Rosa está em um canto da cela, olhando para o chão e com muito sono, mas com medo de dormir e que aquelas mulheres lhe façam mal.
As outras riem e brincam entre si, mas uma sente pena ao vê-la.
Uma percebe e lhe dá uma cotovelada dizendo:
- Ela está aqui por assassinato, parece que esquartejou uma mulher, então não tenha pena, é melhor nem falar com ela nem chegar perto.
As três concordam e uma diz:
- Todos que matam dessa forma parecem santinhos quando você os vê, mas são o próprio diabo.
- Eu fui presa por fumar maconha na porta do Congresso - diz uma, sorrindo marota.
- Ah, é? - riem ao ouvi-la.
- Você queria dar um golpe da barriga em algum senador velho, um sugar daddy? - diz uma.
- Sim, mas não tive sorte e a única coisa que consegui foi este hotel cinco estrelas.
- Pelo menos te dão comida - diz outra.
- Eu quero ir embora daqui, meu bebê precisa de mim.
- Ah, você tem um bebê? - diz uma com pena - Quantos anos ele tem?
- 35 anos. Ele deve estar na casa da minha sogra, e ela já deve tê-lo enchido com mentiras sobre mim.
Todas se entreolham e começam a rir.
- Hahahahahaha, você é muito engraçada! Seu bebê tem 35 anos!
- Sim, e daí? - diz a moça sem entender.
Rosa morde os lábios, realmente foi muito engraçado, mas ela não queria que vissem que estava rindo, então cobre o rosto com o cabelo.
Mas uma delas percebe e diz:
- Parece que somos engraçadas.
As três olham para Rosa, mas quando vão dizer algo mais, uma policial chega e diz:
- Rosa Uribe, um advogado a espera.
Ela tira Rosa da cela e a algema novamente.
Ela a leva para uma sala onde uma mulher a espera.
A policial a senta e fica atrás dela.
A mulher está lendo um papel, depois tira os óculos e os coloca de lado, dizendo:
- Olá, meu nome é Myriam Domenico e sou sua advogada de defesa. Sei que você é muda, então nos comunicaremos por escrito, ok?
Rosa assente.
- Bem, no relatório policial consta que você foi presa por assassinar uma mulher, é verdade?
Rosa assente novamente.
- Bem, eu te pergunto:
- Você matou essa mulher?
Rosa balança a cabeça negando.
E então escreve em um papel que não matou ninguém.
A advogada olha diretamente em seus olhos e diz:
- O que você fez com o corpo?
Rosa a olha sem entender e com a testa franzida.
Ela começa a escrever:
- Eu disse que não matei ninguém, por que a pergunta?
A advogada a olha e diz:
- Isso vai ser complicado, muito complicado - diz balançando a cabeça.
Primeiro - diz ela - há provas que a incriminam.
- Provas? Que provas? - pergunta Rosa intrigada.
- Há um pote de comida com suas impressões digitais e esses alimentos estão com soníferos, o suficiente para dormir um elefante.
Além disso, há um balde contendo detergente e água e um esfregão com uma escova, tudo com suas impressões digitais na cena do crime.
Rosa está intrigada:
- Como essas coisas foram parar na casa do meu vizinho?
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Atualizado até capítulo 76
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