- Elena, onde estão as minhas coisas?, pergunta Robert.
- Não sei, diz Elena simplesmente, talvez as tenhas arrumado noutro quarto.
Robert volta e diz-lhe sussurrando
- Eu conheço-te, bruxa, aposto que te livraste delas,
De certeza que deste a algum vagabundo, certo?,
Vais ver, vais pagar-me!, diz Robert furioso.
Elena ignora-o e coloca uns ausfones para ouvir música.
Um pouco depois...
Robert martela a porta do quarto da Elena.
Ela corre e abre-a com força,
- O que diabo estás a fazer?, grita Elena furiosa.
Quando vê Robert com um martelo a pregar a porta para que ela não a possa abrir,
- Estás a trancar-me?,
- Sim, e o quê?, ninguém me tira as minhas coisas, percebeste?,
Elena agarra o martelo e puxa-o, mas Robert empurra-a para que o largue, batendo com a cabeça na porta. Ela começa a sangrar abundantemente, está tonta, mas consegue manter-se consciente.
- Vai-te embora, quero que te vás embora, se não vou chamar a polícia,
Robert esbofeteia-a e diz,
- Vou arrancar-te a cabeça, por respondona, ninguém me trata mal, diz Robert vitimizando-se, és tu a violenta, não te esqueças,
Elena olha para ele e limpa com o braço o canto dos lábios que começou a sangrar,
- Vou fazer com que apodreças na prisão, maldito!, grita Elena impotente.
Robert ri-se e diz,
- Hahahaha, antes disso acabo contigo, miúda, e vais ver que ninguém me pode parar,
Elena fecha a porta com um estrondo na cara de Robert.
Este fica furioso e pontapeia a porta gritando,
- Vais ver, rameira maldita!, és igual à tua mãe,
Elena fecha-se à chave, enquanto pensa,
- Vou ligar ao Miguel já e que ele traga a polícia, quero ir-me daqui!,
Elena procura o seu telemóvel e não o encontra, desespera-se,
Mas não o encontra em lado nenhum do quarto.
Nesse momento, sente Robert,
- Hahahaha, o que estás à procura, bruxinha?,
Será que é por acaso um telemóvel bonito? Ohhhhh, que pena, já não o vais usar mais, partiu-se por acidente, ups, que pena?
Robert faz uma cara de coitadinho enquanto continua a rir sinistramente.
Elena passou do espanto à fúria silenciosa, e decide procurar algo com que golpear a sua cabeça, vai disposta a matá-lo se for preciso, mas ela não vai passar a noite inteira com este louco, quer ir-se embora e vai-se embora como quem se chama Elena Flores.
Algumas horas depois...
Algumas patrulhas da polícia estão à porta da casa, os vizinhos estão a alguns metros do local a observar surpreendidos, ainda não podem acreditar que haja um cadáver naquele sítio,
- Mal chegaram e já há um morto?, diz uma vizinha.
- Do que morreu?, pergunta outra.
- Covid, diz outra, é a única coisa de que as pessoas morrem ultimamente,
- Coitado, deve ter sofrido muito?, diz uma velhota muito bisbilhoteira.
Nesse momento, ficam todas de pedra ao ver dois polícias a levar Rosa algemada para uma patrulha,
- Oh, não pode ser?, diz uma delas, estão a ver o mesmo que eu?, a polícia está a levar a Rosa, mas porquê?, lamenta esta mulher intrigada.
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Atualizado até capítulo 76
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