Capítulo 7

Rosa está com fome, faz dois dias que não come,

Os policiais não lhe trazem nada para comer, olham-na com desprezo e nenhuma sente pena dela,

Seu estômago começou a roncar alto,

Uma das detidas pergunta se ela tinha comido,

Rosa nega com a cabeça,

Elas olham para ela e uma diz,

- quando trouxerem a comida eu te dou, não se preocupe, eu entendo, elas são más, nem percebem que talvez sejamos inocentes, elas condenam antes de ver se somos culpadas,

Rosa concorda e agradece com um sorriso,

Um momento depois, eles trazem a comida,

Uma das detidas grita com eles que são cruéis com ela, nem sabem se ela é culpada e já a estão matando de fome,

Os policiais olham para elas e dizem,

- vou levar os seus jantares, já que são tão defensoras desta assassina cruel, também não vão comer e até saírem daqui, vão fazer dieta junto com ela por falastrãs!

Depois vão embora levando as suas refeições,

Ambas se entreolham e depois olham para Rosa,

- isso não vai ficar assim, diz uma, vou ligar para o meu advogado e ele vai te ajudar porque isso não se faz!

Um momento depois, uma delas começa a vomitar, enquanto Rosa se afasta para não ser atingida,

A outra pede ajuda aos policiais, mas nenhum aparece,

- são umas malditas!, diz ela, batendo nas grades, vocês vão ver, isso não vai ficar assim,

Imediatamente aparece uma policial, que segundo ela é de outro turno,

Pergunta

- o que está acontecendo aqui?, por que você está gritando?,

- queremos limpar, minha amiga vomitou e precisa de um médico e também queremos comer, não nos deram nada,

- de acordo com o relatório da tarde, vocês se recusaram a comer?,

- queríamos que ela comesse alguma coisa, ela não come nada há dois dias,

E disseram que se a defendêssemos, tirariam a nossa comida,

- você está dizendo que minhas colegas fizeram isso?,

- sim, diz ela sem medo

- que maldade há por aqui?, diz a policial rindo

Para o azar de vocês, isso aconteceu no outro turno, eu não tenho nada a ver com isso, no meu turno, vocês dormem, e nada de barulho, apenas silêncio, diz ela colocando um dedo nos lábios,

Rosa olha para ela e pensa,

- eles planejam me matar de fome porque pensam que eu sou uma assassina?, eu tenho que sair deste lugar de qualquer maneira, não vou deixar que me enfraqueçam ou me matem, não o conseguiram com meu pai e menos ainda vou esperar que façam isso comigo,

Rosa fica pensando em todas as maneiras pelas quais ela poderia sair daqui, e ainda não encontrou uma maneira, ela sabe que legalmente seria quase impossível, especialmente quando eles já a consideram culpada,

Se houver um julgamento, o meu seria muito rápido, o juiz assinaria e pronto,

- ¡culpada!, este seria o veredicto,

Eu tenho que me organizar e pensar em algo urgente, não vou deixar que me coloquem o rótulo de culpada,

Sou inocente e não vou deixar o verdadeiro culpado se safar,

Algumas horas depois,

Já amanheceu, para Rosa parecia que as horas haviam passado muito rápido,

Seu plano de fuga ainda não está traçado, ela pensa que não tem informações suficientes para que seja perfeito,

Rosa

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