Capítulo 16

...Alessandra...

A semana parece que passou tão rápido, a Manu não teve mais febre e já acabou de tomar o remédio pra infecção, ainda bem por que criança doente e bem complicado.

Hoje em especial estou bem nervosa, não entendo bem o porquê não é como se eu fosse uma namorada indo conhecer a família dele, mas me sinto assim, tive péssimas noites essa semana, fiquei acordada pelo mesmo motivo de sempre, mas acabei pensando muito nessa viagem.

Me levanto com uma preguiça danada, vou ao banheiro, faço minha higiene e logo me arrumo e vou pro quarto da Manu.

"Manu filha, tá na hora de acordar". Digo entrando no quarto e me surpreendo vendo ela de pé perto da janela.

"Filha, já está de pé".

"Eu acordei cedo porque hoje é dia de viajar pra casa da vovó".

Eu começo a rir.

"Vejo que está tão ansiosa como eu".

"Já tá na hora de a gente ir?".

"Não amor, seu pai tem uma reunião importante na empresa, ele vem depois do almoço e a gente vai, tá bom?"

"Tá bom".

"Agora vamos tomar banho e se arrumar para tomar café".

Ela vai pro banho, escova os dentes, procuro uma roupa pra ela, faço um penteado bonito em seus cabelos, descemos e encontramos Lili na cozinha.

"Bom dia Lili".

"Bom dia Alessandra, princesinha". Ela diz dando um beijo na Manu.

"Mauro já saiu?".

"Já, e nem tomou café, estava com pressa".

"Pois é, ele disse que tinha um projeto importante pra entregar hoje".

"Ah, então foi por isso, esse menino coloca todas às energias em seus projetos, não é atoa que chegou onde está".

"Pois é, eu sempre via muitos anúncios maravilhosos, não sabia que ele estava por trás de tudo isso".

"Ah menina, isso é porque ainda não viu o quarto dele, tem cada desenho, coisa mais linda".

"Sério?"

"Sim, ele começou assim, aí foi ganhando reconhecimento, passou a fazer comerciais inovadores, muitas empresas internacionais contratam ele pra dar.uma.kevantada nas vendas, ele faz milagre".

"Que legal, não sabia que ele tinha começado assim".

"É, ele tem uma irmã que é artista, difícil ela vim pra cá, mas quando vem fica aqui, ela é um amor".

"Olha que novidade menina".

Tomamos café e eu continuei com uma conversa boa sobre a empresa do Mauro, e estou curiosa sobre às pinturas que ela disse que tem no quarto dele. Mas enfim, não posso entrar no quarto dele e invadir a sua privacidade.

Após o café fui pro quarto da Manu organizar às coisas que ela iria levar, minhas coisas já estavam prontas, acabei organizando de madrugada enquanto o sono não vinha.

Acabei mandando mensagem pro Mauro, ele tava numa correria essa semana por causa desse projeto, duas vezes chegou em casa bem tarde. Queria saber se já tinha arrumado suas coisas, me ofereci pra ir no quarto dele arrumar uma mala, mas ele disse que estava tudo certo.

Já na hora do almoço nos sentamos na mesa pra almoçar, pensei que Mauro só viria depois do almoço, mas ele chegou mais cedo, ainda estávamos na mesa.

"Opa, ainda tem pra mim?".

"Oi, pensei que só viria mais tarde".

"Não, consegui terminar tudo mais cedo".

"Lili, trás um prato pro Mauro por favor". Peço e ela diz que já vai trazer.

Mauro tira a parte de cima do terno e a gravata, eu fico olhando enquanto ele faz isso, quando ele me olha desvio o olhar, ele vai até a pia lavar às mãos e logo a Lili trás o prato e os talheres pra ele, ele se serve, e eu fico na mesa mesmo que já tenha terminado de almoçar.

"Papai, já vamos ir pra casa da vovó?".

"Papai vai só organizar umas coisas e já vamos".

Olho pra ele, ele disse que tava tudo pronto não entendi nada, mas fico calada.

"Oba!".

Ela tá tão ansiosa, mas criança é realmente assim, quando tem um lugar pra ir.

"E aí seu tudo certo com seu projeto".

"Tudo saiu mais do que perfeito, o cliente amou tudo".

Fico sorrindo do jeito que ele conta tudo tão empolgado, acabou falando um pouco da sua equipe, e que o cliente pregou uma peça neles dizendo que não tinha gostado. Já deu pra ver que ele ama o que faz.

Depois do almoço eu vou pro quarto da Manu, troco a roupa dela e já deixo ela pronta pra viagem. Deixo ela no quarto vendo um desenho enquanto vou me arrumar também, ponho uma calça, uma blusa de manga, o clima é um pouco mais frio lá.

Umas 15:00h saio do quarto com uma mala, vc ou até o quarto da Manu e ponho minha mala do lado da dela que é bem menor. Olho a.mala me perguntando pra quer tô levando tudo isso, só é um sábado e um domingo afinal.

"Bora descer amor, vamos já sair".

Manu dá um salto da cama, está muito ansiosa.

Ela sai e eu vou arrastando às duas malas, Mauro sai do quarto dele com uma mochila, realmente acho que exagerei.

"Ei, ei pra onde está indo com isso?".

"Desculpa, eu acho que tô levando muita coisa".

"Não me refiro a isso, estou falando das malas que está arrastando".

"Ah sim, vou levar lá pra baixo".

"Negativo". Mauro diz balançando a cabeça enquanto vem na minha direção.

"Oi?".

"Mulheres não levam peso, para isso tem homem aqui".

"Ah sim". Eu sorri vendo ele descer com todas às malas.

"Lili nós já vamos, deixa tudo organizado e podem tirar o resto do dia de folga".

Mauro diz abrindo a porta.

"Obrigada Mauro, boa viagem pra vocês".

Ela agradece e vai pra cozinha, saio e logo entramos no carro, o motorista leva a gente até o aeroporto, Mauro diz que Xavier pode ficar com o carro esse fim de semana, até diz pra ele levar a esposa pra passear. Confesso que esse jeito dele simples me encanta.

Mauro leva a gente até o jatinho, fico nervosa, nunca voei de avião e fico com medo.

Entramos e sentamos, aperto bem meu sinto, comecei a tremer de nervoso, meu pai amado estou até suando frio. Mauro senta do meu lado e me olha.

"Tá tudo bem? está pálida?"

"E que estou morrendo de medo".

"Nunca andou de avião?"

"Não".

"Sério?".

"Sim, meu pai sempre viajava com minha madrasta e meu irmão, mas eu ficava com a nana nossa babá".

"Olha, tá tudo bem, com o tempo você se acostuma".

"Eu tô suando frio olha". Digo mostrando meu braço.

"Se quiser pode segurar minha mão".

"tá bom".

O jatinho começou a andar e meu coração acelerou como louco, no impulso agarrei a mão do Mauro.

"Calma tá tudo bem". Ele apertou minha mão de volta me passando a confiança que eu precisava.

"Uhuuuuuu, estamos voando". Manu diz do seu assento. Pelo menos alguém está se divertindo.

Agora que já estamos no ar eu consigo respirar normalmente, dou uma olhada na Manu e olho pra minha mão que ainda está junto da do Mauro, ele acaricia com o polegar, eu olho pra ele e puxo devagar.

"Mais tranquila?".

"Sim, obrigada".

Fico quieta, logo chegaremos, e estou me preparando para o primeiro encontro com os pais dele.

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