Rosa e a outra reclusa estavam sentadas com os tornozelos acorrentados,
Naquele momento, a mulher começou a se sentir mal,
- Não posso, não posso, disse ela tentando tirar a roupa, tenho que sair daqui, tirem-me daqui, malditas!, gritou desesperada.
Rosa olhou para ela e pensou que devia estar fingindo, para chamar a atenção e assim a tirarem dali, mas de repente viu suas pupilas dilatarem e ela caiu fulminada no chão,
Rosa ficou desesperada e quis gritar, mas não conseguiu, então tentou com as pernas puxá-la para si para bater em seu rosto e assim despertá-la do desmaio,
Depois de um tempo tentando, ela conseguiu e chutou a mulher, mas naquele momento abriram a porta da cela e viram a reclusa no chão e ela chutando seu rosto,
Imediatamente correram para levantá-la e fazê-la reagir e uma guarda agarrou Rosa e tirou a corrente de seus tornozelos enquanto gritava,
- Sua maldita psicopata!, você vai apodrecer nesta prisão, você vai ver o que fazemos com malditas como você!,
Ela a arrastou para outra sala, onde a guarda a açoitou com um chicote enquanto gritava que ela era um ser maldito, um monstro que nunca deveria ter visto a luz do dia,
Algumas horas depois,
Rosa estava nua em uma sala escura, a guarda tinha dado 100 chicotadas em todo o seu corpo, ela praticamente não conseguia se mover de dor,
Mas naquele momento ela se desconectou de seu corpo lembrando de situações semelhantes vividas com seu pai, mas onde os golpes eram dados com cintos ou correntes grossas,
- Não há dor, não há dor, ela repetia em sua mente, logo sairei daqui, irei tão longe que ninguém nunca mais me encontrará,
Dois dias depois,
Uma guarda entrou e viu o estado de Rosa e ficou muito surpresa,
- Você está muito bem depois dessa surra, disse ela mordaz.
Rosa nem sequer olhou para ela, manteve-se calma, apesar de por dentro ser um grande vulcão prestes a entrar em erupção,
A guarda agarrou-a pelo braço e apertou com força,
Mas Rosa controlou sua dor física e caminhou calmamente e com a cabeça erguida,
A mulher a levou ao médico,
Ele, ao vê-la, ficou frio e disse,
- Disseram-me o que aconteceu, vou examiná-la e aplicar-lhe antibióticos por precaução, para evitar alguma infecção,
Rosa olhou para ele enquanto pensava,
- Tenho que fazer algo para evitar que me levem para aquele pavilhão, não quero voltar, só me esperam problemas e caos,
Então teve uma ideia maluca,
Fingiu estar doente e ter calafrios, então olhou para o médico e fez cara de que não estava bem,
O médico chamou a guarda e disse,
- Temos que isolá-la, ela tem infecção pelos ferimentos,
- Eu sempre digo a vocês, tragam-nas a tempo, senão vão acabar matando-as com seus castigos,
A guarda olhou para ele com desdém, ela sabia que isso nunca iria parar, sempre haveria internas que precisavam ser disciplinadas, quer gostassem ou não,
Brigadeiro Humberto Uribe, pai de Rosa.
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Atualizado até capítulo 76
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