo meu corpo.

O povo daqui me lembra a Rebecca em vários sentidos...

Quando finalmente saio da festa e vou para os fundos, não vejo mais nenhum sinal de Marry. Mas o caminho é único, então ela deve ter passado por aqui e seguido para a floresta à frente.

Corro para dentro da floresta, mas paro assim que sinto uma presença que definitivamente não é da Rainha à frente. Meu corpo rapidamente endurece em defesa, meus olhos permanecem atentos quando volto ao correr com mais cuidado pela floresta.

Continuo a correr esperando encontrar alguém, mas ainda não encontrei Marry... onde ela foi?

Paro, sentindo-me ofegante, meus passos não são tão rápidos com esse maldito vestido...

Cerro os punhos com frustração.

Concentre-se, Katherine... ela pode ter se metido em encrenca... só espero não descobrir algo que não tenha a ver comigo...

Afastando os pensamentos, deixo o silêncio tomar conta do ambiente, relaxando os músculos e ajustando a respiração. Deixo que os sons da floresta sejam a única coisa que me guie.

De repente, um som de água chama minha atenção em meio à floresta.

Isso não parece ser bom...

Com uma mão no cabo da langseax, corro em direção ao som, sem deixar meus passos visíveis para quem quer que seja.

Ao chegar no que parecia ser um rio, sou surpreendida ao ver um homem alto com uma das mãos no pescoço de Marry, empurrando-a para o fundo da água.

Marry luta para sobreviver, suas pernas batem desesparadas sob a grama molhada pela a agitação causada pela a sua cabeça lutando para sair da água.

Corro diretamente para eles, mirando diretamente no pescoço do desgraçado, ergo a langseax, pronta para corta-lo mais, ele acaba desviando no último segundo, escapando com apenas um corte no ombro.

Merda de vestido.. ele me notou por causa desses passos pesados.

Ele se afasta de Marry finalmente a deixando respirar, lanço um olhar rápido para ela, para vê se ela estava bem, mais ela não está levando... como se estivesse desacordada.

Merda..

Quando volto o olhar para o cara vejo o sair correndo entre as árvores.

Acha mesmo que vai fugir?

Pegando as minhas velhas lâminas, miro em seu pescoço mais uma vez, enquanto ele ainda está em movimento.

Quando ele dá uma leve olhada para trás já é tarde demais.

As lâminas cortam o ar com violência,

mirando implacavelmente o pescoço do

agressor. O som do impacto é

acompanhado por um grito de agonia,

ecoando pela floresta enquanto o corpo

cai sem vida no chão, incapaz de escapar

do destino cruel selado pelas lâminas fincadas em seu pescoço.

Mantenho os meus olhos em seu corpo caído até que eu tenha certeza que ele realmente esteja morto.

Merda a Rainha!!

Minha respiração ofegante ecoa no silêncio tenso da floresta enquanto me aproximo rapidamente de Marry. Ajoelhando-me ao lado dela, viro-a cuidadosamente, sentindo o peso da preocupação enquanto observo seu rosto pálido e molhado. Com cuidado, a levanto em meus braços, sentindo o frio de sua pele úmida contra a minha.

"Vamos lá, Marry, acorde," murmuro, balançando-a suavemente enquanto busco sinais de vida. A tensão em meu peito parece se intensificar à medida que aguardo uma resposta, cada segundo que passa parecendo uma eternidade.

Droga..droga...droga....droga...droga!!!

Colocando Marry no chão de barriga pra cima decido o que fazer.

Com o coração acelerado, inclino-me sobre Marry, meus lábios pressionando os dela em uma série de respirações de salvamento. Cada exalação é um ato de desespero e determinação, um esforço para infundir vida em seus pulmões inertes. Meus dedos seguram suavemente seu queixo, mantendo sua cabeça em posição enquanto continuo o boca a boca.

Cada respiração é uma súplica silenciosa, uma oração para que ela retome a respiração por conta própria. O tempo parece desacelerar enquanto me concentro exclusivamente na tarefa em mãos, bloqueando todo o resto ao meu redor. Só há espaço para nós duas, meu único objetivo é trazer Marry de volta à vida.

A incerteza me assombra enquanto espero ansiosamente por qualquer sinal de resposta. Cada segundo é uma eternidade, cada respiração é uma promessa de esperança. Então, finalmente, um suspiro fraco escapa de seus lábios, um sinal de que a vida está retornando a ela.

Com um alívio palpável, recuo ligeiramente, observando enquanto Marry gradualmente recupera a consciência.

Ufa... com certeza o rei me mataria....

Com um alívio palpável, observo enquanto Marry se vira e vomita a água que estava em seus pulmões.

Isso é uma coisa que não se vê todo dia, a Rainha vomitando bem na minha frente.

Bem.. Finalmente, posso suspirar de alívio, vendo-a recuperar a consciência. Seus olhos encontram os meus, e há uma mistura de confusão e surpresa neles.

Observo-a com cuidado enquanto ela murmura "obriga...da..", com sua voz fraca ecoando pelo ar. Ela se deita novamente, parecendo esgotada, enquanto tosse fracamente.

Aproximo-me dela para verificar seu estado, mas percebo que ela desmaiou novamente.

Sentando-me ao lado dela, examino os hematomas feios em sua pele pálida, marcados pelas mãos pesadas do agressor. Uma grande mancha roxa se destaca em sua testa, resultado da batida no chão.

Desgraçado... ele merecia sofrer mais..

Minha mão percorre os ferimentos, constatando que, embora profundos, não são graves. Um alívio momentâneo toma conta de mim. Ao descer a mão até o seu pescoço, sinto sua respiração suave, o que me tranquiliza ainda mais.

Ela está viva. Apenas desmaiada.

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