A Langseax

...KATHERINE...

Os olhos de Thomas brilharam quando ele começou a descrever cada arma feita por ele, gesticulando com orgulho para as peças que revestiam as paredes da sala.

Thomas - Esse arco longo foi feito com os galhos de um antigo teixo que se diz ser anterior até mesmo aos deuses antigos. Seu puxão pode derrubar um cervo a duzentos metros - Tudo isso parece coisa de tirada de livros, mais eu acreditava nele e ouvia como uma criança ouvindo um conto de fadas.

Ele mudou-se para uma aljava cujas penas brilhavam em tons nunca vistos em aves florestais.

"Flechas com pontas em forma de dente de lontra, adornadas com as primeiras penas mudadas de um gerifalte. Elas procurarão carne com a paciência e o olhar de um caçador".

Um repetidor artesanal estava encostado ao lado, seu mecanismo era feito de osso de baleia e mecanismo de relógio.

"Esta peça pode chover balas com a velocidade da primeira luz do amanhecer. Carregada pela fúria da tempestade em cada carga".

Isso deve fazer muito barulho, mais fiquei curiosa o suficiente para o deixar terminar.

Ouvi cada palavra com atenção, dava para sentir em sua voz a alma de um artista que insuflava um propósito vivo nas matérias-primas, elevando a defesa além do pragmatismo bruto para obras de graça ressonante.

Me aproximo quando os meus olhos caem em uma peça separada das demais, olhando mais de perto reconheci e vi que era uma langseax,cuja forma distinta cantava mistérios além de seu modelo, não mais forjado.

Thomas seguiu o meu olhar, ergueu a faca unica de um único gume e me a apresentou.

Sua longa lâmina brilhava intensamente afiada ao longo de ambas as bordas, afinando até uma ponta perversa finamente modulada para estocadas em meio a combates próximos.

Mas o que me chamou mais a atenção foi o punho dourado - motivos rodados incrustados com orichalcum retratando cenas de eras perdidas pelas mãos erodidas do tempo.

"Este seax foi descoberto em um antigo campo de batalha perto da Muralha de Adriano, entre restos de esqueletos de um povo guerreiro não identificável, ela veio até mim por um mercador, ela não estava num bom estado então não precisei pagar muito, eu a consertei depois disso " Thomas transmitiu calmamente, virando a arma para um lado e para outro para captar a luz bruxuleante da luz acima.

Encontrando os seus olhos, ele ofereceu a langseax com um sorriso animado.

Meus dedos se curvaram em torno do ouro desgastado, sentindo o peso, a espessura ela não era uma arma fácil de usar, mais a sua elegância e a força que ela emanava, não era desse mundo..

" Como é que os ferreiros falam mesmo?"

" São as armas que escolhem o seu portador" Concordo com ele enquanto passo os meus dedos alisando suavemente o cabo até a ponta da Langseax.

" Eu fico com ela " Com uns tapinhas nas costas e um sorriso orgulhoso, voltamos para cima.

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No dia seguinte, voltei bem cedo para o distrito da capital, ansiosa para começar o treinamento com a Langseax. Thomas tinha me devolvido as minhas lâminas antigas. Disse ele que mesmo que elas já estajam desgastadas, ainda podiam ser usadas como uma segunda arma.

Ele disse isso como se não tivesse feito nada nelas, mais jurei ouvir o som de seu martelo pesado bater com força no ferro durante a noite e eu pude sentir a diferença ao tocar nelas quando ele as devolveu.

Foi bom passar um tempo com o casal, Thomas e Ana sempre foram acolhedores, eles e os empregados da casa de prazeres são o que eu tenho mais perto de família.

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Assumindo a postura, seguro a langseax com força com a mão direita.

Embora ela realmente seja mais pesada que as minhas lâminas, demorei algumas horas para que eu conseguisse equilibrar e me acostumar com o peso.

Feliz por finalmente me sentir alinhada corretamente com a arma pela primeira vez, hora de começar o verdadeiro treinamento.

Giro a longa faca lentamente, sentindo o aperto ressoar em meus calos.

Meu corpo já estava exausto pelas tentativas falhas anteriores, mais eu preciso me esforçar.

Controlo a minha respiração, respirando lentamente, saltei em uma sequência de formas sobre os pisos da única sala livre da casa de prazeres. .- investindo no mesmo movimento, giro a arma segurado firme em seu cabo como se tivesse preste a cortar uma garganta com apenas um golpe.

A langseax cantou sua canção mortal enquanto a borda cortava o ar vazio, seu longo perfil tremeluzindo como borrões de luz solar refletida durante a prática.

Depois de mais 20 repetições intercalando as mãos, os músculos dos meus ombros já estavam queimando o suficiente para eu finalmente decidir dar uma pausa.

Enquanto a minha respiração se estabiliza, apoio a ponta da langseax contra o chão de madeira e afasto algumas mechas úmidas de cabelo do meu rosto.

Eu podia sentir o suor reinar sobre o top e o meu shorts.

" Oi..... " Me viro assim que escuto a voz de Beck atrás de mim, suspiro ao vê a garrafa de água em suas mãos como um presente vindo dos anjos " Tá com sede? ".

Sério? Eu estou toda suada e vermelha.

Levanto uma sombrancelha indicando o óbvio para ela.

" Parece que sim " fala depois de me olhar de cima abaixo como se eu estivesse completamente nua.

Eu já sei o que está passando nessa cabeça.

Quase recuo quando a vejo se aproximar balançando a garrafa animada como uma criança num parquinho.

Quando ela finalmente se coloca na minha frente, lanço um olhar desconfiado quando tento pegar a água e ela esquiva a sua mão afastando a garrafa rapidamente.

"O que tá fazendo?" Com um olhar sacana ela sorri maliciosamente, como se tivesse no controle da situação " Sério Beck? ".

" O que foi? " Aponto para a garrafa com os olhos explicando o óbvio mais uma vez, acompanhando os meus olhos até a garrafa ela leva a mesma até a boca e dá um gole bem na minha frente.

Beck terminou de beber a água e lambeu os lábios provocativamente, seus olhos brilhando com malícia. Um sorriso brincou em meus lábios diante de sua tentativa de provocação, admirando sua confiança e charme irresistível.

"Você gosta de me provocar, não é mesmo? " comentei, minha voz carregada de diversão.

Beck sorriu de volta, seus olhos faiscando com travessura.

"- Só estou tentando matar a sua sede, se vc vê isso como uma provocação o problema seu ".

Com um olhar intenso, Beck se aproximou mais, até que nossos rostos estivessem a centímetros de distância. Eu podia sentir o calor de seu corpo, o cheiro de seu perfume invadindo meus sentidos, me deixando completamente envolvida por ela.

Minhas mãos começaram a traçar uma linha suave em seu pescoço, sentindo sua pele macia sob meus dedos. Sua respiração acelerou, um sinal de que ela já estava chegando ao seu limite.

Sem um aviso prévio, Beck colou os seus lábios nos meus, seu beijo era rápido e desesperado cheio de intensidade. Seus lábios eram suaves e quentes, suas mãos se enroscando em meu cabelo, me puxando para mais perto dela.

Levo as minhas mãos até a sua bunda, apertando a com as minhas mãos, fazendo a soltar um gemido alto que ecoou por toda sala vazia, sinto um sorriso nascer em seus lábios.

" Hoje você não me escapa, nem que eu tenha que te amarrar " Diz sem ousar separar os nossos lábios.

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