- Senhora, poderia me dizer seu nome?, pergunta Franco.
- América Funes, diz a anciã.
- E a senhora com quem mora?,
- Com minha filha e meu neto, diz cansada,
- Certo, poderia me dizer o que sabe sobre este homicídio?
- Que homicídio?, diz ela surpresa.
- Não sabe que assassinaram uma mulher há três dias ao lado da sua casa?, diz Franco surpreso.
- Não, não sabia, no dia em que a polícia veio e levou Rosa algemada, eu estava com outras vizinhas e não soubemos de nada do que aconteceu, não vimos tirarem nenhum corpo nem a ambulância veio,
Só fizeram ato de presença, a polícia e mais ninguém,
Minha filha e eu mandamos um advogado para ver como Rosa estava e saber o que tinha acontecido, mas não permitiram que ele a visse, mesmo ele dizendo que era o advogado dela, mas nem sequer conseguiu saber o que aconteceu, os polícias não disseram nada, e isso pareceu-nos muito estranho,
- Sim, diz Franco, é muito estranho, porque ainda não tomaram o depoimento de Rosa,
- Nossa, que estranho, diz Dona América, aviso o advogado para ver o que está acontecendo?
- Não se preocupe, eu trabalho para a advogada dela e vou avisá-la sobre isso,
A mulher assente e diz:
- Por favor, tirem a menina dessa história, ela é boa, jamais faria uma coisa dessas,
Franco assente e diz:
- Faremos o que pudermos, de acordo com a lei,
Agora preciso ir,
Franco levanta-se e retira-se, indo ver as outras vizinhas que restam,
- Toc, toc, bate à porta da casa ao lado,
Um homem aproxima-se, ele está com um macacão a arranjar um carro,
Ele limpa as mãos enquanto pergunta:
- O que deseja?
- Olá!, venho da parte da Defensoria da Mulher, é sobre a prisão da Rosa Uribe.
- Desculpe, não sabemos nada sobre isso, por isso não posso dizer nada, nem a minha esposa,
Só queremos saber porque é que a polícia levou a Rosa?
- Por homicídio, diz Franco.
A cara do homem fica surpresa,
- Não pode ser?, homicídio?,
Não, não, isso é impossível, aquela menina não, não podia...
- É isso que a advogada dela quer saber?, se ela podia ou não matar alguém assim?, diz Franco.
- Desculpe?, o que quer dizer com matar alguém assim?, diz o homem surpreso.
- O corpo desapareceu e a polícia supõe que foi desmembrado,
- O quê!!!!!!, o homem abre-lhe a porta e diz:
- Por favor, entre em casa, continuamos a falar lá dentro, entre!,
Franco segue-o enquanto o homem o convida a sentar-se na sala de estar da sua casa,
- A minha esposa está a chegar,
Mas diga-me o que precisa saber?
Franco olha-o fixamente e o que vê não lhe está a agradar nada,
A aparência deste homem é sinistra,
De repente o homem diz-lhe:
- Quer um café ou um chá?
- Um café seria bom, diz Franco.
O homem retira-se para prepará-lo, enquanto lhe pergunta da cozinha:
- Com açúcar?
- Não, só assim está bom.
A chaleira elétrica com água, toca avisando que já está pronta, logo um aroma delicioso a café invade toda a sala, o homem aproxima-se com uma bandeja e uma chávena de café de cerâmica, que estranhamente chama a atenção de Franco, porque lhe parece familiar,
- Parecem-se com o jogo de cerâmica que a Rosa tem, até a colher também?, pergunta-se Franco admirado.
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Atualizado até capítulo 76
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