As três estão sentadas, desconfortáveis num banco partido, uma delas quer ir à casa de banho e diz:
- Por favor, chama um polícia, quero ir à casa de banho.
Rosa levanta-se e bate nas grades.
Nesse momento chega uma polícia com uma detida.
- Abram alas que chegou outra princesa ao castelo!
A detida ri às gargalhadas e diz:
- Por favor, não demores com o pequeno-almoço, estou a morrer de fome!
- Ok, Negra, já te trago o teu café com leite e a tua meia-lua.
A mulher apelidada de Negra sorri e diz,
ao ver as três:
- Levantem-se! Que me vou sentar.
As três levantam-se e veem como aquela mulher obesa e arrogante lhes atira à cara a sua relação preferencial com a polícia.
- Stop!, diz a Negra de repente, para que não digam nada de que se possam arrepender, digo-vos já que sim, sou a favorita desta Esquadra, tenho prioridade aqui, por isso sentem-se por aí que não vos quero ver, diz fazendo um gesto depreciativo com as mãos.
As três afastam-se enquanto murmuram.
- Viste aquela gorda?, diz uma a rir, pensa que é a rainha com coroazinha.
Rosa olha para ela e pensa:
- Se pudesse falar, gostaria de saber deste edifício, perguntava-lhe, já que parece que é de vir cá muitas vezes.
Enquanto isso no escritório da Myriam.
Um homem chega e abre a porta do escritório dizendo:
- Querida cunhada, como estás? Eu estou bem, obrigado, diz o Franco.
Myriam sorri com falsidade enquanto diz:
- Vou direta ao assunto, como estás sem dinheiro nesta vida, a minha irmã pediu-me para te arranjar alguma coisa para fazer.
Então ocorreu-me que pudesses fazer alguma coisa para este escritório, ahhh, aviso-te já que não te vou pagar um cêntimo, digamos que é um trabalhinho ad honorem.
A cara do Franco é de bronze e comenta:
- Ok, faço qualquer coisa menos limpezas, nem arranjos domésticos.
Também não faço ménages, para o caso de teres pensado nisso, cunhadinha, diz sorrindo maliciosamente.
A cara da Myriam expressa nojo só de pensar nisso.
Então o Franco diz-lhe:
- Oh vamos, eu sei que tens um fraquinho por mim, vejo-o nos teus olhinhos, diz piscando-lhe o olho.
Myriam diz-lhe:
- Deixa-te de disparates e vamos ao trabalho, se não despeço-te sem hipótese de regresso, percebeste?
Senta-te!
Franco obedece e Myriam diz-lhe:
- Tens de ir esta noite a uma cena de crime.
E também vais à casa ao lado.
Quero que anotes tudo o que vires de importante para um caso que tenho de homicídio.
A vítima era uma mulher e o seu corpo não foi encontrado.
E a minha cliente é uma mulher muda que vive sozinha e não tem animais de estimação.
Também tens de falar com os vizinhos e com todos os que estejam relacionados com ela, e despacha-te que não tens muito tempo, diz Myriam.
Franco acena e estende a mão a pedir dinheiro.
Mas Myriam apenas lhe passa um papel com o endereço da sua cliente.
- Quando chegares, deixa o teu trabalho para a Amália.
Franco acena e diz:
- Pelo menos dá-me dinheiro para o táxi.
- Para quê? Se a morada que te dei fica apenas a vinte quarteirões, é perto, anda a pé, não sejas preguiçoso.
Franco sai do escritório furioso, ele não quer discutir, mas a qualquer momento pede o divórcio, ele ama a sua esposa, mas ele é demasiado independente e não quer que ninguém o controle e lhe dê ordens, Myriam faz isso porque agora vivemos com ela, quer controlar-me, mas por agora vou fazer-lhe a vontade só para evitar problemas.
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Atualizado até capítulo 76
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